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04/jan/2009 – dia 10
Recoleta/Ezeiza, Buenos Aires – Guarulhos, São Paulo

Na noite anterior, após as Quilmes, voltamos ao hotel e solicitamos um remis para às 4h da manhã (embarcaríamos às 6h50), crentes que seríamos transportados por mais um pau véio argentino. Acordamos às 3h, e nem as poucas horas de sono apagaram nossa euforia em voltar pra casa. Descemos e nos esperava em frente à entrada um C4 Pallas. Definitivamente, a Argentina era um país de muitas surpresas…

Fomos para o aeroporto com alguns trocadinhos de peso no bolso, não sabendo ainda se teríamos que pagar a tal taxa de embarque na volta (marinheiros de primeira viagem, imaginávamos que ela talvez estivesse inclusa por completo no vôo de ida). Chegando em Ezeiza, fomos nos informar sobre isso, e pra variar, estávamos errados. Conhecendo todas as saídas possíveis quanto a grana naquele país, partimos para a sequência “caixa eletrônico/agência bancária/casa de câmbio”. O primeiro continuava renegando nossos cartões; o segundo, só abriria mais tarde. Emoção pela frente…

Fomos procurar as casas de câmbio. Fechadas, lotadas, distantes. A hora passando, e nossa suadeira aumentando. Me meti na fila de uma das casas, e rezando pra que desse tempo, não sabia mais como lidar com a situação. Estávamos de novo metidos nessa correria por causa de dinheiro! E no auge do meu descontrole, a Debs, com a calma que lhe é peculiar, disse que iria dar uma olhada se havia algum outro guichê aberto por ali. Cinco minutos depois, ela volta, toda feliz com seus sessenta Reais (que ela levou no bolso daqui também) convertidos em moeda local! Estávamos salvos de novo!

Entramos no saguão aliviados, e correndo em direção ao avião, passam por nós duas aeromoças perguntando sobre o número do nosso avião, e dizendo “estão esperando vocês”! Acho que a última vez que corri daquele jeito eu ainda não tinha curso superior e tinha aulas de Educação Física. Chegamos esbaforidos ao ônibus que nos levaria ao avião. E ali, enfim a caminho e sem mais nada pra dar errado, ganhamos do país esse último presente:

E dali, foi só subir e aproveitar a viagem.

Um macarrãozinho com queijo e muitas nuvens depois, e chegamos a uma São Paulo chuvosa e convidativa. Meus pais nos esperavam no aeroporto, e na chegada, a Debs pôde enfim tomar um suco de laranja num copo grande, e pedir um pão de queijo. Não havia cansaço maior do que a euforia de começar a contar tudo.

Tudo o que veio pra cá, nesses vários textos sobre uma viagem tão pequena mas tão gostosa. E que vão ajudar sim a quem como nós encarou Buenos Aires pela primeira vez; a refrescar nossas memórias com o passar do tempo; e a reviver cada uma dessas histórias com o sabor que conhecemos. Já faz quase um ano que comecei a escrever tudo isso, e agora, faltando um dia pra 2010, é hora de fechar esse livro.

E começar a preparar o próximo, em breve. Pra mais e mais textos, novas histórias e muita coisa pra contar. Porque se tem uma coisa que essa viagem nos provou é que, pra algo ser possível, antes de tudo devemos ter coragem de meter as caras. Coragem adquirida, agora ninguém nos segura mais.

Adiós amigos.

O último tango

dez
2009
30

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03/jan/2009 – dia 9
Recoleta, Buenos Aires

Do hotel para o Costa Verde, saborear o último bife de chorizo da viagem, e de lá, pro bar de esquina, na mesa de rua, com duas canecas de Quilmes geladas. Sim, após 8 dias, sabíamos onde estavam as coisas que queríamos. Não precisávamos mais caçar às cegas como antes, o que nos deixava clara a impressão de que estávamos bastante confortáveis em Buenos Aires. A cidade já não era mais um desafio, mas sim um tremendo prazer.

