Arquivos da categoria "‘Comes e Bebes’"

Tomando jeito

maio
2010
03

escrito por | em Apartamento, Comes e Bebes | 1 comentário

Foi-se uma semana em silêncio, mas por causas muito justas. Extra-oficialmente recebemos nossas primeiras visitas por aqui, e os afazeres domésticos se acumularam nesses últimos dias de férias. Merecemos nossos DVDs, faxinas e o justíssimo reinício de nossas vidas de verdade. Mas essa passada rápida aqui não vai tratar de nada disso.

Vai sim é mostrar a primeira tentativa bem-sucedida de fato na nossa cozinha. Miojo, queijo coalho, hamburger, linguiça e hot-dog, nada disso conta. Mas macarrão conta? Conta, quando leva um molhinho aos queijos e tomate, e um franguinho ao forno (de verdade, não o microondas)…

…porque eu já me dei ao direito de empapar arroz, ensopar o feijão e fazer da alcatra uma salmora. Tudo parte do processo. Porque é exatamente assim: panelas, fogão, cozinha e ingredientes… tudo agora é seu, e não dos outros. Nem tudo funciona da mesma maneira, e nem sempre sua cozinha tem tudo aquilo que existe na da sua mãe (ou ainda aquilo que sua receita exige). Portanto, montar o castelinho de cartas dá trabalho. Às vezes cai, às vezes desanima, mas uma vez que dê certo é motivo de sobra pro brinde. Com tubaína, of course.

Paredes brancas

jan
2010
26

escrito por | em Comes e Bebes, Vidinha | 7 comentários

Lembro que eu lia o Estadinho – o suplemento do Estadão que era comandado pelo Mauricio de Sousa todos os domingos. Não lembro se antes ou depois do início dos anos 90, mas sei que a variação era pequena. Oitenta e muitos ou noventa e poucos, num desses domingos a matéria de miolo daquelas quatro páginas era sobre coleções. O maior destaque entre os entrevistados era de um garoto que aparecia pendurado de cabeça pra baixo entre trocentas latinhas, de refrigerante e/ou cerveja, também não lembro. Afinal, já se passaram duas décadas dessas memórias.

Mas por algum motivo eu quis recomeçar minha coleção naquele instante. Sim, recomeçar, pois já havia feito uma dessas quando ainda morava em Santo Amaro, no sobradão de três andares. Meu quarto era gigante, e eu havia pegado emprestadas duas ou três caixas plásticas grandes do quartinho que meus pais usavam de dispensa. Creio que tenha conseguido acumular umas vinte ou trinta, quando dia desses cheguei da escola e minha mãe havia jogado tudo fora. Emputeci horrores, mas quando você tem menos de 10 anos, emputecer é tudo o que lhe resta.

Arrisquei. Peguei a tal página dupla, e fui todo pimpão mostrar a ambos o quanto aquela coleção gigante de 60 ou 70 latinhas do moleque era bacana. Pra minha surpresa, fui incentivado a recomeçar a minha. Mas antes, pedi pra minha mãe “não joga fora dessa vez, senão não vai adiantar nada guardar…”. Ela disse que tudo bem, e eu parti pra cima. Comecei, mas não foi com uma Coca-Cola, e sim com um Guaraná Antarctica. Eu acho.

E dali em diante, uma a uma, fui erguendo minhas prateleiras. Meu pai, pra minha enorme surpresa, era um entusiasta dos grandes daquelas fileiras de alumínio colorido. Topava parar no mais sombrio dos botecos em busca de um novo exemplar. Ainda achávamos algumas em folha de flandres: Schincariol, Malt90 e uma tal Vodka Polska. Eram essas as enferrujáveis, minhas primeiras jóias. As únicas da espécie.

Vinham os grandes eventos: Copas do Mundo, Olimpíadas, corridas de F1, patrocínios do Paulistão, festas juninas, Parintins, Natais e finais de ano. Tudo era motivo para um novo modelo, um rótulo inédito, mais 350 ml goela abaixo. E quanta porcaria bebemos: cervejas americanas (as piores disparado), japonesas, australianas, suecas, alemãs, inglesas, colombianas, cervejas sem álcool, uns sucos com polpa, drinques de tomate, vinhos, achocolatados, cafés gelados e outras substâncias difíceis de identificar. De poucas sentimos saudade.

