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Soleil

mar
2010
28

escrito por | em Diversão | 1 comentário

Olhando em anos anteriores, notei que nunca escrevi mais do que três linhas sobre o Cirque Du Soleil nas duas vezes em que estive no espetáculo anteriormente (Saltimbanco em 2006 e Alegria em 2008). O que, diga-se de passagem, é uma heresia. O Cirque é o espetáculo pelo qual aguardo um ano inteiro desde a compra de seu caríssimo ingresso, até a chegada da tão esperada apresentação.

Porém, dessa vez, tenho mais do que um motivo para não cometer o mesmo erro. Na verdade, tenho três: eu, a Debs e minha mãe. Pois desde a primeira vez, após sair daquela tenda (que na TV parece tão grande, bem maior do que de fato é), a empolgação pelo retorno da trupe somente faz arrebanhar novas companhias. Dessa vez, prezei pelas duas principais, uma vez que a Luana tem feito o mesmo desde então, e fizemos dessa uma tradição nossa. Ela, dessa vez, fez o mesmo trazendo os pais, e a Soledad a tiracolo.

Mas olhando com um pouco mais de cuidado para os tais erros passados, e ainda curtindo a euforia do espetáculo desse ano, justifico a falta de textos de uma forma muito óbvia: por mais clichê que seja, é impossível descrever Quidam. Assim como foi com Alegria e Saltimbanco. Para quem gosta, e quem aprendeu assim como eu a viver o espírito do Cirque Du Soleil, a cada nova incursão, sabe-se que a ao apagar das luzes o que se tem ali dentro é uma experiência sensorial. As cores, os sons e os sentimentos de cada espetáculo são completamente distintos, e o conjunto de cada um, inesquecível. Saltimbanco foi colorido e puro. Alegria foi romântico e sutil. Quidam foi trágico e denso. Todos, maravilhosos. E ao terminarem os aplausos, é óbvio o desejo de um bis, de que voltem logo, que possamos sentir tudo aquilo de novo.

Olhar para os lados e vê-las, ambas, maravilhadas, foi a melhor recompensa que eu poderia ter após decidir presenteá-las com essa experiência. Sei do tamanho do impacto, e de quanto presenciar o Cirque é incentivar o lúdico, acreditar no impossível, vivenciar o sonho. Que venha o próximo.