A poucas horas de ir embora, já existia sim uma saudade de casa. Ansiedade em reencontrar nosso espaço, nossos amigos, contar tudo o que vivemos por lá. Normalmente qualquer viagem é assim, mas essa, pra nós, foi um pouco além. Mesmo próxima, a língua que não falávamos foi um pequeno desafio – não para compreendê-la, mas sim para praticá-la num tiroteio de portunhol que aos poucos tornou-se bastante natural, quase automático. A hospitalidade nos deixou mal-acostumados. Nada de pressa, nada de correria. Noites tranquilas para se andar na rua sem medo, muito a se conhecer, pouco tempo pra tanto. Poucos planos, e muitas surpresas.

Conversamos sobre tudo isso naquela mesa. Anotamos os detalhes que faltavam no nosso caderninho. Não queríamos perder uma única lembrança que fosse, para que os registros fossem carregados de memórias, de fatos, de pequenos detalhes que aumentam uma linha, um parágrafo que seja. Estava tudo ali. Relaxamos, e planejamos um pouco do que seria nossa volta. Mas pouco, porque a hora era de esquecer de tudo e aproveitar.

É. Sentiríamos saudades.

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03/jan/2009 – dia 9
Recoleta, Buenos Aires

Retornando do Jardim Japonês, e com o dinheiro da casa de câmbio no bolso (que foi calculado em cima dos gastos descritos anteriormente, pra gente não morrer com muitos pesos nas mãos), mergulhamos nos presentes e nos mimos que ofereceríamos aos familiares na volta.

Parada óbvia: a charmosa loja da Havanna no coração da Recoleta. Creio que as imagens falem melhor que as palavras:

Levamos esse maravilhoso e delicioso estoque para o quarto, e de lá, partimos para finalizar nossa última noite no país com um sol na bandeira. Para isso, nada melhor que nos despedirmos dos lugares queridos…

Arigatozinho

dez
2009
30

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03/jan/2009 – dia 9
Palermo, Buenos Aires

Após mais ou menos uma meia horinha chegamos a Palermo, para tentar novamente encarar o tal Jardim Japonês. Um baita sol, um dia útil, dessa vez tudo correu bem e entramos sem problemas.

O lugar é bem bonito sim. Trocentas mil carpas, arquitetura condizente, umas luminárias bonitinhas, jardins de pedras… mas novamente, o repertório urbanóide paulistano atrapalhou um pouco. Pra quem conhece o Templo Zu Lai em Cotia, perto de casa, o tal Jardim Japonês fica com cara de recepção de dentista. Duvida? Então confira:

JARDÍN JAPONÉS
Palermo, Buenos Aires – Argentina
Onde o céu é sempre azul.

Agora, a nossa vez…

TEMPLO ZU LAI
Cotia, São Paulo – Brasil
O céu é cinza, e a paz reina soberana.

Mesmo sendo um templo (e não um jardim, para que fique bem clara a distinção das coisas), o turismo no Templo é bastante grande. Porém, restrições quanto a vestimentas, aparelhos eletrônicos e nível de ruídos não são problema aos que o visitam, uma vez que o contexto do local é claramente o exercício do budismo. Não importa. É lindo assim mesmo, e talvez por ser exatamente assim, ainda mais.

Logicamente, comparando os dois, rola uma pequena broxada. Mas o lugar ainda assim é bem do bonito, e nos proporcionou outros momentos muito bons e memoráveis. Primeiro, uma contribuição ao Animal Planet que duas brasileiras gentilmente ofereceram aos presentes:

E depois, um momento espetacular protagonizado por esse simpático casal. Estávamos sentados debaixo de uma árvore, onde eu tentava pela enésima vez aprender a mexer na máquina hi-tech da Debs. Eis que o tal casal se aproxima, e esse senhor, sem mais nem menos, começa a se declarar numa enorme poesia à senhorita queo acompanha. Nós, sem entender uma palavra do que o velhinho dizia, olhávamos pros dois sem reação: a senhorita toda serelepe, e o senhor cada vez mais inflamado.

