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Pronto.

nov
2010
01

escrito por | em Brasilidades | 4 comentários

E chega de eleição, por favor.

Nos últimos meses, fomos submetidos à presença initerrupta de candidatos pautados por estratégias agressivas de marketing, questionamentos morais e religiosos, alianças escusas, acusações e mais acusações. Enquanto isso, pouco se falou de política, de planejamento, de planos de governo e possibilidades de crescimento do país e sua sempre fodida população.

Com a vitória de Dilma, já surgiram as “manifestações patrióticas” dos feridos na batalha, excomungando as mulheres, os nordestinos, os pretos, os pobres, as bichas e os analfabetos. Sim, pois é exatamente essa a tônica de nossa tão educada e bem conduzida classe média: culpar aquilo que não lhe servir. E o Governo Lula não lhe pareceu bom, uma vez que ofereceu a tal Bolsa-Família aos que mais precisavam (mesmo servindo de benefício por diversas vezes aos que não precisavam tanto assim), facilitou o crédito para a compra de casas no muitíssimo bem-sucedido Minha Casa, Minha Vida, e chamou a crise internacional de “marolinha”, dado que os efeitos dessa no país foram de fato pífios comparados aos das nações desenvolvidas. Logicamente nem tudo são flores, e assim como em TODOS os governos, falou-se muito de corrupção, pouco se puniu e fêz-se muita cagada. Disseram que nunca foi noticiada tanta falcatrua… mas pensando um pouco mais sobre essa afirmação, algum governo sofreu tamanha resistência e ojeriza dos então sempre privilegiados meios de comunicação consolidados? E tendo isso em vista, obviamente noticiou-se mais, uma vez que muitos interesses até então de situação tornaram-se de oposição. Foi a primeira eleição sob a Lei da Ficha Limpa, e um Maluf eleito e impugnado me parece sim um grande passo para que ainda possamos sentir um respiro de esperança.

Eu não me iludo, mesmo. Entrasse quem entrasse, Dilma ou Serra, o congresso e o senado já estão eleitos, e novamente povoados pelas mesmas cobras incompetentes e safadas de sempre. O novo é o bizarro, com palhaçoes, cantores e jogadores de futebol entre os mais votados. Não, brasileiro não sabe votar. Está longe de saber. A tal reforma política é uma promessa equivalente à reforma agrária, que muito interessa a quem NÃO está no poder. Os dois candidatos à presidência não possuíam plano de governo. As promessas se repetiram. Ganharia um poste, se fosse apoiado pelo Lula. O cara é um mito. Foi um presidente melhor do que qualquer desconfiança, um tremendo diplomata, encantou-se por vezes pela soberba da aprovação geral de um país continental (e eu não o culpo), e tem um carisma maior do que o comum. Logicamente se aproveitou por trocentas vezes de tudo isso. E gostaria de conhecer alguém que não faria o mesmo ou pior. E tudo isso contra um candidato que é a cara e jeito do pragmatismo político. Era barbada.

Mas não, não é uma monarquia, e portanto, não é quem senta no trono que resolve ao seu bel prazer. Nem os tais “eleitores fanáticos” que surgiram nesses últimos tempos são tão politizados assim, a ponto de acompanhar diaria e criticamente o andamento dos governos que virão. Conheço uns 4 ou 5 que falam e entendem sim de política, mais uma ou outra que finge o mesmo mas não consegue. E pronto: acabou-se o engajamento. A troca ridícula de farpas entre simpatizantes de ambos os lados, e os adjetivos detestáveis que ganharam, vão sumir na fumaça de dois ou três dias adiante, e vamos todos voltar ao comodismo das nossas poltronas, assistindo o circo que (sempre) virá.