Herdei uma coleção de um dos amigos do Carlão. Chegaram em casa três sacos plásticos (dois grandes e um pequeno). Deviam ter ali umas 50 ou 60 latas… mais ou menos a coleção do moleque do Estadinho. Algumas latinhas vieram bem baleadas, mas eu não ligava. Vasculhava cada cor, desenho, capacidade, de onde vinham, tentava gravar cada nome pra depois poder contar que tinha conseguido uma cerveja de 278 ml do Uruguai assim assado. Sequer bebia quando já tinha mais de 200 latas. Minha primeira cerveja foi pra prateleira. Uma Budweiser, que tomei na cozinha aqui de casa, com meu pai e minha mãe. Achava aquele gosto de mijo gelado com bolhas uma coisa estranha (o máximo que eu bebera até o momento era o colarinho dos choppes do meu pai, ou um tiquinho das caipirinhas de steinhaeger que ele vira e mexe pedia). Beber além da espuma era uma novidade desbravadora, e ajudar a engrossar minhas fileiras – e consequentemente sumir cada vez mais com minhas paredes – me parecia um prazer pronto a ser vivido com mais participação a partir daquele momento. Por sinal, não me lembro de algum amigo que tenha começado a beber pra poder aumentar a coleção de latas. Meu pretexto era, além de propício, bastante exclusivo.

Facilitei também a vida dos que vinham de fora. Tios, primos, amigos, conhecidos, pintavam por aqui vez ou outra uma nova meia dúzia de importadas. Vale lembrar que nem sempre comprar produtos estrangeiros foi fácil ou barato, e conseguir um exemplar gringo valia e muito. Crush, Mello Yello, Canada Dry eram nomes que eu gostava de ter por aqui em versões que não circulavam em nossas prateleiras (a Crush daqui vinha em latas laranja berrantes, enquanto a de lá de fora era predominantemente preta – do mal, ou seja, muito mais legal).

Tirei alguns armarinhos. Estreitamos as prateleiras (o vento as derrubava), e reorganizamos o quarto. Outro armário dançou, e então eu fiquei só com um, com as roupas apertadas, mas as latas derramadas ao redor das paredes. Meu quarto tinha agora uma acústica invejável, e cores por toda a parte. Acabaram as paredes, e as latas continuavam chegando aos montes. Aos poucos fui obrigado a frear, até parar.

Era impossível limpar aquilo tudo, mas ainda assim eu e meu pai tentamos, por duas vezes. Minha rinite gargalhava do meu nariz vermelho, mas em tais oportunidades tiramos tudo, e limpamos, uma a uma, até recolocar no lugar. Cada vez que a arrumação terminava, elas pareciam ainda mais bonitas. Era uma paixão aquele ambiente completamente destoante da casa, onde imperavam os ídolos rockeiros, os livros e cds, e aquela cachoeira de alumínio. Cada um que entrava se assustava com a quantidade naquele quadradinho apertado.

E ela estacionou. A vida seguiu, e meu pai quis a coleção pra ele. “Quando você for embora, as latinhas ficam”, ele me disse. Eu topei, sabendo que elas estariam em ótimas e felizes mãos. Alguns anos passaram, uma ou outra chegava e encaixava em alguma fresta dos espaços. Até agosto passado chegar, e levar meu pai antes que eu pudesse lhe deixar as latinhas que ele tanto gostava e tanto ajudou a montar em minhas paredes. Três meses depois encontramos nosso (ainda futuro) apartamento, e começamos a mexer os pauzinhos pro casamento sair. Eu precisava de um herdeiro.

Encontrei, num amigão de agência, que tem um sítio que conheci neste final de semana. Lá estão, ainda amontoadas num cantinho e clamando por espaço, as 4500 latas do rapaz. Não tomaram sol, não acumularam poeira, e parecem tão bonitas quanto as minhas. Eu achei que seria uma boa forma de promover minha coleção a outro patamar, de milhar. Que não cabia no quadradinho, que descobri abrigar com aperto 700 e poucas unidades. Elas precisam respirar, e hoje, eu também. Iniciei as entregas, e hoje terminei de fechar o último dos 7 sacos de 100 litros, onde elas farão sua viagem pra Campinas.

E o quarto, que desde hoje à tarde faz até eco, tem em suas paredes as marcas onde cada uma montou residência. Vinte anos se foram, e hoje, quando eu olho em volta e tudo o que vejo é branco, percebo que mais do que latinhas, cada gole de cada uma valeu uma história. Muitas lembranças, de suas cores, de quem as dividiu comigo, de quem as trouxe e de quem se impressionou com aquele universo brilhante. Elas eram lindas, e continuarão sendo, mas na minha lembrança. Em lindos arquivos digitais que eu cuidadosamente registrei antes de tirá-las de seus postos. Será mais fácil limpar as paredes daqui em diante, mas as paredes não têm metade da graça que tinham antes. Fato é que o tal eco e a amplitude desse quarto deixaram a claríssima impressão da grande mudança – aquela, que o casamento deveria trazer, mas que ficou mesmo evidente pra mim quando derrubei a última lata da prateleira.

