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Hoje

maio
2009
03

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Hoje é dia de ser campeão, invicto. E deixar claro que aquele que mais emociona, não importando a divisão, o campeonato, o elenco, o uniforme, os ídolos, está de volta ao lugar que lhe é de direito. E que fenomenal é a paixão que nos move ao rumo de cada partida, e que o título é somente uma consequência de tudo aquilo que somos.

Porque o Corinthians é coisa que não se explica, e quem seria eu de tentar fazê-lo?

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Porque só quem é Fiel entende que o Paulistão acabou ontem.

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Palmeirenses, santistas, e nós, corinthianos, demonstramos um estranho e natural consenso assim que os semifinalistas do Paulistão 2009 foram definidos: não suportamos mais a pedância do time do Morumbi – aquele cuja torcida só chega nas semifinais e que desmerece os “adversários locais e nacionais” em prol da Libertadores, mas que nela apanha justamente dos times daqui. Há duas semanas, é notória a vontade de todos nós, adversários, de vermos o rival (a.k.a. inimigo) chorando antes das finais, pois ninguém – ABSOLUTAMENTE NINGUÉM suporta mais a postura ridícula da torcidinha da moda, que ao invés de admitir as derrotas, costuma jogar a culpa em fatores externos, mesmo quando eles não existem.

Pois bem. Coube a nós, alvinegros do Parque São Jorge, a tarefa de colocar o freguês de volta a seu lugar de origem. Com 4×1 em jogos somados, ficou claro que quando foi necessária a camisa, aquela que é vestida orgulhosamente todos os dias, incluindo primeira e segunda divisões, predominou sobre a roupinha da moda – aquela que só acompanha a torcida que não acompanha o time, mas que abre excessões em fases boas, ou na Libertadores.

Um conselho aos colegas do Morumbi: se a desculpa dessa vez for “o que vale mesmo é a Libertadores“, ou “a gente não liga para o Paulista“, filiem-se à Conmebol, ou à Concacaf. Lá pelo menos, vocês não são obrigados a enfrentar o Internacional, o Fluminense, ou mesmo o Corinthians – esses times de menor expressão e cujo caráter é meramente local, certo?

Até o Brasileirão, freguesas.

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Chupa, bicharada. Nesta semana a matemática é nossa.

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Pra quem já fez milagre uma vez (vide Japéia/2002), não custa nada tentar de novo, muito menos acreditar que vontade o pançudinho aí tem. E num time onde Ronaldo é nome de ídolo há tempos, quem sabe não seja a hora de gritar de novo esse nome?

Bem-vindo, Fenômeno…!

Em tempo: a euforia tricolor durou exatas 24 horas. Enquanto eles brincam de números, a gente continua mandando bala na emoção de verdade do futebol, que é a torcida. Tudo de volta ao normal…

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Hoje o Corinthians foi campeão brasileiro da segunda divisão. Confesso: não assisti ao jogo, e as únicas cenas que eu de fato vi foram as da comemoração do título. E pelo que vi, apesar da evidente – e merecidíssima – alegria, a festa de fato aconteceu no jogo contra o Ceará.

E creio que assim como eu, todo o restante da torcida enxergou a coisa da mesma forma. Nossa alegria está em recuperar aquilo que nós mesmos perdemos: a competência de disputar de igual para igual com equipes da mesma grandeza, e no alto nível que se espera do time mais popular do país (desculpe Flamengo, mas é verdade – TORCIDA é a nossa). E ver o Timão levando a sério a competição mostra que adversário fácil é você quem faz. Nós fizemos, e essa segundona foi uma baba. E quando aconteceu o acesso, foi bom deixá-la um pouco de lado, pois o título em si seria apenas a coroação de um trabalho bem feito, mas funcionaria muito mais como uma formalidade do que necessariamente com a devida glória que acompanha as conquistas.