Eu tenho meu apartamento. Meu carro. Casei com festa. Vou ao shopping, e compro. Vez ou outra almoço fora. Não senti grandes diferenças entre governo Lula e FHC na minha vida. Nossa moeda magicamente continuou forte depois da invenção da URV, e desde então meu ensino completo e pago me manteve no mercado. Me virei, e continuo tendo uma vida cômoda, sem mais nem menos. Mas ontem vi que lá no Norte/Nordeste José Serra foi massacrado nas urnas. Aquelas mesmas regiões que são constantemente criminalizadas por nós, paulistas, cariocas, mineiros e gaúchos. Algo foi feito sim por lá, e está bem longe do nosso alcance de imaginação. E tenho em mente que enquanto o país não for tratado como tal, ao invés de ser somente o país dos paulistas e cariocas, responsáveis pelo desenvolvimento dos outros Estados/colônias, essa porra não vai pra frente. Despolarizar as riquezas, incentivar um mínimo de qualidade de vida (e sim, isso é algo que vai muito além de um Bolsa-Família da vida) e investir em educação democrática e qualificada. Enquanto tudo isso não acontecer, continuaremos nos batendo no escuro, com acusações ridículas e comodistas, e argumentos marketeiros. Se é uma esmola o que se ofereceu a essa gente, já estava na hora dela vir, pois daqui em diante eles pedirão mais e mais – pois é assim que a humanidade se fez – e forçarão os próximos governos a não fecharem os olhos àqueles cantos do país que nos acostumamos a ignorar. Discriminalizar dói aos que têm tudo o que precisam. Miséria incomoda. Méritos ao Governo Lula. Tortamente, eu acho que esse foi sim o maior feito do sujeito.

Boa sorte, presidente Dilma. E igualmente para esse congresso e câmara zoados.

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Povinho de merda que não sabe votar.

escrito por | em Brasilidades | 2 comentários

As eleições estão chegando. E antes que se pense que tentarei bandeirar minhas convicções políticas nos próximos parágrafos, é bom deixar bem claro do que se trata esse texto: de descrença. Mais do que isso: trata-se sim de uma total e completa desilusão sobre as pessoas. E não só as que estão lá, dando a cara pra bater e loucas pra mamar nas tetas do governo. Talvez mais até as que estão aqui, do nosso lado, e eu me incluo nisso.

Porque é exatamente o nosso comodismo que abre caminho para que os aproveitadores de ocasião estejam lá, fazendo essa palhaçada chamada horário político obrigatório. Tiririca, KLB, Maguila, Marcelinho Carioca, Netinho de Paula, Mulher-Pêra, Moacir Franco. A gente merece isso mesmo. Talvez se tirássemos nossa bunda da poltrona e quiséssemos de fato mudar alguma coisa, houvesse ainda algum espaço pra isso – se bem que depois de conseguir entrar nesse circo pra lá de corrompido, ou entramos na dança ou dançamos sozinhos – o coronelismo mantém firmes e fortes os generais que lá habitam a décadas, e são deles as cartas, pra lá de marcadas. É muito difícil, senão impossível, mudar o contexto em que estamos inseridos.

Ceticismo é a palavra da vez.

Ou vocês acreditam na Dilma, que nada mais é do que um Pitta do Lula? Lula que por sinal, caso apóie um poste, elege o objeto inanimado pro cargo que for, tal a populariade do sujeito (e sim, méritos pra ele, que conseguiu dissociar sua imagem de qualquer partido político). Então que tal acreditar no Serra, de quem só se ouve falar quando uma eleição está próxima, e cujas alianças envolvem Orestes Quércia (cujo câncer talvez enfim faça uma boa ação afastando esse traste da vida pública) e Paulo Maluf? Vamos então de Marina Silva, que hoje é uma sombra daquela militante engajada e posicionada do primeiro governo do companheiro. Apática com receio de afirmar suas opiniões, sua fragilidade é lamentável. Então vamos do centenário Plínio de Arruda, que já tem rabo preso lá dentro, e por isso mesmo conseguiu dessa vez um lugarzinho ao sol. E isso porque estamos aqui discutindo somente a presidência do país. Mas quem define e defende projetos, fiscaliza as contas e bota a coisa toda pra funcionar são aqueles outros, de 4 e 5 dígitos em suas legendas.

Serão seis votos dessa vez… uma verdadeira confusão pro povo que mal sabe quais os seus direitos. Se já é difícil escolher um desse bando, o que se dirá de seis? Mas é a confusão o que se espera mesmo, e nessa bagunça a corja toda se mistura e volta de onde nunca saiu. As promessas de todos continuam as mesmas: “lutar pela educação, mais empregos, mais casas populares, mais saúde, bla bla bla…”. Balela. Daqui a algum tempo, muda-se nome de rua, nome de praça, algum projeto esdrúxulo é aprovado, depois outro e outro. As ruas continuam esburacadas, tráfico e criminalidade continuam dando o tom nos telejornais, a impunidade comendo solta, os ônibus superlotados, obras superfaturadas e sem licitação. E daqui a 4 ou 5 anos, os jingles voltam, grudentos e obrigatórios, e esses mesmos nomes rodam os cargos. Porque eu não vou lá me candidatar, e nem você.

