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– No dia em que seu chuveiro manda uma fagulha e uma baita fumaceira durante seu banho, é obrigação voltar mais cedo pra casa e arrumar a bagaça, antes que o seu tão sonhado apartamento vire um montinho de fuligem. Sim, é importante saber arrumar chuveiros. Você que ainda não casou ou não foi morar sozinho, trate de treinar em casa;

– A chave emperra e não sai mais do miolo de engate do carro. Conclusão: mecânica. E aí já arruma tudo – bomba de gasolina, dá uma olhada no banco e tudo mais, e gasta uma grana que não era programada exatamente pra isso. Duas zicas em dois dias. E vamoquevamo…

– …pois a parte boa dessa zica deve ser o contraponto natural à boa maré de trabalhos, na Sunset e fora dela. E como tempestades e bonanças ficam por aí se degladiando pra todo mundo, eu não serei o ranzinza a pagar pela minha parte. Que toda essa zica se encerre no aperto de cinto que esse mês trará. E que venham os dividendos. Sendo que para isso, algumas mudanças serão necessárias (e já começaram)…

– O portfolio saiu do ar há alguns minutos. Causa nobre, pois um redesign fez-se necessário. Trabalhos melhores, clientes maiores, maiores cuidados, mais detalhes, peças mais destacadas (e comentadas). Serão alguns dias de vazio lá no /works, mas o resultado certamente será bom. Aviso.

Por hora, é tudo.

Sábados e domingos

jul
2010
19

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Vai mexer com essas coisas de direção de arte, vai. E aí você começa a contar com sábados, domingos e madrugadas como horas úteis, uma vez que quem está nessa área sabe muito bem que ganhar pouco é o padrão de mercado, e assim sendo, nada mais inteligente que usar suas horas livres para completar a renda. Assim sendo, são esses dias que possibilitam que abracemos projetos paralelos: os já famosos freelas.

Eu já venho nessa pegada desde o casamento. Foi só a internet funcionar na nova casa que voltamos ao mercado. Nada de muito diferente daquilo que eu venho fazendo nos últimos 13 anos, com uma exceção: ao invés de abrir mão do convívio dos meus pais, agora é o tempo da minha pequena o sacrificado. Mais ainda: o agravante está no fato daquele pouquíssimo (e semanal) tempo com a antiga família vai pro espaço, visto que para desfrutá-lo no final de semana é necessária preparação, deslocamento para ida e volta, e obviamente, a pequena estadia. E como sabemos que sábados e domingos costumam acabar mais rápido do que os outros cinco dias…

Solucionamos um dos problemas durante a semana, com uma caixa empoeirada que havia sido do meu pai, mas que por falta de espaço físico na antiga casa não rendeu naquilo a que se destina: um quebra-cabeças de três mil peças – o mesmo responsável pelos primeiros momentos “à vontade” da pequena lá no apartamento do Taboão. Herança natural, estava lá na bagunça da nossa casa, foi resgatado e desbravado no meio do chão gelado da sala. Hábito que eu nunca compartilhei com meu pai por mais de 15 minutos, e que a Debs possui enraizado no seu lazy way of life. E pra quem pensa que ela tenha ficado chateada pela minha ausência, eu deixo a imagem abaixo resgatada domingo à noite, enquanto eu terminava uma estapa do freela da vez…

“Pode trabalhar sossegado, amor. Eu fico aqui na sala…”

Uma coisa bacana que acontece nesse tipo de situação e que tem gosto de coisa nova é saudade da sua família. Minha mãe apareceu em casa sábado e passou o dia com a gente – e foi uma delícia, com direito a churrascaria e filminho à tarde (sim, porque descansar um pouco também é preciso). Domingão foi a vez da Dé ir almoçar na casa da sogrona, enquanto eu ralava em casa. Voltou no fim da tarde, com uma cumbuquinha de gnocchi que separaram pra mim, do almoço na casa dos Bassi. Um mimo daqueles de bom. E à noite a saudade que tivemos um do outro virou carinho, e curtimos um pouco mais essa vida de casado – e soubemos que é possível sim sentir saudade daquela pessoa que todo dia acorda ao seu lado.