A vida, definitivamente, está (se) mudando.

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Pra quem não viu e ficou curioso, a coleção completa (que eu pretendo em breve publicar o arquivo fotográfico) foi registrada há uns anos. Não mudou muito desde então, e era assim:

Coleção é uma coisa que todo mundo devia fazer pelo menos uma vez na vida.

Nham nham…

nov
2009
23

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Sexta-feira para matar pendências pessoais, happy hour rápido com os sobreviventes ao feriado e cachorro-quente em casa, com mãe e namorada. Sábado para almoçar com a família da Debs no Jucalemão, gostoso toda vida com alguns pratos impronunciáveis, e reencontrar os amigos, brindar com o primeiro de muitos espumantes nossa nova casa, e escolher os primeiros padrinhos para o casamento que em breve será uma realidade, com dia, hora e festas marcadas. Domingo de manhã conturbada com a preguiça alheia, mas que foi prontamente retomado com o almoço a três no Santa Zoé, na Pompeia, abrilhantado pela promoção de 4 Bohemias a R$ 16,00 e pelos acepipes da foto acima, e posteriormente por um novo reencontro de outros amigos para celebrar o dia internacional da neguinha. O chove-não-molha de São Pedro nos fez desconsiderar a ida à chácara do Jockey, e ficamos torcendo para que Sting e Lenine se encontrem novamente num momento futuro, num lugar com menos lama e mais calminho. Enquanto isso, fechávamos o momento glutão do feriado com um churrasco caseiro na casa da sogra (de fato).

E cadê o “dia extra” pra gente descansar do feriado, hein?

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Das grandes vantagens de se estar trabalhando na Vila Mariana, mais especificamente na R. Luis Góis, uma sem dúvida é a hora do almoço. Porque pra quem estava acostumado a se conformar com restaurantes por quilo cujo preço variava de 30 a 35 mil réis por cabeça, almoçar por aqui é uma moleza. Por 18 Reais você se esbalda e come muito bem mesmo…

E das dicas do bairro, seguem dois destaques ULTRA recomendados:

MAKING BURGERS
(Domingos de Morais, 3108)

Compete com propriedade com os melhores hamburgueres da cidade, sem nenhum exagero. É uma casinha ajeitadinha, cujo ambiente ajuda a tornar a experiência do lanche ainda mais gostosa. Experimente o Cheese Giant Burger com acompanhamentos (o sanduíche mais caro não sai por mais de R$ 17,00). As sobremesas também não deixam nada a desejar, apesar de menos exageradas do que em outras lanchonetes paulistas, como o Burdog e o A Chapa. Detalhe importante: pela localização ser em um retorninho da Domingos que foi fechado assim que a lanchonete abriu, quem está de fora não dá uma pataca pelo lugar – o que consequentemente faz com que ele nunca esteja cheio. Pelo contrário, a impressão que dá é que você sempre é o primeiro cliente do dia. Aos que como eu não têm saco pra pegar uma fila de espera por causa de um cheeseburger, é ideal.

A AMARANTE
(Domingos de Moraes, 3123)

Do outro lado da rua, literalmente. Padoca/restaurante 24h, daquelas que todo mundo conhece. De especial, o assustador beirute (cujo tamanho “pequeno” alimenta tranquilamente dois rinocerontes (também por menos de R$ 20,00), os lanches que são ótimos, gostosos e honestos, e o suco de laranja (cujo fornecedor deve cultivar ao lado de uma plantação cana de açúcar, pois eu nunca provei um suco deles que não estivesse um mel). Mas o destaque cinco estrelas vai para a inigualável palha italiana (R$ 18,50/kg), que é simplesmente uma experiência, e tornou-se um ritual das sextas-feiras aqui do trampo dividirmos 300g da criança (que saem por menos de R$ 6,00, que é o preço de uma daqueles sundaes nojentos do McDonalds). Se eles exportassem esse treco, abririam uma franquia por semana.