E quando ele terminou, nós simplesmente agradecemos e muito ter presenciado aquele que provavelmente foi o momento mais romântico da viagem, e sem o menor pudor, pedimos uma foto do casal para que pudéssemos posteriormente contar essa história aqui. Foi sensacional.

La plata si fué?

dez
2009
30

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03/jan/2009 – dia 9
Recoleta e Centro, Buenos Aires

O momento de maior emoção estava reservado justamente para seu derradeiro dia. Lá nos primeiros textos eu escrevi sobre o perrengue que havia sido, quando da nossa chegada, conseguir dinheiro nos bancos argentinos. Pois muito bem. Descobertos os segredos da retirada pela bandeira Plus, utilizaríamos o restante de dinheiro que havíamos guardado exatamente nesse último dia para fazer as compras que levaríamos para o Brasil, assim como para quitar a hospedagem do hotel, e pagar as taxas de embarque do nosso vôo.

Vale lembrar: usávamos apenas dinheiro nessa viagem. Nossos cartões eram somente de débito, e não faziam transações diretas fora do território nacional. Resumindo: era dinheiro na mão, ou nada de comprar.

E lá fomos nós, felizes e saltitantes com as economias acumuladas num país cujo dinheiro vale nada, retirar aquela fortuna pra torrar em alfajores. Sacamos 600 pesos cada (era esse o limite da máquina por saque, se não me engano), e ao tentar fazer um novo saque… fué. Nada. Saques bloqueados. De ambos. A princípio mimaginamos que pudesse ser um limite de tempo a ser considerado por segurança. Saímos do banco, mudamos de agência (e de banco – da França pra Patagônia em uma quadra), tentamos novamente… e nada.

Fudió.

Ainda era bastante cedo, e resolvemos voltar para o hotel, acertar primeiramente o que havia de pendência com o dito (era muito mais importante do que os presentes – em último caso, viríamos de mãos vazias, mas sem dívidas com o país vizinho). E nessas horas, onde a cabeça ferve e não sabemos o que fazer, vemos como o destino às vezes é generoso…

Havíamos tirado uma grana extra ainda no Brasil, em Reais mesmo. Coisa de uns quinhentos contos, que eu levei comigo “em caso de emergência”. Pois bem, lá estava a emergência. Pegamos a grana e fomos à casa de câmbio próxima ao Hotel, que cobrou taxas bem mais razoáveis do que as praticadas em Cumbica. Mostrou-se um bom negócio, e após o perrengue passado por mais um susto monetário, cumpriríamos os planos pro último dia. A começar pelo Jardim Japonês, o qual tentamos desbravar por duas vezes anteriormente, todas sem sucesso. Mas a sorte, sim, a sorte, parecia estar a nosso favor. Ao Subte…

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03/jan/2009 – dia 9
Recoleta, Buenos Aires

Para o último café da manhã na Argentina escolhemos um bistrô na própria Recoleta, vizinho ao tão querido Costa Verde no cruzamento da Junín com a Juncal. Por sinal, foi a refeição em que durante toda a viagem fomos mais inábeis, dado que a Debs não toma café e em todos os combos matinais era esse o principal dos componentes, principalmente tratando-se de quantidade. Nossos pedidos de medialunas sempre traziam outros acessórios que, se não fosse por essa curva de rio que vos escreve, seriam desperdiçados constantemente. Resolvemos aposentar o croissantzinho portenho dessa vez, e pedimos “dos tostados”…

…que nada mais são do que mistos quentes. E vieram bem caprichados no tal local (cujo nome não me recordo mais). Porém, como em todo bistrô, foi importante não se importar com a hora para que a refeição pudesse mesmo ser feita em sua plenitude. Tostar os dois pãesinhos e ajeitar aquela alface de forma a ficar bem bonitinha no prato quadrado demorou coisa de 40 minutos. Não estávamos de férias? Pois bem… nossa pressa ficou em São Paulo.

Simbora pro último dia de passeio na terra de los hermanos.