Portanto, nada muda. Nem hoje, nem depois.

Por essas e outras, parem de reclamar e aceitem. Ou façam um barulho de verdade. Porque movimentozinho pela internet, hashtag no Twitter e flashmob no Ibirapuera são revoltas de gente fresca. Revolução é outra coisa, e na minha opinião, só ela – e vinda da gente, sem patrocínio de cerveja, emissora de TV ou marca de fast-food – pode autenticar nossa democracia. Que hoje, inexiste.

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…saiba que após o relato dessa história, dias atrás, e o tal cliente decidiu descontar 33% do meu pagamento final. Isso mostra que de fato, quando você não deixa as coisas por escrito, não faz as cobranças de forma a se proteger e proteger ao seu trabalho, e por algum motivo coloca sua necessidade financeira à frente do acordo formal, é isso o que você consegue ao final de 15 dias de trabalho: um cano, que merece sim ser divulgado, pra que outros não caiam no papinho em que eu caí.

A “agência” tem menos de um ano. Começaram bem com uma dessas.

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O rolo com a Locaweb foi o seguinte:

Escrevia aqui feliz e insone como faço normalmente pelas madrugadas adentro. Já havia ocorrido um problema cuja solução tardou mas chegou (e eu relatei aqui mesmo, há dois meses). Algum tempo depois, ocorreu outro problema, semelhante ao primeiro, mas dessa vez o atendimento foi bom e tudo se acertou rapidamente. Pois bem: estava novamente escrevendo, e por volta das duas da manhã – mesmo horário onde após postagens anteriores coincidentemente haviam acontecido os problemas, mais uma vez todos os posts do blog sumiram.

Não é necessária muita inteligência para ligar as peças. O mesmo horário para as 3 ocorrências. Logicamente alguma acontece no raio do servidor dos caras às 2h da manhã todos os dias. Algo que se coincidir com uma incidental atualização de um banco de dados (devido a uma postagem, por exemplo), faz o bicho abrir o bico e tudo ir pelos ares.

O site estava no ar.
O blog estava no ar.
Mas estava vazio, porque eu postei às duas. Problema diagnosticado.

Logicamente que no Reino Encantado da Locaweb nenhum Lorde Supremo do Conhecimento Tecnológico admitiu que seu servidor não presta, ou que existe uma rotina sujeita a merdas caso algum usuário resolva acionar certas ferramentas em determinado horário. Para eles, que não explicam a seus clientes seus próprios problemas, e só aceitam críticas positivas no seu Blog Maravilhoso e Cheio de Estrelas (sei disso porque desejei a eles um feliz ano novo, mas sem blog, já que o meu não funcionava, e isso não foi e nem irá pro ar como pode-se notar). O Help Desk Center dos Magos ignorou minhas orientações e tentou por diversas vezes explicar o inexplicável, sendo irônico em alguns momentos, em respostas como estamos averiguando o porquê do conteúdo “sumir”.

Monopólio de mercado dá nisso: uma única empresa cresce desenfreadamente (por méritos sim, fui cliente da Locaweb por anos), e em determinado momento passa a se importar somente com mídia e clientes graúdos, deixando a massa que botou esse povo lá em cima em segundo plano. Assim como aconteceu com a Telefonica, a Vivo e a Embratel, a gente só vê como funcionam os serviços de alguém quando os mesmos dão algum tipo de problema.

O da Locaweb deu, o mesmo, três vezes. Ninguém resolveu, nem resolverá.

Já migrei para outro host, do UOL. Que enquanto não der problema, será ótimo, tenho certeza. E fico aqui pensando quando de fato o Código de Defesa do Consumidor trará prejuízos e punições sensíveis pra esses gigantes autistas. Porque não é possível que cumprindo nossas obrigações contratuais, sejamos sempre destratados e desprezados e nada aconteça a esses caras.

E esse post vai pro ar às 2h01. Se der alguma merda, o UOL Host dança amanhã mesmo.

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Acho que o Kassab fez (mais) uma tremenda cagada assinando o contrato que traz a Indy a São Paulo. E antes de qualquer coisa, que fique claro que eu adoraria ver todo e qualquer evento de automobilismo de ponta desfilando pela minha cidade. Mas circuito de rua em São Paulo, ONDE?


