Arquivos da categoria "‘Casamento’"

Vai começar…

fev
2010
26

escrito por | em Casamento | 1 comentário

Amanhã.

Começa com o encontro com os muitos amigos. Muitos mesmo, tantos que pra fazer a lista demorou um tempão pra tentar não esquecer ninguém: gente que vem desde a infância, que acabou de chegar, amigos quase irmãos, amigos de fato irmãos, irmão e cunhada, ex-desafetos, gente sumida, gente sempre presente, gratas surpresas, valorosos penetras, oportunidades. Todos ao mesmo tempo, no mesmo lugar, no mesmo dia.

Nada de formalidades, muito menos falsos recates. Somos os da camiseta e calça jeans, sem maquiagem nem gel no cabelo (cabelo?). Tomamos cerveja, falamos besteira, rimos por nada, gostamos de abraçar. Falo pelos dois, no dobro do volume, mas a alegria é exatamente a mesma de chegarmos aqui. Queremos muita bagunça no sábado que está quase aí, e que em nada isso lembre aquela coisa de plástico que todo casamento acaba parecendo. Queremos bagunça.

Queremos brindes, todos os possíveis. Porque há muito o que se comemorar, em todos os sentidos. Da improbabilidade fez-se o que absolutamente ninguém apostaria, nem nós dois: deu certo. Muito certo. E se é pra começar, que seja com esse monte de testemunhas, pra ninguém mais duvidar. Sim, é possível, e será ducaralho.

Vai começar, e já estava mais do que na hora!

escrito por | em Casamento | 4 comentários

Para usar sem moderação, a partir de sábado.

escrito por | em Casamento | 1 comentário

Pegamos nossas alianças, que ficaram espetaculares. Conhecemos parentes. Visitamos amigos, nessa e em outra cidade. O noivo agora tem roupa, pois até sábado de manhã nem ideia ele tinha. A noiva já experimentou o tal vestido esboçado pelo noivo, mas feito de verdade por alguém do ramo. A primeira playlist – a do chá/beer bar – está fechada, com suas absurdas 484 músicas, pra embalar a tarde e a noite com a trilha sonora do cada vez mais casal. Já temos som, cheiro, gosto, e eles aos poucos começam a surgir.

Amanhã começa também a última das correrias dessa fase, dos nossos últimos dias de solteiro. Da Liberdade ao Butantã, o dinheiro do FGTS será enfim liberado e creditado na conta do Mauro, o ainda proprietário do nosso futuro quadrado. Começam a contar os 15 dias que nós demos como prazo para a liberação do apartamento. Na terça, pego no cartório do Taboão a autorização para que o casamento possa ser de fato efetuado. Na quarta, entrego o dito, e daí em diante, é esperar as devidas datas…

Meu estômago acabou de dizer alguma coisa: cinco dias pra festa. Doze pra mudar de estado civil. Feliz, ansioso, cansado, esbaforido, beirando ao esgotamento e potencializando energia. Sim, esse sou eu, quase um novo cara, mas a mesma porcaria de sempre.

Como é divertido isso tudo.

escrito por | em Casamento | 4 comentários

O Carnaval mais quente da História da humanidade (e não estamos falando de putaria, mas sim de temperatura ambiente) está chegando ao seu final. Eu, como sempre, não pulei – porque não gosto. Mas descansei um pouquinho. De tudo o que se diz respeito a casamento principalmente, pois tratamos pouco do assunto nesses dias.

Mesmo assim, distribuímos uns poucos convites, visitamos uns poucos amigos e nos demos o devido sossego – aquele que não temos mais desde quando começamos esse processo, pois mesmo pequeno, nosso casamento tem sido bastante trabalhoso. Então, reencontramos a cervejinha no almoço, a tarde de preguiça, joguinhos de final de noite, um quebra-cabeça gigante (que só a cabeçuda da Debs seria capaz de montar sorrindo, mas eu entrei na dança e até que gostei enquanto aguentei).