Enquanto isso, entre Sunset e na Masili Ltda. (não é jeito de falar não, é empresa mesmo), muita coisa legal vem acontecendo. Coisas que eu nem sempre posso contar aqui, e nem sempre mostrar também. Mas um detalhezinho ou outro dá pra deixar escapar. O próximo projeto pro tempo livre (e são tantos os projetos, o que muda mesmo é a ordem de prioridade, já que temos cortinas pra pendurar, cantinhos pra arrumar, escritório pra arrumar, parede pra pintar, etc.) é justamente organizar, remontar e reinaugurar o portifólio.

Job MUITO legal pra um cliente meio óbvio

…e eu conto que prédio é esse daqui a umas duas semanas.

Porque 2010 tem sido um ano muito legal, de muitas novidades e de uma evolução gigante: profissional, pessoal e dessa vida a dois que a gente só acerta quando descobre certos detalhes… como ocupar sua esposa com um dos passatempos favoritos dela enquanto você complementa essa tal de “renda familiar”.

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Acordar às 3h da manhã

Chegar em casa e não ter mais a comidinha da mamãe. Por sinal, nada fica pronto se você não preparar (ou comprar). Refeições funcionam em modo e horários diferentes. Hábitos alimentares são mudados, e seu organismo se adapta como pode. O meu, toda à noite, exige um xixizinho básico no meio da madrugada. coisa que nunca havia feito. Babaca.

Quinta-feira: noite da pizza

Pra facilitar a vida, e evitar uma noite de panela suja e louça acumulada. Além de podermos semanalmente nos deleitar com o prato mais gostoso dessa cidade (uma obrigação de quem vive em São Paulo). Mas a real é que as quantidades de comida (feita e armazenada) variam muito quando você sai de uma casa com 4 ou 5 pessoas e vai morar com sua esposa: feijão estraga; arroz estraga; verdura estraga; carne estraga. E talvez você não soubesse disso porque na sua antiga casa tudo ia embora rapidinho – afinal seu único trabalho era comer.

Dobrar roupas

Não adianta lavar duas máquinas lotadas e jogar a roupa em cima do sofá (ainda mais quando não se tem sofá). E aí, quando for procurar aquela camiseta que é ideal pro dia frio, descobrir que ela estava sutilmente alojada no cú do burro. te perguntarem se o ônibus estava cheio pelo estado da sua roupa não é coisa agradável, ainda mais quando você tem um carro.

Lista de compras na porta da geladeira

Ninguém é obrigado a saber quando seu desodorante acaba. Muito menos que o açúcar está no fim. Ainda não temos meio ano, e muito menos uma “compra padrão”. Melhor mesmo é dividir as necessidades com um pedaço de papel, uma caneta Bic e um ímã divertido. E se você esquecer de comprar o potinho de Nutella, ponha a culpa na desmemória alheia.

Wireless, Warner e TeleCine

A Rede Globo dá lugar à TV a cabo. Nada de novelas, Fantástico, Faustão… agora você é o dono do controle remoto, e ninguém vai reclamar se você adentra à madrugada assistindo Friends ou Cold Case. Fora que entrar num acordo a dois é muito mais fácil do que quando a discussão é com 4 ou 5 pessoas. E isso quando a TV é de fato algo a ser dividido, porque se não estiver interessante aos dois, enquanto um assiste, o outro (ou melhor, a outra) saca o notebook e fica fazendo quebra-cabeça na internet. Simples…