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Eu lembro muito bem que ontem, lá pelo finalzinho da manhã, disse ao meu pai que este ano o Espírito de Natal tinha passado bem longe de mim. Que em nada esse sábado de chuva e abafado pareciam um dia de Natal, daqueles que eu vivi intensamente na minha infância, e que até hoje não esqueço.

Isso porque existem famílias, e famílias brigam. De um jeito, de outro, mas sempre existem ruídos. Alguns são tão grandes que além de não te deixarem ouvir, ainda causam uma tremenda dor de cabeça.

Então esta noite estava guardada embaixo da minha árvore de Natal, bem escondida, uma bandeira branca. E quando à meia-noite tocou a música de todos os nossos Natais, essa bandeira passou de mão em mão.

Deveria ser muito estranho o fato de eu estar em plena noite de Natal aqui na internet. Mas depois de uma noite onde eu ouvi a voz de quase todas as pessoas que eu de fato quero bem e que tenho contato mais próximo, em que essa bandeira deu o tom aqui em casa e que tudo terminou bem, com o melhor presente que eu poderia ganhar – esse que eu pedi aqui embaixo, no último post, eu tinha que agradecer.

A todas essas pessoas, a Deus, a quem for. A noite de hoje foi de fato feliz. Simples demais. E pecadora, como comprova a foto abaixo.

E amanhã, a lasanha.
Definitivamente, este foi um FELIZ NATAL.

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E na volta de Bauru, eu fiquei sem micro. O bichinho deu linha no eletrocardiograma, e eu atestei seu óbito tardio, após quase seis anos de serviços prestados – fato este que justifica meu completo desaparecimento do MSN nos últimos dias, uma vez que a Lei Áurea continua longe daqui do trampo. No calor da comoção por sua partida, recorri ao Bradescão (já que o Itaú não me aceitou como credor, pois minha movimentação bancária com eles é “satisfatória” – não boa, nem muito boa, apenas satisfatória*) e catei um empréstimo que me fará chorar todas as noites até o final do ano que vem. Mas poderei chorar debruçado no meu micro novo – que ainda não chegou, exatamente como o Speedy, que eu também adquiri.

Necessidade, meu caro. Já tava mais do que na hora.

Então domingão fomos eu e a Bibi aqui do lado enfrentar a chuva, comer uns brownies e discutir desarmamento, futuro profissional, filhos e afins na Bella Paulista.

Aquilo não é uma padaria: é uma prova terrena de que o Paraíso existe (mesmo que ela – a Padaria – fique na Consolação). Programa obrigatório que eu não conhecia e que daqui por diante, mesmo pobre, prestigiarei com afinco. Em dias como hoje (chuvoso, nublado e aconchegante), uma excelente pedida.

* Satisfatória, até onde minha inteligência me remete, significa “coisa ou ação que causa satisfação”. Se mesmo proporcionando satisfação ao Itaú ele não me aceita, imagino que o Banco esteja precisando de amor – e não somente de sexo. Pena…

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Obviamente que eu, adorador confesso de fésti-fúdis dessa vida, comemorarei hoje juntamente com meus comparsas de escritório a inauguração do novo sanduíche do McDonalds: o tal do BigTasty – sim, aquele que eu já havia experimentado no começo do ano em caráter experimental e de graça (boas lembranças merecem ser recordadas).

Que bom que o McDonalds reconheceu que é uma lanchonete de coisas gordas, que era necessária uma tentativa de resposta ao Triple Whopper do Burger King, e que as pessoas que comem no Mc têm fome e precisam de… sustância. O grandão aí é bacana, tem sabor e se for “feito de minhoca” como o resto dos sandubas da rede, essas minhoquinhas pelo menos parecem bem mais desenvolvidas do que as outras…

A foto acima e a fome aqui na região do Equador dizem o quão grande pode ser nosso apetite por coisas gulosas, gostosas e exageradas. E como eu já disse aqui há algum tempo, quem fica pensando em saúde quando vê um hamburger, que de fato vá procurar um médico – ele entende de saúde como ninguém (“como” ninguém, sacou o trocadilho? Ahn? Ahn?).

Afinal de contas, as duas coisas mais gostosas dessa vida continuam sendo COMER. Que se dane a alimentação saudável de vez em quando: esse negócio de ficar preocupado com caloria é coisa de gente pobre. Não que eu não seja, mas eu fico feliz sendo porco de vez em quando…

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Após a magnífica e estonteante vitória do Todo Poderoso ontem à noite, eu e Thiagão pudemos nos deleitar em uma das maiores tradições culinárias de todos os tempos: o sanduíche de pernil de porta de estádio.