Nesse meio tempo, também começamos a colocar em prática uma coisinha que vocês só saberão o que é quando as festividades começarem. E numa dessas noites, a pilantra da minha futura esposa resolveu agitar a bagunça aqui em casa. Bagunça necessária, pra arrumar a minha bagunça. Só que ao invés das coisas se ajeitarem no armário, elas estão em sua moradia temporária – aquela que simbolicamente traz a imagem perfeita de “porra, agora vai”:

E a ficha vai caindo. E as pernas, tremendo. Daqui a 11 dias, as festas começam.

escrito por | em Casamento | 1 comentário

Dia 4 já se foi, há dois dias.

E nesse meio tempo, marcamos enfim a data do nosso casamento: 6 de março de 2010. Nossa segunda festa, com família e alguns poucos e velhos amigos (que também podemos chamar de família). Teremos uma pequena recepção, um bispo que nos abençoará – sim, porque fé nunca é demais, e boas energias idem – e um lindo papel onde assinaremos nossos nomes e selaremos aquele famoso compromisso.

Foram dias de cartório, de taxas, de testemunhas. Dias de encontrarmos enfim a melhor combinação entre custos e benefícios para recepcionar quem fará parte desse dia. Nosso dinheiro já virou passado. Pai e mães estão nos salvando, nessas que são as últimas grandes pendências que temos nesse momento. Virão outras, mas esperamos nos recuperar em breve (com muito trabalho, já que nenhum dos dois vem de berço de ouro).

Então ficamos assim quanto a datas:

27 de fevereiro: chá/beer bar com os amigotudo.
6 de março: brunch de casamento com famílias.

Eu adoro fechamentos.

escrito por | em Casamento | 2 comentários

Temos uma data. A primeira.

Pra começar com tudo, de verdade. O tal chá bar, chá de cozinha… aquela coisa enfim. Nós não gostamos de chá. Não tanto assim pra ele dar nome à nossa primeira festa como família. Não chamaríamos tanta gente pra tomar um chá. Optamos pela boa, velha e consagrada combinação de cerveja+carne, com as devidas variações. Achamos um lugar bacana, onde cabe todo mundo. Dá pra conversar, dar risada, fazer graça, enfim, celebrar.

Marcamos a data. A primeira, um pouco antes do casamento pra valer. Porque não vamos fechar igreja, nem fazer dia de noiva. Estaremos em etapas, perto de todos. Os de longa data, os de sangue, os de mesa, os da vida. O primeiro capítulo dessa novela curta mas bem gostosa que é nosso casamento já tem cara, e é essa:

E esses três parágrafos são apenas um registro, pra um dia, quando forem novamente lidos, nos lembrar de que tudo isso valeu a pena e que realizar um sonho desse tamanho é a coisa mais gostosa que existe. Começou, e agora é pra valer.

escrito por | em Casamento | Nenhum comentário

Depois de um final de semana extremamente corrido, cá estamos. E pra não passar por mentiroso, vamos detalhar nossa lista de coisas. Por exemplo, nosso sábado consistia em:

– lavar meu carro (fail);
– passar a limpo e ao vivo a lista de casamento;
– almoçar em algum lugar bacana;
– pesquisar lojas de colchão próximas de casa;
– ir ao chá bar do Clodolove (adorei o apelido).

Tarefas aparentemente simples. O carro não foi lavado novamente, uma vez que a higienização do menino (que era de fato o mais importante) foi orçada em 150 mangos, e levaria o dia inteiro. Comprei um kit limpeza no Carrefour e meti a mão na massa. O banco até que ficou mais limpinho, mas merece uma segunda mão. Enfim, muito dinheiro que eu não tenho força a gente a fazer coisas no braço mesmo.

Braço que parece ser desnecessário quando podemos fazer as coisas de casa, via internet. E a facilidade de montar nossas duas listas de casamento (na Americanas e na Preçolândia, pra quem já quiser nos dar uma força) nos poupou de gastar sola de sapato, até o momento em que a Anninha e o Kadu nos disseram que “é melhor conferir as coisas ao vivo… essa história de só ver pelo micro às vezes pode ser uma baita furada”. Nos programamos para estar logo cedo na Preçolância, e assim o fizemos.

Nada como ouvir a voz da experiência. Além de notarmos que faltavam trocentas coisas às quais nem havíamos nos atentado, os copos que pedimos eram dignos de doses de licor, de tão pequenos. Mudamos várias coisas, riscamos outras, confirmamos a maioria e adicionamos o necessário. Já podemos divulgar…

…pois também resolvemos fechar o lugar da festa pros amigos. E assim que o e-mail do tal lugar chegar por aqui eu, divulgo o convite com datas e pormenores, tudo bonitinho.

