Arquivos da categoria "‘Música’"

Quatro

nov
2010
17

escrito por | em Música | Nenhum comentário

Cinco

nov
2010
16

escrito por | em Música | Nenhum comentário

escrito por | em Música | 1 comentário

Quando hoje, pouco depois das 10h, meu envelopinho vermelho do Gmail ficou azul e acusou uma nova mensagem, corri pra minha mailbox – à qual tanto maltratei ontem após a até então reserva do voucher que dá direito aos ingressos para o show do Paul McCartney ficar somente na reserva, sem confirmação de coisa nenhuma. Ao abrir a tela, lá estava ele: o tal do voucher.

A paranoia da noite anterior justificou-se no nó na garganta ao ler ali no mesmo lugar o meu nome e o do baixista dos Beatles. Já passei dor de cabeça demais com aquela palhaçada que foi o show do U2 alguns anos atrás, e parece que dessa vez alguma conspiração divina me premiou pelo esforço daquela vez. Eu sou correntista Bradesco. Não tinha cartão de crédito, mas podia liberar o dito no meu cartão de débito, e pra isso serviu meu feriado não emendado. Minha esposa botou meu nome na praça de novo, tirou do Serasa pra onde nunca mais pretendo voltar. Os clientes estão pagando. Minha internet não caiu. Meu wireless não falhou. O site continuava no ar durante a madrugada. Estava escrito.

Aí a gente gagueja mesmo. Pensa em quanto quis fazer parte disso, quanto sonhou e desacreditou graças à desordem que permeia esse país, e que inflaciona absurdamente qualquer oportunidade pontual de vez ou outra a gente assistir a um troço desses. Não leva a sério os boatos, mas lá dentro acredita que possa ser dessa vez. Destrói as unhas esperando datas, preços, pré-vendas, horários malucos. Reza pra que nada de errado aconteça no dia em que você esteja lá, lutando por tudo isso.

McCartney é coisa que eu não vou tentar explicar. Assim como é impossível explicar o que se passou nessa manhã quando o sonho virou realidade. Lembro de quando comprei o “1” dos Beatles, e fui mostrar o CD ao meu pai. Ele me perguntou o porquê de eu em tantos anos nunca ter comprado um cd dos Beatles. E eu respondi algo do tipo: “Quando vier o primeiro, virão todos os outros em seguida. É um caminho sem volta e eu ainda não sou responsável o suficiente pra isso”. Parecia exagero, e ainda parece pra quem não compartilha dessa doença transmitida pelos besouros. Quis o destino que, anos e anos depois, eu casasse tendo como tema “I Will“.

Eu estava certo. Ainda não era a hora. Agora, é.

escrito por | em Música | Nenhum comentário

A gente tinha um gravador em casa, daqueles que só quem é da época sabe como é. E pai que é pai dava fita virgem pra molecada se gravar, e involuntariamente, as crianças acabavam registrando alguns momentos da época. Eu lembro muito bem de, numa noite qualquer e sabe-se lá por quê, eu e meu irmão estarmos brincando com o gravador, e entre piadas e besteiras, eu (que só canto no banheiro ou fechado no meu carro) resolvi entoar “uma musiquinha”… e lá fui eu me arriscar num refrão tão fácil, mas tão fácil, que mesmo em inglês, foi registrado sem grandes problemas.

A música? Ah, você conhece. E muito bem.

Não houve banda mais tocada nas Jovem Pans e Transamericas da vida do que o Bon Jovi naqueles já longínquos anos 80. Não causava ojeriza familiar, mamãe achava o moço bonitinho e papai não achava barulhento o suficiente. O rock familiar. Coxinha. Farofa. E todo mundo cantarolava.

Passaram-se uns 25 anos, fácil. E hoje vamos, eu e esposa (ou seja, família) ver a quase masma banda – que mudou o baixista, e quis fazer um rockinho vez ou outra mais sério, mas não menos divertido. Ontem à noite aquelas músicas que fazem vergonha foram todas relembradas, e cantadas a plenos pulmões. Continuam divertidas, fáceis, grudentas. A obra do moço e sua banda é de fato consistente. Então, que seja feliz essa noite de muitos lalalalás e uouous, lá dentro da bambinera e na provável companhia do meu amigo mais farofa de todos os tempos, o Kadu. Bon Jovi é um barato.

escrito por | em Música | Nenhum comentário

O efeito Macca

set
2010
27

escrito por | em Música | 2 comentários

Ventila-se a algumas semanas que enfim aconteça um show do Paul McCartney no Brasil, mais especificamente lá do lado de casa. Hoje, a equipe proprietária do panetone anunciou que as datas (21 e 22 de novembro) estão reservadas pela equipe do rapaz para os tais shows, mas até agora nenhum anúncio oficial, nenhuma prova concreta, nada. Estou tenso.

Porque é um dos acontecimentos mais aguardados da minha vida. O show definitivo. O beatle preferido (ok, eu vario entre Paul e George, mas acho que o show do primeiro seria bem melhor, então a classificação cabe). E essa coisa de realizar sonhos é justamente o que faz a vida valer a pena. Esse show é sim um dos maiores e melhores desejos, coisa que me faz arrepiar de pensar, e querer escrever textos e textos sobre o assunto. Coisa meio que uma declaração de amor utópica, daquelas que a gente imagina fazer em momentos impossíveis, a pessoas tão especiais que sequer conseguimos concretizar. Momentos mitológicos.