Foto: http://autozine.com.br

E eu poderia tentar explicar todos os motivos dessa ser uma ideia absolutamente inviável. Mas o Flávio Gomes já fez isso, e muito bem. O Fábio Seixas também, em menos linhas e menos argumentos. Já o Téo José, de rabo preso com a Band e sendo obrigado a falar bem, escreveu uma das maiores presepadas do seu já fraco blog. Quanto à Globo, certamente não abrirá a boca, ao menos enquanto não tiver um Bueno pilotando um dos cockpits estadunidenses.

Não é boa intenção, muito menos tentativa de trazer grana ao Estado. É ano eleitoral começando, e todo mundo querendo aparecer. Mas dessa vez, eu acho que o Gilberto Piu-Piu deu uma tremenda bola fora. Já está se tornando rotina. Porque se o que fizerem aqui parecer com aquilo que fizeram em Salvador

…é pedir a Deus que nos ajude. Com um milagre, ou um segundo andar em cada rua.

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Daquilo que os livros de escola diziam, na época em que, dentre as aulas que eu tinha, uma era sobre Religião, falava-se muito do poder do clero junto ao trono, e da soberania de ambos perante o restante da sociedade. Dos inúmeros privilégios das duas classes, um era o acesso aos documentos escritos, à educação e compreensão daquilo que significavam os registros históricos. Entre eles, a(s) bíblia(s). Nascia aí a distinção entre os dominantes – aqueles que possuem o conhecimento e o acesso ao mesmo – e os dominados – todo o resto.

Vem daí minha ojeriza à Igreja enquanto instituição de fé, que a meu ver durante os séculos nada mais fez do que dizer: “Nós (insira aqui o nome da sua igreja) possuímos a palavra verdadeira”. Todas possuem, nada se prova, e nada se divulga. Porque os documentos clérigos são fechados ao conhecimento público. Toda descoberta, todo estudo, tudo é encoberto em prol de algum tipo de código que só quem está lá dentro conhece. E daí vêm todas as dúvidas sobre a veracidade de cada evangelho, uma vez que nunca ninguém consegue afirmar e comprovar uma verdade incontestável. A dúvida e a suposição semeam a ignorância, e com isso cada um que acredite na verdade que melhor lhe convier.

Reprimir o conhecimento causa descontentamento. Aguça a curiosidade. Exercita a capacidade de busca. E àqueles que se derem ao trabalho e perderem algumas horas, ou dias, ou meses, ou anos, ou mesmo a vida em busca da verdade que não é permitida, a recompensa, se muito valiosa de fato, chegará. Seja no acúmulo de novos conhecimentos adquiridos na pesquisa periférica, seja na insistência e aprofundamento de conhecimentos antes superficiais, seja no confronto com quem ou o quê impede um novo passo.

São exatamente essas buscas que causaram revoluções históricas. Confrontos militares, guerras santas, divergências políticas… a História da humanidade é pontuada justamente por esses avanços do ser humano enquanto pessoa pensante. Alguns enfrentaram de frente as armas, morreram e viraram exemplo para as futuras gerações não permitirem a mordaça novamente; outros preferiram se aprofundar na ciência e criar novas soluções, que não necessariamente batiam de frente com a repressão, mas desviavam dela e tornavam-se problemas muito maiores e mais difíceis de serem contidos pela vontade dos tais grupos dominantes; outros ainda expunham suas ideias mesmo contra a vontade dos censores, e por diversas vezes desapareciam do mapa em seguida.

Quatro parágrafos para tentar contextualizar que a revolução tecnológica aconteceu e acontece a cada minuto. Que cada vez mais torna-se praticamente impossível para esse ou aquele restringirem determinado indivíduo ou grupo da quantidade exorbitante de informação gerada a cada segundo, no mundo todo e fora dele também. Que com o tempo, o cavalo aprendeu a tirar o estribo, e ele só funciona para os muito acomodados, que não têm coragem de se afirmarem. E que desse mal – o conformismo, os que sofrem ficam pra trás, iludindo os tais “dominantes” com a ideia de que ainda existe um mundo onde o poder gerado pela censura possa lhe parecer a saída para a permanência no topo.

