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Pra você, que brindou o ano novo na beira do cais, e me fez rir por horas antes de começarmos dois mil e nove. E ali dividiu comigo a esperança de um momento novo, inesperado, diferente, e realizou aquelas promessas e sonhos que sempre temos nessa época do ano, e que sem vontade se perdem no tempo.

Que não teve medo de ousar começar de novo, esquecendo dinheiro, tempo perdido, problemas pequenos, e me chamou pra perto, para que partíssemos juntos, do zero. Que se apequenou pra poder crescer, e depois de um café encontrou comigo um chamado de sorte, pra um recomeço um pouco mais simples, mais rápido, mais seguro. Seguiu em frente, e aprendeu mais. Me contou seu novo dia-a-dia, e ouviu sem reclamar minhas novas histórias, os vários novos nomes, menos horas por dia, pra que pudéssemos guardar aquilo que é nosso, e nos planejar dali em diante.

Dividiu a felicidade da sua casa comigo, para que eu pudesse me apoiar enquanto vivia o período mais difícil da minha vida, que viria em seguida, e lá estava você, pra me segurar, levar no colo, subir e descer a mais alta das ladeiras sem me deixar cair. Esteve ao meu lado, suportou meus pesadelos, minhas fichas caindo, me acalmou pra que pudéssemos sonhar de novo. E sonhamos, e corremos atrás.

Você me ajudou mais uma vez, fez vermelho virar azul, impulso virar disciplina, e sonho, realidade. Assinamos nossos nomes no mesmo papel, encontramos nosso canto, lembramos que tínhamos mais a fazer, e hoje estamos aqui, planejando a celebração da nossa vida, que já virou uma, mas que ainda precisa de umas graças pra gente poder lembrar disso tudo com a mesma alegria com que hoje, eu te escrevo essa carta aberta.

Porque num cartão de Natal, num dia do ano, num pedacinho de papel não caberia o tamanho da minha felicidade por ter você ao meu lado. Muito menos os detalhes dessa história bonita que você faz questão de escrever comigo: eu, pro mundo, e você, pra mim. Então toma, porque hoje eu escrevo só pra você.

Obrigado por ser o meu melhor presente. Eu te amo muito, mesmo. E a gente vai casar daqui a pouquinho. Ah, e se eu nunca te fiz um pedido oficial (porque a gente não é muito mesmo de ensaiar essas coisas nem tomar o caminho mais comum pra tudo), eu faço agora:

– Casa comigo, amorzinho?

Um beijo pra você (e vê se dessa vez comenta aqui, pra ninguém ficar me perguntando o que raio você respondeu…), e eu tenho certeza de que por essa, você não esperava.

:)

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