Mudança de rotação

A vida muda. O ritmo muda, porque seu convívio muda, e equilibrar gênios talvez seja o mais difícil e desafiador trabalho nessa nova fase. Os horários de funcionamento não são os mesmos. Muito menos o humor das manhãs, a disposição diária e as crises nervosas. Não é natural ouvir psy-trance domingo de manhã, assim como imagino que não seja fácil pra ela ter que conviver vez ou outra (muitas vezes) com meu corinthianismo aflorado. Enfim, não são apenas as escovas de dente que se unem. Convivem debaixo do mesmo teto os vícios, manias, bons e maus momentos de ambos. E se ninguém morrer (de desgosto ou de cansaço) ao final desse processo, tudo indica que o futuro será bastante interessante – mas principalmente, que haverá um futuro.

*Adoro piadas implícitas.

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Ontem fez um ano que meu pai saiu de casa pela última vez, naquilo que seria mais uma internação para exames de rotina e uns ajustezinhos aqui e ali. Porém, a gente não sabe prever quando algo novo vai surgir, e muito menos as consequências disso. Desse dia em diante foram praticamente três semanas, sendo duas de coma e desesperança, até o dia 2 de agosto, quando as forças do velhão se esgotaram e ele resolveu descansar.

É uma época bem difícil pra mim, que pela primeira vez vivo essa saudade. E que tentei durante alguns meses evitar qualquer lembrança daqueles dias. Julho de 2009 é um mês extremamente longo na minha memória, de muito sofrimento e de uma completa revolta quanto às escolhas que meu pai fez pra própria vida. Um momento em que se contesta qualquer credo em prol de uma solução médica que reverta aquilo que já sabemos ser irreversível, e que nos dias de desesperança naturalmente nossa ciência dá espaço à fé, qualquer que seja ela. Que pedimos que haja um conforto pra alma, e que os caminhos trilhados, certos ou errados, dêem num lugar de paz e descanso.

Momento em que somos egoístas na dor da perda. Em que buscamos no próximo apoio pra poder suportar um peso do mundo que não sabíamos existir. Um de nossos dois heróis nos deixa à mercê da própria sorte, e crescemos e envelhecemos em horas. Decidimos muita coisa, nos tornamos senhores da nossa própria vida, e tentamos cuidar com carinho de cada memória, cada coisa boa e cada lição aprendida. Eu levei muito dele comigo, e hoje ele está aqui, certamente muito orgulhoso de tudo o que aconteceu nesse último ano. Porque a gente chora a perda, mas oferece cada pulso de gratidão a quem nos deu a chance de dividir nossa vida com alguém tão iluminado, feliz e filho da puta (no sentido mais cômico da expressão). Inevitavelmente julho lembra você, mas eu faço questão que essas lembranças sejam das suas piadas e daquela risada rasgada de gostosa.

Poucos pais seriam como você foi. Um beijo, velhão.

3 anos

jul
2010
02

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Não lembro do que fiz na manhã de 2 de julho de 2007. Nem de grandes planos naquele dia, mas o fato é que me lembro bem da noite, em que pela primeira vez a gente se encontrou, e aquele abraço de sempre evoluiu a algo inesperado. Um primeiro beijo que nçao tinha pretensões de ser sucedido por um segundo. Era segunda, a única lógica par de um momento que mal sabíamos, seria determinante nas nossas vidas. Pois dali em diante vieram o questionamento – de como aquela amizade que nem tão grande assim era podia ter um resultado tão reconfortante, aconchegante e gostoso – e uma batalha ferrenha em fazer aquilo dar certo, na cabeça e no coração dos dois traumatizados e descrentes na felicidade de um amor dividido.

A história, dali em diante, todos conhecem. Quem discorda e gostaria de saber mais, envio nosso endereço e convido a uma noite de pizza e cerveja, na casa da agora familia que resultou daquele beijo.

São 3 anos de namoro. Parabéns, pequenininha, e obrigado por me aturar e acreditar que daquele momento pudesse surgir uma vida. Ou duas. E lá pra frente, mais alguma ou algumas.

