Sábados e domingos

jul
2010
19

escrito por | em Vidinha | 1 comentário

Vai mexer com essas coisas de direção de arte, vai. E aí você começa a contar com sábados, domingos e madrugadas como horas úteis, uma vez que quem está nessa área sabe muito bem que ganhar pouco é o padrão de mercado, e assim sendo, nada mais inteligente que usar suas horas livres para completar a renda. Assim sendo, são esses dias que possibilitam que abracemos projetos paralelos: os já famosos freelas.

Eu já venho nessa pegada desde o casamento. Foi só a internet funcionar na nova casa que voltamos ao mercado. Nada de muito diferente daquilo que eu venho fazendo nos últimos 13 anos, com uma exceção: ao invés de abrir mão do convívio dos meus pais, agora é o tempo da minha pequena o sacrificado. Mais ainda: o agravante está no fato daquele pouquíssimo (e semanal) tempo com a antiga família vai pro espaço, visto que para desfrutá-lo no final de semana é necessária preparação, deslocamento para ida e volta, e obviamente, a pequena estadia. E como sabemos que sábados e domingos costumam acabar mais rápido do que os outros cinco dias…

Solucionamos um dos problemas durante a semana, com uma caixa empoeirada que havia sido do meu pai, mas que por falta de espaço físico na antiga casa não rendeu naquilo a que se destina: um quebra-cabeças de três mil peças – o mesmo responsável pelos primeiros momentos “à vontade” da pequena lá no apartamento do Taboão. Herança natural, estava lá na bagunça da nossa casa, foi resgatado e desbravado no meio do chão gelado da sala. Hábito que eu nunca compartilhei com meu pai por mais de 15 minutos, e que a Debs possui enraizado no seu lazy way of life. E pra quem pensa que ela tenha ficado chateada pela minha ausência, eu deixo a imagem abaixo resgatada domingo à noite, enquanto eu terminava uma estapa do freela da vez…

“Pode trabalhar sossegado, amor. Eu fico aqui na sala…”

Uma coisa bacana que acontece nesse tipo de situação e que tem gosto de coisa nova é saudade da sua família. Minha mãe apareceu em casa sábado e passou o dia com a gente – e foi uma delícia, com direito a churrascaria e filminho à tarde (sim, porque descansar um pouco também é preciso). Domingão foi a vez da Dé ir almoçar na casa da sogrona, enquanto eu ralava em casa. Voltou no fim da tarde, com uma cumbuquinha de gnocchi que separaram pra mim, do almoço na casa dos Bassi. Um mimo daqueles de bom. E à noite a saudade que tivemos um do outro virou carinho, e curtimos um pouco mais essa vida de casado – e soubemos que é possível sim sentir saudade daquela pessoa que todo dia acorda ao seu lado.

Enquanto isso, entre Sunset e na Masili Ltda. (não é jeito de falar não, é empresa mesmo), muita coisa legal vem acontecendo. Coisas que eu nem sempre posso contar aqui, e nem sempre mostrar também. Mas um detalhezinho ou outro dá pra deixar escapar. O próximo projeto pro tempo livre (e são tantos os projetos, o que muda mesmo é a ordem de prioridade, já que temos cortinas pra pendurar, cantinhos pra arrumar, escritório pra arrumar, parede pra pintar, etc.) é justamente organizar, remontar e reinaugurar o portifólio.

Job MUITO legal pra um cliente meio óbvio

…e eu conto que prédio é esse daqui a umas duas semanas.

Porque 2010 tem sido um ano muito legal, de muitas novidades e de uma evolução gigante: profissional, pessoal e dessa vida a dois que a gente só acerta quando descobre certos detalhes… como ocupar sua esposa com um dos passatempos favoritos dela enquanto você complementa essa tal de “renda familiar”.

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