Aqueles que idolatram a censura e subestimam o poder de reação de quem possui mais de três neurônios em ação podem pagar muito caro, em muito pouco tempo. Portanto, não pensem que somos idiotas. Sabemos o poder de alcance que a comunicação possui hoje em dia, os meios de propagá-la e de que maneira isso causa impacto naquilo que lhes interessa. Redes sociais não são apenas um nome tupiniquim para “networking”: são os tanques de guerra mais poderosos já construídos pelo homem.

E fazem um PUTA estrago, se usados com inteligência. Aquela em que apostamos, e que vocês põem à prova. Não nos contentamos com as respostas de sempre. Saímos do feudo há tempos, e quando os argumentos usados não nos convencem, jogamos a merda no ventilador mesmo. Porque se as ações não se justificam, as consequências são sim as piores possíveis.

Uma ode à verdade e à justiça, e nenhum risco pela frente. Não é simples?

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Teoricamente nesse espaço estaria agora um texto falando sobre a Formula 1, que fiz de domingo pra segunda. Porém, 48 horas depois de todos os 435 textos publicados aqui terem misteriosamente desaparecido, creio que esse retorno mereça pelo menos uma explicação – sim, porque quando algo dá errado por essas bandas, eu costumo justificar os porquês.

Questão de respeito.

Ainda não tenho uma explicação técnica sobre o ocorrido. Fato é que a Locaweb (aquela do cloud computing) tirou esse blog das nuvens e o jogou nas trevas sem maiores justificativas. Alguém lá dentro deve ter chutado alguma tomada ou coisa do tipo, e instaurou-se uma C.O.* monstruosa, que me deixou às escuras por dois dias. Nesse meio-tempo, pouco me foi esclarecido. A Locaweb, assim como qualquer outra empresa líder de seu setor de atuação (Rede Globo, Itaú, Telefonica, Vivo e toda essa laia), coloca-se acima do bem e do mal quando o assunto é o bem-estar de seus clientes nos momentos de crise. Do pouco que me foi dito, constam as seguintes palavras:

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Vimos que o seu blog foi instalado manualmente por não constar em nosso instalador de aplicativos e verificamos que você utiliza apenas uma base de dados Mysql em seu plano. Dessa forma, podemos fazer a restauração desse banco de dados pois acreditamos que nele constam os arquivos do seu blog.

Para Hospedagem Profissional I, II, III, Premium ou antigos Semidedicados:
– O primeiro restore do mês é gratuito. Para qualquer solicitação extra de restore dentro do mesmo mês será cobrado o valor de R$ 150,00.

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Traduzindo: cagamos no seu material, mas você pedindo, nós limpamos. Reze para não cagarmos de novo durante o mês de novembro, ou a faxina vai custar uma pila. E esse tipo de informação pode ser protocolo padrão, política da empresa ou o caralho a quatro. E não adianta muito você ter 4 anos de atendimento impecável, e fazer um tarugo de merda desse tamanho depois. Eles foram sim capazes de me mandar do céu ao inferno sem maiores porquês. Portanto, amigo leitor, saiba que se em algum momento esses agora sete anos de textos saírem do ar, a culpa é sim da Locaweb.

É só um desabafo. Na próxima, é um processo.

* Abreviação de Cagada Operacional..

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Rede Globo dedicada desde o início da semana. Presidente por lá. Pelé falando merda. É, o Rio já está eleito (duvidam? Aguardem mais algumas horas…). Todo mundo falando que a Copa trará desenvolvimento pro país. E que os Jogos Olímpicos trarão o mesmo ao Rio de Janeiro. Polianas de plantão: em que mundo vocês vivem?

Um país que não oferece educação (de qualidade) nem saúde a seus habitantes não é capaz de evoluir com um evento pontual. Explicação óbvia, batida e rebatida essa: sem educação, não há cidadania. Um não-cidadão não é capaz ter opinião própria, e ser independete tanto em suas ações e escolhas quanto no cuidado com os seus e os mais próximos. Um povo que não é povo, e numa sociedade onde a coisa funciona no cada um por si, e que se foda quem está abaixo de mim não é capaz de evoluir com um sonho esportivo, muito menos baseado no tal “espírito olímpico”.

E nesse pensamento, temos dois líderes dos maiores eventos do país na próxima década: Ricardo Teixeira e Carlos Arthur Nuzman. Detalhes sobre a biografia de ambos não são necessários aos mais esclarecidos, e aos menos também. Enfim, falar de impunidade, favorecimento, enriquecimento ilícito e toda essa punheta é chover no molhado. Sabe tudo aquilo que a Globo não fala? Então.