Eu te amo muito.

Calico Skies

jun
2010
24

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A tática de se afastar dos problemas e azedumes alheios tem dado resultado: já se vão dois dias da mais completa paz, e um terceiro começa bastante promissor. Nem preciso dizer o quanto isso reflete no bem-estar e numa sensível melhoria da qualidade de vida: as pessoas te sentem mais leve, tornam-se mais leves também, enfim… a vida melhora bastante.

E magicamente surge o tempo – útil. Pra cuidar da nossa própria vida. Ontem por exemplo, o papo com a Debs sobre como algumas mudanças de atitude no trabalho (como aquela que eu tive que fazer por aqui, e que está bem explicadinha no texto anterior) são capazes de mudar sua imagem e todo um contexto foi bem boa. Assim como foi a aula de Yoga que a pequena se meteu a fazer, e que a deixou mais dolorida do que jogo de Copa na primeira fase.

Enfim, alguns minutos para contemplar as culturas inúteis. As coisas da gente. Comprar um pijama e meias de dedinhos. Um DVD novo de um filme velho. Dividir uma música. Acordar gargalhando. E no final, ver que isso tudo é muito mais importante do que qualquer outra coisa.

Encontramos um novo jeito de viver. E viver melhor.

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Três meses depois e com a vida relativamente encaminhada após a mudança que o casamento traz – pra rotina, pra personalidade, enfim… pra tudo – é hora de dar mais alguns passos. Passos novos, de quem nota que alguma coisa de fato mudou, e outras que a princípio não faziam tanta diferença. Pois agora fazem, e devem acompanhar essa nova realidade.

Realidade, por sinal, é algo com que se tem um contato ainda maior após a divisão de teto. Contas pra pagar e supermercado deixam de ser bichos de sete cabeças, e incorporam-se à rotina. O que de fato se modifica é o conceito de responsabilidade, e o fato de saber que qualquer atitude que se tome dali em diante fará diferença não somente na sua vida, mas na vida de outra pessoa também.

As vitórias são maiores, e as derrotas idem.

Portanto, joga-se somente com o que vale de fato a pena. Não há mais espaço para poesia vazia, ou indagações sobre o rumo da humanidade. Nao se pode deixar de sonhar (pois isso seria pragmatismo demais, e ninguém merece viver uma vida tão amarga), mas quem toma o rumo de aceitar ao próximo com suas qualidade e seus defeitos, sabe também que vivemos sim num mundo imperfeito, de regras tortas e onde nem sempre aquilo que funciona vai de acordo com nossas convicções. Fazemos o que podemos, e nem sempre podemos tanto. Por isso mesmo, nos esforçamos pra mudar sim o nosso microcosmo, e fazer com que aquele mundo de pais, irmãos e meia dúzia de amigos funcione da forma mais azeitada possível. É esse o nosso grau de alcance, e é nele que nossa voz consegue ser ouvida. A propagação disso que se faça naturalmente, e que seja interessante a quem quiser se aproximar. E antes que chamem isso de comodismo, eu respondo: nossos braços infelizmente não são capazes de abraçar o mundo.

Deixamos de ser crianças, e de acreditar no Coelhinho da Páscoa, no Papai Noel, no mundo perfeito, no mágico e sua cartola e na paz mundial.

E pode parecer triste desromantizar as coisas, mas é um passo. Ainda mais quando a parte ruim da rotina exige consultas médicas, visitas hospitalares e essas coisas chatas que fazem parte da vida e acabam mudando nosso conceito sobre o tamanho e a importância de determinadas coisas. Olhamos com mais cuidado, analisamos mais a fundo e nos damos mais alguns segundos antes de responder determinadas provocações. Por sinal, de tanto não pensar e bater no peito afirmando que ser explosivo era sinônimo de personalidade, que dia desses fui perguntado se queria de fato continuar empregado. E aí você lembra que não é só você, e que tem alguém ali do lado que também precisa de você e da sua renda, que não é só sua, mas de vocês. Tudo muda, e a personalidade dá lugar à capacidade de engolir sapos com mais frequência (e com refluxos menos intensos). Pisa-se no freio, e a responsabilidade grita ao seu ouvido coisas como “e aí amigo… vai estragar tudo agora?”