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03/jan/2009 – dia 9
Recoleta, Buenos Aires

Eu realmente não me lembro bem a que horas isso aconteceu, mas se não me engano logo que saímos pela manhã. Ao sair do elevador, encarando meu último dia de passeios por Buenos Aires com o manto sagrado do Timão, me deparo com um brasileiro que solta aquela frase já conhecida:

– Essa camisa é linda demais! Até aqui nos encontramos!

E me dá um abraço totalmente gratuito. Ser corinthiano é fazer amizades, inclusive fora do país, praqueles que dizem que esse time é regional. A paixão alvinegra é do mundo, meus caros. E a camisa, aos curiosos, ganharia o seguinte registro fotográfico horas mais tarde…

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02/jan/2009 – dia 8
Avenida Corrientes, Buenos Aires

Parte 1: OS COMES

Imagine uma pessoa que gosta de batata. Agora imagine que essa pessoa não apenas goste , mas goste MUITO de batata. Então, imagine que durante uma viagem, pesquisando recomendações culinárias, essa pessoa encontre um lugar chamado Palácio das Batatas Fritas. Pois é. Eu namoro essa pessoa.

E eu não sei onde estávamos com a cabeça (eu especialmente) quando resolvemos ir à pé para o tal restaurante. Andamos o que psicologicamente equivalia a uns 40 quilômetros, até chegarmos ao Palacio de la Papa Frita. Não era um pacote gigante de batatas, muito menos um lugar que só servia batatas. Era sim um restaurante de tiozão, tradicional e tudo mais. Debs fez biquinho, mas manteve o ânimo. Pedimos um Lenguado Al Roquefort, e para abrir os serviços, obviamente, uma porção de batatas (que segundo o velhinho garçom, eram as mais tradicionais de Buenos Aires).

E de fato, essas não decepcionaram. Elas são infladinhas, e bem boas. Não me pergunte como eles fazem… só sei que lendo as críticas ao local dias depois, vi que são praticamente uma unanimidade…

Acabaram-se as papas. Pedi o tal prato e enquanto a Debs ia ao banheiro o besta aqui resolveu pedir um vinho portenho, pra não terminar a viagem sem antes experimentar uma das especialidades do país. O problema, é que, na empolgação, acabei optando por um tipo que é sim o que eu mais gosto (e não o que a Debs gosta). E com isso, quando a garrafa chegou, a pequena experimentou da minha taça e em seguida mandou um “…não…” típico de quem não vai mesmo encarar a aventura.

Parte 2: OS BEBES

Éramos eu e aquela garrafa ali, inteirinha. E eu pensando, depois daquele dia desgastante pra burro: “não vou deixar essa criança aqui… é um absurdo desperdiçar tudo isso de vinho…”. Com essa dedução, me pus a beber a dita a goles generosos, e pouco acostumados à iguaria de Baco. A Debs se deleitava, e acabava com a pouca reputação que eu já tinha naquele momento, com fotos que realmente traduzem o sentimento do momento:

Ao fim da garrafa, eu já não acertava a comida no prato, sendo que a última garfada foi o primeiro de uma série de motivos para o ataque de riso sem fim da Debs. Após a conta (que ela pagou, eu realmente não me lembro), olhei para a porta, lá distante, e pensei “em linha reta não tem erro, é só ninguém me atrapalhar”. Eis que os garçons vieram fazer um tipo de “corredor de agradecimentos”, assim que levantamos da mesa. Eu devo ter dito a série mais longa de “gracias” da viagem, culminando num quase-tropeção na porta da rua.

E sei sim que no caminho de volta (que fizemos a pé, e qual seria o motivo pra isso, meu Deus?) eu cumprimentei absolutamente TODOS os pilotos do Dakar que cruzavam nosso caminho, com gritos entusiasmados que eu não lembro o que diziam. A Debs também me contou que eu quase arranjei briga na rua, tirando sarro da galera da calçada e aloprando cada um que passava na minha frente. O que eu lembro mesmo é que o caminho pro apartamento foi muito, muito longo, e demorou quase 10 horas pra ser cumprido; que andamos mais ou menos uns 30 quilômetros até o hotel, que eu ria desenfreadamente por motivo nenhum, e ao chegar ao hotel caí de bruços na cama, e assim fiquei até a Debs (mostrando mais uma ve o porquê de tê-la escolhido pra casar comigo) pacientemente descer até a Drugstore mais próxima e comprar os dois alfajores mais doces e pesados da viagem, que eu devorei mastodonticamente antes de cair no sono, feliz e travado de bêbado.