Depois de passar duas horas analisando gôndolas de cima a baixo, fomos almoçar na maravilhosa Prato Cheio, lá na Regis Bittencourt. Churrascarias de estrada ou são um lixo ou são espetaculares, e esse é o caso da dita. Nada como um pedaço de cupim e um queijinho pra renovar as energias. Com o bucho cheio, seguimos…

…em busca de nossa cama. Resolvemos conferir qual era a do Shopping dos Colchões, na Raposo Tavares (com um nome desses, eu esperava um hangar lotado de colchões pra começo de conversa). Chegamos ao tal “shopping”, dentro do Extra, e qual não foi nossa surpresa ao sacar que aquele quartinho não era hangar nenhum. Viagem perdida, resolvemos meter as caras no Raposo Shopping, já que estávamos por ali mesmo.

Mais um erro. Um buraco, quase nenhuma loja, estacionamento improvisado e bagunçado, manobristas kamikazes, enfim… um chiqueiro. Resolvemos parar com essa história de arranjar sarna pra nos coçar, e decidimos partir para o último compromisso do dia, que era a festa do Clodô. Em Artur Alvim.

Ah, a Zona Leste… sempre tão distante. Mas fomos bem, sequer nos perdemos e chegamos na Cohab pra curtir nossa galera após uns 40 minutos. Um calor pra cada um, e dando uma força pra Lika e pro Marinho, revimos os amigos (Silvinha e Igão também apareceram por lá), comemos besteira, demos risada e saímos na chuva pra voltar pra nossa terra. Um sábado resumido em vários parágrafos. E no domingo, o que faltava tinha que sair. E saiu. Mas isso eu conto depois…

20 minutos

jan
2010
12

escrito por | em Casamento, Vidinha | Nenhum comentário

Os dias têm sido muito curtos, mesmo. É fato. Por exemplo, eu aqui nesse momento escrevendo esse texto, às 1h36. Cama por fazer, aproveitando as horas que seguiram após a energia elétrica voltar (Deus queira que na minha nova casa a energia caia em menor frequência, porque aqui no Taboão é ventar pra apagar tudo). Tenho um projeto conversado, apalavrado e encaminhado após uma conversa com a Vanessa no final do ano passado, mas que ainda encontra-se enclausurado num enorme saco plástico, entre tintas e pincéis. Tudo isso por causa das tais prioridades, que uma hora na vida a gente tem que levar a sério. E a minha vocês já estão carecas de saber qual é nesse momento.

Por isso mesmo que até o assunto torna-se escasso. Tudo é correria, seja pra arredondar lista de casamento, pra reservar boteco, pra pesquisar salão de festas, pra pagar contas, pra pagar mais contas, pra reservar dinheiro pra pagar outras contas, pra incomodar gerente de banco que não libera financiamento, pra pesquisar preço de cerveja, pra montar convite, pra fazer planilha…

…ufa!

Pois é mais ou menos isso. E aí, quando pinta meia horinha “livre” (normalmente madrugadas adentro), a gente lembra que tem blog pra escrever, portifólio pra atualizar, e-mails pra ler e responder, e tentar conciliar tudo isso sem perder muito as rédeas das situações (porque são várias). Tenho notado que ando pra lá de impaciente com qualquer coisa que pareça sair do controle ou que não esteja como deveria (se é que isso existe). Beirar esses limites é chato demais, causa um desconforto daqueles e um desgaste desnecessário, mas que nesse momento me parece inevitável, visto que a gente de fato é passível de erros e deslizes, ainda mais sob uma pressão como essa que não é pequena, e que quando terminar dará início a uma nova e gigante fase nova na minha (e na nossa) vida. Ser por si é mais simples do que ser pelos outros, e daqui em diante eu sou a gente, assim como a Debs é também, e uma mudança dessas é pro resto da vida. A cabeça vira sim, e é tanto o que se repensa e se analisa que sai fumaça sim. Às vezes o trilho não segura, e a coisa desanda. Mas segue, e isso é o mais importante.