Por isso mesmo, resolvi colecionar diariamente somente os problemas que de fato importam. Vou continuar me preocupando em cuidar (e quando der, mudar) do tal microcosmo de dez pessoas, escovar meus dentes, não queimar o arroz e temperar direito o feijão, colocar minha menina pra dormir e garantir a ela e a mim um dia seguinte melhor do que o que passou. Além disso, encontrar alegria nas 8 ou 9 horas remuneradas diariamente. De resto, é tudo menos importante. Ficar por aí batendo boca ou comprando briga com os rumos da humanidade, tentando idealizar a realidade pública, política e social… bem, eu prefiro deixar essa tarefa pra quem tem saúde e tempo pra gastar com isso. E eu imagino que de fato alguém tenha que fazê-lo, mas a partir desse momento me incluam fora dessa. Tenho mais força pra agir em outras coisas nesse momento, e nos próximos.

Já descobri o mundo que de fato me importa. Respeitoso, inteligente, tranquilo, aberto e interessante. E esse mesmo mundo, com poucos e ativos habitantes, sabe cada vez mais disso. Pouco me pede explicações, pois sabe exatamente o que importa daqui pra frente. Com as prioridades em seus devidos lugares, cada vez mais. Porque sonhar é bom. A realidade, nem sempre é como queremos. E conciliar ambos talvez seja sim o grande desafio do ser humano. Poesia é coisa bonita, às vezes até necessária, mas não paga as contas; rotina é parca, e precisa de um pouco de ludicidade todos os dias; e o mundo, admitam, é sim imperfeito. Como todos nós.

Cuidemos, então, do que nos consta.

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Depois do calote sofrido no sábado (e da vitória sofrida da minha Argentina), fomos contemplados com um domingo de paz: uma geral no apartamento, com direito a paninho e aspirador em tudo (agradecendo mais uma vez à genialidade do inventor de Veja – se existe um produto de limpeza que funciona, é esse – o outro é o Vanish); acertos culinários (porque se domingo é dia de macarrão, o franguinho no alho e azeite ficou bom pra burro); um crédito de confiança ao Lost em seus nove primeiros episódios da sexta temporada, e isso somente porque ficamos esperando Bibi e Dani com o tão aguardado álbum de fotos do casamento…

…que chegou. Às 21h30, mas chegou. E ficou lindo, emocionante mesmo.

E foi isso que fez tudo valer a pena. Fotos, recados, videozinhos, a caixa gigante, ficou tudo MUITO FODA. Com a nossa cara, e com a cara de quem a gente gosta. Não sabíamos o que esperar, e se esperássemos não teria sido tão bom. Antes de dormir visitamos o álbum mais uma vez, e ele se fez presente a noite toda no sonho que, pra variar, não lembro mais o que tinha.

Em paralelo, estou remodelando o portifa. Por isso mesmo, não estranhem o branco predominante no layout atual. Primeiro a gente limpa tudo, depois remodela e republica. Porque depois de tanta coisa ruim acontecendo, está na hora de uma mudança de ares. Talvez recomeçando pelas imagens daquilo que, até agora, foi o momento mais bonito e gostoso das nossas vidas.

Esse azedume já deu o que tinha que dar né?

Respirando fundo

jun
2010
10

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O dia de ontem serviu para pisar no freio.

Já vinha de duas semanas sem descanso. Trabalho de sábado e domingo (pra um cliente e pra própria agência), e um novo hábito recém-descoberto: chegar cedo na Sunset não é difícil pra quem mora na Vila Sônia, se o horário de saída de casa não passar das 8h.