Fizemos a nossa parte. E a torcida acredita que a mudança de divisão serviu pra trazer de volta a raça, mas principalmente a vergonha na cara de que pra vestir o manto o cara tem que merecer estar ali. Fechamos 2008 com uma evolução evidente, desde a quinta posição no paulistão (no início dos trabalhos, ainda recuperando a coragem e com o elenco quase que totalmente renovado), com o vice na Copa do Brasil (graças à arbitragem coronelista e à nossa amaciada, que serviu de lição pro Brasileirinho) e com o grand finale de hoje.

Divirtam-se nas férias, porque ano que vem voltaremos com tudo. Se Deus, São Jorge e a Fiel quiserem. Até 2009, eternamente, com o campeão dos campeões.

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Ele precisava de vergonha na cara. De onze Carlitos, correndo e se jogando e não cansando e não desistindo nunca. De uma limpada na casa, nos caras de terno. De um chacoalhão no Departamento de Marketing. De mais súditos, pois Ele cresce nas dificuldades, e se multiplica entre os mais pobres e mais apaixonados por essa coisa chamada futebol. Ele precisava de mais gritos, de mais raça, de um retorno – às origens, àquilo que de fato ele sabe fazer, que é emocionar e fazer qualquer coração ir ao limite e testar sua resistência.

Ele, meu amigo, é O CORINTHIANS.

Que foi pra onde merecia, se organizou e entendeu que essa camisa só veste quem merece. E voltou, sem virada de mesa (porque nós somos paulistas, não somos cariocas), atropelando a tudo e a todos em todo canto do Brasil. Demos show, fizemos festa. E voltamos, porque aqui é sim o nosso lugar.

Obrigado Felipe, Alessandro, Chicão, William, André Santos, Elias, Cristian, Douglas, Morais, Dentinho, Herrera e Mano. Vasco, a vaga já está aberta. A série A volta a ser a elite do futebol em 2009.

É O TIME DO POVO. É O CORINGÃO.

Na boa…

out
2008
16

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…e editando o texto, pra algo com mais qualidade:

Eu lembro da seleção de 90. Que não treinava, que tinha jogadores talentosos, e que tinha aquele poço de inutilidade e imbecilidade chamado Sebastião Lazaroni no comando. Aos que não viveram essa época, vale dizer apenas que a base de 94 veio dessa seleção, com alterações sim, mas com um cara chamado Parreira treinando a amarela. Retranqueiro? Burocrático? Campeão Mundial. Sim, com uma enorme ajuda do Romário, mas foi ele que tirou nossos 24 (ui!) anos de fila. E que me venham falar o que for: Telê comandou 1982, e não chegamos lá. Vale a estrela, e o Parreira tem.

Agora, temos Dunga. Que assim como Sebastião, nunca ganhou nada de importante (Copa América NÃO é a Eurocopa Americana – é torneio de par ou ímpar entre Brasil e Argentina). Dunga não convoca seleção: anuncia o que mais lhe convém no mercado de clubes. Afonso, Thiago segunda divisão Silva, , Ronaldinho sem clube, todos foram negociados depois das convocações oportunistas. Os que foram por pouco ou não cumpriram a meta que eles, internamente, acertam entre si, continuam convocados. Jô, Elano e Robinho certamente estarão na seleção até sairem do Manchester City. Enquanto isso, um dos poucos que se safou do vexame olímpico – o excelente bambi Hernanes – permanece no time cor-de-rosa, e já que não foi pra Europa, também não volta pra seleção. Quando estiver lá fora, certamente o papo muda.

