La plata si fué?

dez
2009
30

escrito por | em [Viagem] Argentina 2008/2009 | Nenhum comentário

03/jan/2009 – dia 9
Recoleta e Centro, Buenos Aires

O momento de maior emoção estava reservado justamente para seu derradeiro dia. Lá nos primeiros textos eu escrevi sobre o perrengue que havia sido, quando da nossa chegada, conseguir dinheiro nos bancos argentinos. Pois muito bem. Descobertos os segredos da retirada pela bandeira Plus, utilizaríamos o restante de dinheiro que havíamos guardado exatamente nesse último dia para fazer as compras que levaríamos para o Brasil, assim como para quitar a hospedagem do hotel, e pagar as taxas de embarque do nosso vôo.

Vale lembrar: usávamos apenas dinheiro nessa viagem. Nossos cartões eram somente de débito, e não faziam transações diretas fora do território nacional. Resumindo: era dinheiro na mão, ou nada de comprar.

E lá fomos nós, felizes e saltitantes com as economias acumuladas num país cujo dinheiro vale nada, retirar aquela fortuna pra torrar em alfajores. Sacamos 600 pesos cada (era esse o limite da máquina por saque, se não me engano), e ao tentar fazer um novo saque… fué. Nada. Saques bloqueados. De ambos. A princípio mimaginamos que pudesse ser um limite de tempo a ser considerado por segurança. Saímos do banco, mudamos de agência (e de banco – da França pra Patagônia em uma quadra), tentamos novamente… e nada.

Fudió.

Ainda era bastante cedo, e resolvemos voltar para o hotel, acertar primeiramente o que havia de pendência com o dito (era muito mais importante do que os presentes – em último caso, viríamos de mãos vazias, mas sem dívidas com o país vizinho). E nessas horas, onde a cabeça ferve e não sabemos o que fazer, vemos como o destino às vezes é generoso…

Havíamos tirado uma grana extra ainda no Brasil, em Reais mesmo. Coisa de uns quinhentos contos, que eu levei comigo “em caso de emergência”. Pois bem, lá estava a emergência. Pegamos a grana e fomos à casa de câmbio próxima ao Hotel, que cobrou taxas bem mais razoáveis do que as praticadas em Cumbica. Mostrou-se um bom negócio, e após o perrengue passado por mais um susto monetário, cumpriríamos os planos pro último dia. A começar pelo Jardim Japonês, o qual tentamos desbravar por duas vezes anteriormente, todas sem sucesso. Mas a sorte, sim, a sorte, parecia estar a nosso favor. Ao Subte…

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