Segunda-feria foi trabalhada por 19 horas seguidas. Ainda assim, acordar cedo não foi grande problema. Ficar longe da internet e da vontade de trabalhar pra si num raro dia de folga é que são elas… e de certa forma, minha paz vinha se estabelecendo bem, com direito a cochilo no meio da tarde e o escambau. Tudo muito bom, até receber o telefonema do tal cliente (aquele do trabalho de duas semanas atrás).

E aí, aquela broxada.

Sim, porque quando eu fecho meus freelas, costumo passar um cronograma, com datas e previsões mastigadinhas, justificando os preços e dando à agência envolvida argumentos pra fechar a proposta com o cliente. Refações, ajustes, está tudo lá, contemplado com a experiênca de quem já bateu muito a cabeça fazendo esse tipo de coisa em troca de um troco extra que ajude a pagar as contas (que depois do casamento, exigiram esse fôlego que o salário atual não contempla). E como a necessidade de grana às vezes é maior que a prudência, corremos certos riscos.

Nesse caso, um combinado por telefone. Que cagada, Marcelo.

Porque o trabalho duraria 15 dias. Porque o material seria entregue à agência dia 2. E dentro desses dias, foi exatamente isso o que fiz. Contemplei o material que me foi passado, e entreguei aquilo que pediram. Teoricamente o pagamento sairia em seguida, mas o que veio no dia 3 foi mais um telefonema, pedindo mais trabalho, uma vez que “o cliente atrasou”.

Ninguém fala em adicional. Fala sim em mais trabalho.

Mas meu compromisso com a Sunset (que paga minhas contas todo mês) vem antes, e eu não posso contemplar as solicitações do cliente. Minha parte cumprida, passem os ajustes para outra pessoa. Nada de pagamento. E agora os caras ligam (e que mania essa de telefone – documentação pelo jeito não é importante pra algumas pessoas) contestando se devem me pagar o valor integral combinado.

Porque mais fácil do que olhar o próprio umbigo é rebater a merda.

E assim, sobrou pra mim. Que ainda aguardo o tal pagamento (sim, a confabulação sobre “quanto vale o show” já dura 8 dias além do combinado), e fecho uma porta. Me valeu um estresse razoável num dia que era pra ser de folga e recuperação. E nessas horas eu me pergunto se o que faço de fato e esse meu jeito metódico ainda serão capazes de me garantir alguma qualidade de vida dia desses. Afinal, quando você se pergunta se organização é mesmo necessária, é porque alguma coisa de fato deu muito errado.

No meu caso, ceder à zona alheia. E enquanto o pagamento não sai (seja qual e de quanto for), o negócio é seguir em frente. De preferência, sem errar de novo e sem se deixar contagiar pelo lucro fácil. Porque depois de uma noite bem dormida (e de consciência tranquila), e conversando sobre uma situação dessas com os amigos, vejo que meu caminho está bem certo sim – apesar de por vezes, deficitário.

Porque dinheiro a gente sempre arranja. E nem sempre algumas coisas valem tanto assim.

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…o moleque de um ano e oito meses a menos, que vivia saindo ao seu lado nas fotos de infância com aquele cabelo tigelinha e janelinha na boca, que você vivia dando peteleco (e que depois de grande nunca mais se meteu a besta, pois ele ficou maior que você), e cuja melhor história foi a de quando nossos pais nos perguntaram:

– Celo, você quer ter uma irmãzinha?
– Quero sim.
– E você Mau, quer ter uma irmãzinha?
– Não, eu quero ter um caminhão.

…dia desses pede pra mãe de ambos dizer que você vai ser titio.

(Em dose dupla – diga-se de passagem, uma vez que o Denis, irmão da Debs, também está grávido há 6 meses… ou seja, dá-lhe festinha de criança a partir do ano que vem…)