Acabou a paixão. Acabou a tensão das convocações da amarelinha. Acabou o futebol espetáculo (que a seleção do Felipão dava SIM, assim como a do Parreira, que mesmo burocrática tinha uma dupla de ataque infernal e sempre inspirada, e um banco de reservas pra lá de competente). Até o Galvão bueno desistiu – preferiu a Formula 1, que obviamente é mais emocionante e mais honesta do que essa Eliminatória. Esse amontoado de milionários vagabundos que hoje formam a seleção brasileira é hoje vitrine de avaliação pro mercado europeu, e dane-se o espetáculo. Dane-se o público que paga cento e cinquenta contos pra assistir a um empate horroroso com uma Colômbia que, pra “nossa” sorte, não tem mais Higuita, Rincón, o craque Valderrama e Faustino Asprilla. Nem raiva esse time dá mais, porque cada vez mais a gente pouco se importa com essa cambada. Eu torço contra mesmo, queria que não vingasse a classificação pra Copa, mas com esse grupo de times vagabundos e sucateados que o continente comporta, é praticamente impossível não estarmos na Copa daqui a dois anos. E reencontrarmos a França. Ou a Guatemala. Ou Honduras. E rodarmos.

Se o Kaká jogasse em campo metade do que ele joga no comercial do Gatorade, eu estaria feliz.

E enquanto isso, mandam o Luis Roberto pra narrar aquele que vem sendo um alento aos fãs do que é de fato futebol: o Mundial de Futsal da FIFA, que tem o Neto/Pelé das quadras fazendo miséria, decidindo jogo e humilhando adversários. O Falcão é tudo o que esperamos da seleção dos estádios. E se ela fizesse 5% do que ele faz já seríamos muito gratos. Mas a CBF é coisa tão contaminada, tão obscura e tão mercenária que esses talentos óbvios, como Kaká, Robinho Mascarado, Ronaldinho, Diego e mais uma cacetada de gente por aí, vai por água abaixo enquanto for capitaneada pelo Sebastião Júnior, e pelo eterno Ricardo – o Nuzman do futebol. Que ninguém contesta, ninguém afasta, e que só vai embora quando afundar de vez a barca, ou não conseguir mais gastar tanto dinheiro.

Com o Dualib foi assim, e olha onde fomos parar. Ainda há tempo.

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Aproveitando o excelente gancho do Bucha pra comemorar sim os 98 anos de história do Todo Poderoso do Parque São Jorge. Mais importante do que relembrar a História daquele que é o time de um povo, vale sim comemorar o ano de progresso digno e muito mais profissional do que nós, corinthianos, vínhamos vivendo desde a queda da Dinastia Matheus e a ascenção da Dinastia Dualib.

Remontamos completamente o time, disputamos com dignidade o Paulistão, surpreendemos ao chegar à final da Copa do Brasil e estamos rumando a passos largos de volta à elite do futebol nacional – sem virada de mesa, sem sacrificar técnicos ou jogadores (com exceção do perdigão, que é ruim de doer), e estranhamente sem o já tradicional sofrimento ao qual somos habituados desde o nascimento.

Portanto, o corinthiano tem sim muito o que comemorar este ano. E parabéns Timão, da torcida que não cala. E hoje, só por hoje, não vamos provocar os rivais: nem os meninos, nem as meninas.

E segue minha lista corinthianíssima publicada nos comentários do Morfina, sobre o resumo total dessa nossa religião:

Os mais corinthianos:
– Ronaldo, WM, Chicão, Betão e Vladimir. Rincón, Ezequiel, Marcelinho e Neto. Carlitos e Tupã. Dinei no banco.

Os menos:
– Fábio Costa, Vítor, Antonio Carlos, Gralak, Gustavo Nery; Moacir, Mascherano, Ricardinho, Edmundo (recuado); Paulo Nunes e Müller (lista do Bucha, endossada). E o técnico é o Leão.

Os melhores:
– Ronaldo, André Santos (lateral direito bom é um conceito que não existe), Gamarra, Marcelo (disputando vaga com Fábio Luciano, já que o Gamarra jogava de zageuiro, e dane-se se era de central ou quarto homem), Kléber. Rincón, Vampeta, Marcelinho e Neto. Carlitos e Edilson.