Nem pra contar novidades, muito menos bancar o engraçadinho. Escrever hoje é quase uma necessidade. Um momento pra dedicar uns 20 minutos pra parar um pouco, e trazer com calma as coisas da cabeça pra fora, e registrar aqui pra vida. Porque mesmo correndo tanto, o mais gostoso de toda viagem não é seu fim, mas o caminho que se segue, e aquilo que surge na janela.

Passa rápido. Faltam horas. Mas certamente isso tudo deixará saudades.

escrito por | em Casamento | Nenhum comentário

Porque agora temos um par de alianças muito do legal (e que será pago em uma dezena de suaves prestações mensais), um par de padrinhos espetaculares que esperamos nós, sejam habitués de nosso espaço como somos do deles (e que não façam loucuras com a gente nesse casamento, porque o que falta ali é juízo), amigas que nos proporcionam tardes deliciosas de sábado, e alguns prováveis lugares bem legais pras duas festas externas: a dos amigos e a da família. Além da companhia sempre de todos, que é indispensável.

Mesmo com carro desbalanceado. Mesmo com problemas que surgem sem pedir licença. Mesmo com dinheiro justo pra pular amarelinha (mas amarelinha azul, não vermelha). Mesmo com demora pra descobrir as músicas velhas mas tão boas sempre. Porque a vida não dá pausa pra você poder encarar com a dedicação que gostaria essa correria toda.

Faltam as datas. E quando elas saírem, a coisa vai tomar forma rapidinho. Porque a gente vai dar um pique nessa joça digno de Usain Bolt. E a gente que pensava que seria simples e não daria trabalho… hmmm, sei.

Tudo dando certo. Já estava mais do que na hora…

escrito por | em Casamento | 1 comentário

Pra você, que brindou o ano novo na beira do cais, e me fez rir por horas antes de começarmos dois mil e nove. E ali dividiu comigo a esperança de um momento novo, inesperado, diferente, e realizou aquelas promessas e sonhos que sempre temos nessa época do ano, e que sem vontade se perdem no tempo.

Que não teve medo de ousar começar de novo, esquecendo dinheiro, tempo perdido, problemas pequenos, e me chamou pra perto, para que partíssemos juntos, do zero. Que se apequenou pra poder crescer, e depois de um café encontrou comigo um chamado de sorte, pra um recomeço um pouco mais simples, mais rápido, mais seguro. Seguiu em frente, e aprendeu mais. Me contou seu novo dia-a-dia, e ouviu sem reclamar minhas novas histórias, os vários novos nomes, menos horas por dia, pra que pudéssemos guardar aquilo que é nosso, e nos planejar dali em diante.

Dividiu a felicidade da sua casa comigo, para que eu pudesse me apoiar enquanto vivia o período mais difícil da minha vida, que viria em seguida, e lá estava você, pra me segurar, levar no colo, subir e descer a mais alta das ladeiras sem me deixar cair. Esteve ao meu lado, suportou meus pesadelos, minhas fichas caindo, me acalmou pra que pudéssemos sonhar de novo. E sonhamos, e corremos atrás.

Você me ajudou mais uma vez, fez vermelho virar azul, impulso virar disciplina, e sonho, realidade. Assinamos nossos nomes no mesmo papel, encontramos nosso canto, lembramos que tínhamos mais a fazer, e hoje estamos aqui, planejando a celebração da nossa vida, que já virou uma, mas que ainda precisa de umas graças pra gente poder lembrar disso tudo com a mesma alegria com que hoje, eu te escrevo essa carta aberta.

Porque num cartão de Natal, num dia do ano, num pedacinho de papel não caberia o tamanho da minha felicidade por ter você ao meu lado. Muito menos os detalhes dessa história bonita que você faz questão de escrever comigo: eu, pro mundo, e você, pra mim. Então toma, porque hoje eu escrevo só pra você.

Obrigado por ser o meu melhor presente. Eu te amo muito, mesmo. E a gente vai casar daqui a pouquinho. Ah, e se eu nunca te fiz um pedido oficial (porque a gente não é muito mesmo de ensaiar essas coisas nem tomar o caminho mais comum pra tudo), eu faço agora:

– Casa comigo, amorzinho?

Um beijo pra você (e vê se dessa vez comenta aqui, pra ninguém ficar me perguntando o que raio você respondeu…), e eu tenho certeza de que por essa, você não esperava.

:)