Por isso que eu digo e repito: potência esportiva é o cacete. Paga-se quase cinco meses de imposto pra se fazer trabalho voluntário num evento desses? Botar exército na rua pra segurar traficante? Fazer acordo com bandido pra que não estoure uma bomba e queime nosso filme lá fora? Batemos joelho pra… Honduras. A molecada continua se prostituindo nas esquinas. A câmara permanece intacta. Ninguém (que de fato importe e tenha dinheiro) vai preso… e vocês querem Copa e Olimpíadas?

Repito: quer ser voluntário e honrar um país que investe no esporte? Vá trabalhar de graça então, mas na China, na Romênia, na Rússia ou em qualquer outra porra em que neguinho tenha meios para tal, e que isso seja de fato um agregador do sentimento de cidadania (e vale ressaltar aos preguiçosos intelectuais que citar “China” e “cidadania” na mesma frase é uma ferramenta barata de ironia). Qualquer coisa fora disso é fumaça.

Uma grande chance pra desenvolver Norte/Nordeste. Pra distribuir riquezas. Pra desenvolver a educação no país com investimentos a médio prazo. Pra despertar o nacionalismo. Mas não. Vamos fazer a Copa no eixo de sempre e a Olimpíada na Zona Sul do Rio – aquela mesmo da novela das oito.

A aposentadoria de Teixeira e Nuzman está garantida. E quanto ao desempenho olímpico… bem, vocês sabem o que a gente é capaz de fazer. E que bom saber que não sou só eu que penso assim.

O Fininho, o Juca, o Quartarollo engrossam a lista. O Galvão, certamente não.

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Tenho lido gente descendo a ripa em José Serra e Gilberto Kassab. Uma tonelada de embalinhos excomungando José Sarney. Um monte defendendo, outros atacando o presidente Lula. Enfim, o que não falta por aí é gente querendo bancar o engajamento político xiita de oportunidade, e arrepiar com aqueles que não têm a mesma mentalidade e opção política.

Vocês são todos uns idiotas.

A sucessão de cagadas políticas neste país é histórica. Não é este ou aquele nome que fazem diferença, mas sim o todo, que não presta. Substituam o nome desses que estão aí pelos concorrentes da época, e me digam: vocês acham MESMO que algo seria diferente? A incompetência é congênita, natural de quem está lá. Acho sim uma imbecilidade proibir os fretados, assim como é extremamente oportunista uma dezena de ações que tomam por aí às vésperas de ano eleitoral. Assim como acho cretino aquele túnel no meio da Faria Lima, que só piorou o impiorável. Os buracos da Erundina. A megalomania do Maluf. O ímpeto napoleônico do FHC, e por aí vai…

Então, quando chega uma lei anti-fumo da vida, eu sim comemoro horrores. Assim como comemoro o bilhete único, a cidade limpa, a nota fiscal paulista, uma inflação sob controle, o dinheiro que me vale alguma coisa de verdade, acho o bolsa família uma esmola, mas é um primeiro passo que terá que ser seguido por quem vier e enfim vão fazer alguma coisa pelo Nordeste desse país (e por isso mesmo eu aprovo), e coisas que pontualmente esse ou aquele nome fizeram de bom. E se esse bando tivesse de fato um interesse público de fato, o vencedor de cada pleito agregaria a seu plano de governo as melhorias propostas por cada um de seus adversários, e faria um trabalho real, engajado e comprometido de melhoria para a população – TODA a população. Mas é lógico que isso nunca vai acontecer. O que faz da política um circo, onde os palhaços são os que acham que aquilo é de fato algo sério.

Portanto, não me venham com bandeirinhas politizadas. Enquanto as opções forem nulas, respeitem a opinião alheia em vez de ficarem contando como seria se esse ou aquele tivesse ganho. E se estiverem de fato tão inconformados, candidatem-se na próxima eleição. Mas lembrem-se: se até a Soninha, que parecia ser a opção mais inteligente, nova e contestadora na última eleição municipal hoje faz parte da equipe política do Kassab, vocês acreditam MESMO que algo vá mudar lá dentro assim… naturalmente?

Democracia, crianças. Respeitem as opiniões alheias, porque tudo nessa vida é momento.