Os piores:
– Ricardo Pinto, Paulo Roberto, Betão (disputando posição com Marinho), Embu (disputando posição com César) e Gustavo Nery (disputando posição com Branco). Wendel, Perdigão, ROSINEI e Paulo Almeida. Marcus Alemão (disputando posição com Mirandinha) e Alcindo (disputando posição com minha avó).

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Hoje de manhã, estava eu aqui no meu home-office enquanto Elia Júnior (sim, aquele lá dos tempos que eu era criança) dizia que nesta Olimpíada o Brasil vem tendo um desempenho fantástico. Obviamente mudei de canal.

E agora, que o Riquelme acabou de fazer o terceiro gol e o nosso técnico anão colocou o Jô (beijo do Gordo pra vocês!) como última opção para que nos salvemos de (mais) um vexame – o mesmo Jô que saiu como refugo do Timão para ser craque (sic) na Rússia (sic de novo), eu reforço tudo aquilo que eu já disse por aqui, e para os que eu convivo ou convivi…

Trememos como sempre. Não nos impusemos quando fomos sacaneados. Apelamos. Ficamos buscando culpados com camisas alheias, quando na verdade os incompetentes somos nós. Não temos educação, e sem educação somos sim esse povinho que não consegue ler sequer um dos sempre dois lados da moeda. Nos empolgamos com o oba-oba da mídia, da imprensa ufanista, dos Galvões Buenos e Lucianos do Valle da vida, nas estatísticas direcionadas do sempre inclusivo Mauro Naves, e confiamos nas seleções do sr. Ricardo Teixeira, do sr. Gerasime Bozikis (essa que sequer pra Olimpíada foi, porque os brasileiros da NBA sabiam da barca furada em que estariam se metendo, assim como Kaká, Robinho e cia.) e de toda essa cambada que rege alguma coisa nesse país.

Chega a ser irônico levarmos um sabugo dos hermanos justamente no dia em que começa a campanha eleitoral na TV e no rádio. Coisas que são sim intimamente ligadas, e que deveriam ser um pouco mais pensadas antes de as levarmos goela abaixo. Mas isso não vai acontecer. E daqui a quatro anos, estaremos novamente com esse mesmo discursinho ridículo de “só falta essa medalha” (se o torneio de futebol de fato existir até lá), “Vai Cielo!” (porque agora o Thiago Pereira não é ninguém, e ai do Cesão se não trouxer uma medalha), força pro Judô, pra Vela (e que o Robert Scheidt não se aposente, pelo amor de Deus), pro Atletismo e pra Ginástica (e todos continuarão sem nenhum apoio da mídia durante todo esse tempo, ao contrário do futebol), e… bem, ganhamos um ouro e cinco bronzes!

É pra cair na real, e sacar que estamos lá abaixo da Etiópia, da Geórgia, da Bielo-Rússia, do Cazaquistão, do Azerbaijão, e da fantástica Mongólia. Qualquer coisa que seja dita contra esses fatos é mentirosa, e nenhum mérito existe num país com dimensões continentais, que esbanja natureza e que com um pouco de vergonha na cara e muita educação, seria sim um país que brigaria com potências semelhantes. Talvez sejamos semelhantes a algo que não queremos de forma alguma aceitar.

Bem-feito, galera. Vão brigar com a Bélgica. E cuidado pra não perder esse bronze também.

P.S.1 – E vamos parar com esse história de vovó Olga e de Dona Miguelina, pelo amor de Deus. O Galvão deve ter alguma coisa na cueca com as mamães e vovós olímpicas…

P.S.2 – Levamos dois cartões vermelhos e distribuímos botinada antes do jogo acabar. E depois neguinho vem dizer que argentino que é marrento. Quando um ganha, o outro perde, ou será que esses broncos não sabem disso?

P.S.3 – Não adianta o Dunga sair, se o Ricardo Teixeira ficar. Coisa óbvia, e que é bom que seja dita antes da gente pegar a França na próxima Copa (isso, é claro, se a gente se classificar pra mesma…)