Esta iguaria de sabor inigualável é preparada sem qualquer tipo de frescura. Atolar a alface no pão em duas dedadas bem dadas, jogar aquela aguinha mágica na chapa e virar três vezes os tecos de pernil, cebola e repolho, botar tudo no pão e dar aquela última amassada antes de servir é um ritual tão sagrado quanto lavar a orelha ou tirar a sujeirinha do umbigo durante o banho.

Fato é que as bactérias são o grande diferencial da comida de rua! Nunca vi alguém que não curtisse um queijo quente tostando naquela chapa encardida de onde acabou de sair um zoião com bacon, aquele dog completo pós-balada vindo diretamente da traseira da Kombi, a garapa com gostinhos de fruta na feira de sábado, as inúmeras banquinhas de “café da manhã express” espalhadas na cidade (com bolo, pão de queijo, broa de milho, café com leite, chá e chocolate), e é claro, o chugatinho, o geladinho (ou sacolé), e aquele churrasco grego com kisuco…! Bactérias são crocantes e saborosas até que alguém me prove o contrário…!

Pelo menos um desses certamente você já comeu se babando de desejo, e sorriu orgasticamente após a última mordida. E é um tipo de rango que você não consegue fazer em casa: nunca fica a mesma coisa, que nem pastel de feira. Aquele tipo de coisa que você não fica pensando de onde veio e como ficou assim – neguinho fresco não come na rua, e às vezes paga mais de 70 pau comendo uma colher de ravioli no Rascal.

E nesse momento eu lembro do “doutor-meto-com-capa-de-chuva” do Fantástico. É, aquele que aperta a mão com luva. Será que esse cara já teve o prazer de comer um risóli de padaria? Ou então o pernil do Pacaembú? Será que ele usa o bidê?

Claro que eu acho muito recomendável lavar a mão depois do xixi (coisa que 95% dos caras que vão ao banheiro em qualquer shopping desse mundo não fazem), não esfregar o olho após pegar dinheiro… mas vai com calma! Esses antros da cultura culinária popular devem ser mantidos com seus devidos germes, bactérias e porquices! Se não fosse esse tipo de “procedimento”, nós não teríamos o prazer do deleite da feijoada em nossas vidas!

Portanto, um brinde à imundice! E brinde com copinho de plástico e kisuco de morango!

* Eu juro que de tanto o Chaves insistir nesse maldito combo, um dia eu experimentei. O sanduíche de presunto SEMPRE será excelente, mas suco de tamarindo é coisa ruim de doer! Eu nunca tomei, mas deve ser parecido com purgante…

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E no meio da guerra entre McDonalds e seu Big Fuckin’ Quarteirão com Queijo Duplo (também conhecido por aqui como X-Vaca), e nosso novo e ilustre Burger King, recém-chegado e ainda não-desvirginado por este que vos escreve, fica o nosso “estômago roncador”, nossa consciência ridícula e uma vontade absurda de mandar tudo o que é boi prensado pra dentro…


– Ai, que vontade de comer uma saladinha de grão-de-bico…

Claro que não dá pra desandar e comer só isso o tempo todo, mas a coisa mais irritante dessa vida é ver aquelas pessoas que olham, olham e olham, babam no cartaz com aquele hamburgão suculento e aquele queijo derretido, e começam a se lamentar porque “não podem comer porque isso engorda”. Aí passam uma puta vontade comendo salada de mato e tomando suco de soja…

Meu amigo, tenha dó né… Você vai morrer mesmo algum dia, pode ficar tranqüilo. Portanto, que tal aproveitar essa faísca de vida que a gente tem e cair de boca na vaca morta? O bagulho é bom, estufa e faz bem – pra alma. Sem essa de moralismo falso de academia… tudo bem em não comer sempre essas paradas (todo mundo sabe que isso engorda), mas não se prive do mínimo de prazer que um bom lanche gordurento e gostoso pode te fazer…

Apêndice:
Que fique registrado em ata que há algumas semanas atrás, em um daqueles desafios que só dois homens são capazes de fazer, Guto (o estagiário daqui do setor, também conhecido por ser o namorado do enfermeiro Josimar) encarnou Fred Flinstone e mandou pro bucho 3 QUARTEIRÕES COM QUEIJO DUPLOS, mais UMA BATATA MÉDIA e UMA COCA-COLA. O rapaz ganhou dez conto da minha conta, e o respeito de todos por se mostrar o maior tiranossauro já visto num McDonalds! E desafia a quem se habilitar..

nov
2003
07

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