Um porre de vinho na Argentina. E quem disse que pobre não viaja com estilo?

*O título do post foi alterado por motivo de spam. Nem entrarei em detalhes aqui…

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02/jan/2009 – dia 8
Centro, Buenos Aires

Algo a mais ainda nos esperava nesse dia que parecia não ter fim (mas que passava muito bem, obrigado). Voltando da Rua Florida, vínhamos pela 9 de Julio quando notamos a tremenda multidão que se formava logo à frente, quando nos aproximávamos do Obelisco. E rapidamente lembramos que a largada simbólica do Dakar seria ali, e que estávamos em tempo de presenciar o evento.

Claro, se conseguíssemos nos infiltrar na multidão. E conseguimos.

A organização da tal largada foi pra lá de precária. A galera cruzava a avenida em frente aos carros, motos e caminhões do Rally sem maiores dificuldades. A Dé se meteu no meio de uma galera que aos poucos ia invadindo a pista. Mas mesmo assim, algumas fotos vieram. E na boa? Quem se importa com a zona, a desordem, com aquele povo todo vibrando com a parada? Dakar, meu amigo. E nós estávamos lá!

Nossos pés já estavam estourados. Cansados, famintos, loucos pra descansar. Mas faltava apenas mais um dia, e precisávamos nos arrebentar mais um pouco. Ainda restava fôlego, e de todos os lugares que queríamos visitar, um era essencial, ainda mais pra Debs…

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02/jan/2009 – dia 8
Centro, Buenos Aires

Depois da manhã no Delta da Prata, voltamos para Buenos Aires, para fazer aquilo que a grande maioria dos turistas que viaja pra um país cuja moeda vale menos do que a da terra-pátria faz: compras. Das poucas encomendas efetuadas, uma delas era uma casimira para a mãe da Debs (a.k.a. Nilce, minha sogra). E para tal, seguimos suas dicas e fomos desbravar a tal Rua Florida.

Centro é centro, e shopping é shopping. Depois de tentar em vão achar o tal produto a preços módicos na Galeria Pacífico – que é a Galeria Pagé dos caras, só que bonita e cara – fomos em direção à tal rua sugerida. Estávamos um tanto acabados, tal a viagem da manhã e a andança na parte da tarde. De chinelos, mochila e escaldados pelo calor argentino, nos aproximamos de uma das lojas sugeridas.

Vale ressaltar que a alameda é bastante parecida com a Oscar Freire. Bonita, pessoas chiques, portas das lojas abertas somente após o atendimento do vendedor, roupas que custam a partir de 3 dígitos. Naquele estado, não tínhamos esperanças de sequer entrar na tal loja…

…mas qual não foi nossa surpresa ao recebermos um dos melhores atendimentos da viagem, por uma senhora assumidamente perua e extremamente falante. Entre casacos de couro e de pele, a Debs soltou o seu melhor portunhol de toda a viagem, e nossa vendedora querida correspondeu prontamente, trazendo exatamente o que buscávamos. E o mais legal: por um preço bastante acessível no que se diz respeito à casemira argentina, que é famosa mundialmente pela qualidade do material (eu não sabia disso até me contarem, então repasso a informação).

Fato é que até sobrou uma graninha pra Dé arriscar um presentinho (cujo resultado foi bem legal, pra nossa alegria). Portanto, se você amigo turista maltrapilho, se meter a andar pela Rua Florida, não tenha medo. Ao contrário dos paulistas metidos a besta, os argentinos perguntam se mesmo vestido daquele jeito, você aceita um café. Ou uma água, com aquele calor.