20 minutos

jan
2010
12

escrito por | em Casamento, Vidinha | Nenhum comentário

Os dias têm sido muito curtos, mesmo. É fato. Por exemplo, eu aqui nesse momento escrevendo esse texto, às 1h36. Cama por fazer, aproveitando as horas que seguiram após a energia elétrica voltar (Deus queira que na minha nova casa a energia caia em menor frequência, porque aqui no Taboão é ventar pra apagar tudo). Tenho um projeto conversado, apalavrado e encaminhado após uma conversa com a Vanessa no final do ano passado, mas que ainda encontra-se enclausurado num enorme saco plástico, entre tintas e pincéis. Tudo isso por causa das tais prioridades, que uma hora na vida a gente tem que levar a sério. E a minha vocês já estão carecas de saber qual é nesse momento.

Por isso mesmo que até o assunto torna-se escasso. Tudo é correria, seja pra arredondar lista de casamento, pra reservar boteco, pra pesquisar salão de festas, pra pagar contas, pra pagar mais contas, pra reservar dinheiro pra pagar outras contas, pra incomodar gerente de banco que não libera financiamento, pra pesquisar preço de cerveja, pra montar convite, pra fazer planilha…

…ufa!

Pois é mais ou menos isso. E aí, quando pinta meia horinha “livre” (normalmente madrugadas adentro), a gente lembra que tem blog pra escrever, portifólio pra atualizar, e-mails pra ler e responder, e tentar conciliar tudo isso sem perder muito as rédeas das situações (porque são várias). Tenho notado que ando pra lá de impaciente com qualquer coisa que pareça sair do controle ou que não esteja como deveria (se é que isso existe). Beirar esses limites é chato demais, causa um desconforto daqueles e um desgaste desnecessário, mas que nesse momento me parece inevitável, visto que a gente de fato é passível de erros e deslizes, ainda mais sob uma pressão como essa que não é pequena, e que quando terminar dará início a uma nova e gigante fase nova na minha (e na nossa) vida. Ser por si é mais simples do que ser pelos outros, e daqui em diante eu sou a gente, assim como a Debs é também, e uma mudança dessas é pro resto da vida. A cabeça vira sim, e é tanto o que se repensa e se analisa que sai fumaça sim. Às vezes o trilho não segura, e a coisa desanda. Mas segue, e isso é o mais importante.

Nem pra contar novidades, muito menos bancar o engraçadinho. Escrever hoje é quase uma necessidade. Um momento pra dedicar uns 20 minutos pra parar um pouco, e trazer com calma as coisas da cabeça pra fora, e registrar aqui pra vida. Porque mesmo correndo tanto, o mais gostoso de toda viagem não é seu fim, mas o caminho que se segue, e aquilo que surge na janela.

Passa rápido. Faltam horas. Mas certamente isso tudo deixará saudades.

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