Que invariavelmente me fazem lembrar de 1998 e 2001, quando nessa ordem pude assistir aos Stones e Eric Clapton. Época em que eu não tinha blog (nem sei se isso existia), e portanto, os únicos registros de ambos estão naquilo que lembro dos shows. Os Rolling Stones tiveram a companhia de Bob Dylan, na abertura e durante o show, o que fez daquela noite uma coisa surreal, absurda, que me fez acreditar na existência física de mitos – principalmente quando vi de perto as botas roxas de camurça do Keith Richards cruzando a ponte de “Bridges to Babylon” a poucos metros de onde eu estava. Da mesma forma, o show do Clapton em 2001 trouxe duas horas de deleite após longos meses de espera. Comprei meu ingresso mais caro até então poucos minutos após a abertura das bilheterias. Cento e oitenta dinheiros pela cadeira (sim, cadeira) A5 no gramado do Pacaembu. Época de aprofundamento musical, onde eu estudava com gosto a obra do rapaz nos meses seguintes até o dia do show. Fui sozinho, e sequer me importei em ir à pé da Funchal ao estádio, cantando alegremente as músicas que tocavam no meu discman. Chorei por duas horas, desacredtando mais uma vez na possibilidade de alguém daquela magnitude existir de fato, e estar logo ali.

Foram muitos e muitos shows, grandes ou nem tanto, festivais, gente de todos os lugares e de vários estilos. Assisti a muita gente, mas o sonho maior sempre foi presenciar um beatle. Ainda acho impossível, pois não aconteceu. Nada foi confirmado, e assim como aquelas promessas de fim de ano, continua parecendo discurso de vontade, sem fatos. E se de fato nada disso se concretizar, não acharei estranho, muito menos frustrante, pois existem coisas que a gente desacredita até acontecerem: a morte de alguém que se ama, casar, sair de casa, segurar um bebê no colo e notar que os papéis se inverteram. Mas esses rumores estão me deixando completamente fora de mim, e sei que, caso aconteça e se acontecer, e quando os ingressos mais caros dessa joça estiverem em minhas mãos, eu poderei dizer que um dos mais improváveis e desejados sonhos da minha vida está prestes a ser realizado.

Daí em diante, não esperem nada diferente de uma lavagem cerebral diária. Um assunto só até o dia do show, e a repercussão do mesmo por mais alguns vários dias. Um cara descontrolado, fanático na alma e doente de emoção por vivenciar as duas horas musicais mais felizes de sua vida. Não existe comparação ao Beatles. Nunca existirá. Nada é tão grandioso e revolucionário na história da humanidade, e por isso mesmo, ter a perfeita noção do que poderia ser viver Paul McCartney de perto é algo que muda meus conceitos, meu jeito de viver, minha noção de valores, e redefine causas e consequências.

Porque os Beatles podem ser mais populares que Jesus, sim. Mas eu nunca orei tanto pra que houvesse uma troca de gentilezas entre ambos como agora. Quem sabe eu não possa sonhar com um novo texto por aqui, inédito e ensandecido, narrando o início de um sonho vivo? Esperemos.

1h14

jul
2010
27

escrito por | em Música | Nenhum comentário

A pequena no terceiro sono, e o trabalho rolando solto noite adentro. A madrugada merece uma trilha dessas pra que a semana continue bem. E que venha a terça-feira…

All I Want Is You

jul
2010
16

escrito por | em Música | Nenhum comentário

Foi a música que me fez parar hoje. Vira e mexe pinta uma, e hoje a escolhida (ou que me escolheu) foi essa. Irretocável, maravilhosa… enfim. Pra dias nublados e gelados como hoje, e preferencialmente, a dois.

Top 10

jul
2010
13

escrito por | em Música | 2 comentários

Porque a vontade de fazer uma listinha de 10 recomendações no dia onde todo mundo fala a sua língua foi mais forte. e longe de serem as dez melhores – são só a garantia de uma hora de bons sons, pra ajudar a tematizar ainda mais esse dia. Enjoy it.

Elvis Presley
Burning love

Beatles
Let It be

Queen
Spread Your Wings

Rolling Stones
Tumbling Dice

Deep Purple
Anya

Jimi Hendrix
Fire

AC/DC
You Shook Me All Night Long

Ozzy Osbourne
Crazy Train

Morrissey
Irish Blood, English Heart

Guns N’ Roses
Paradise City

13 de julho

jul
2010
13

escrito por | em Música | 2 comentários

Esqueçam os rótulos, todos eles. E não me venham com cabelos compridos, tachinhas, maquiagens e jaquetas de couro (mesmo no sol). O de de hoje é simplesmente mais um, com a trilha sonora que todos os dias embala nossa vida. Dia do rock é hoje, e amanhã, e sempre.

Porque não é só a música. Encontram-se no rock aqueles que procuram a diversão, a companhia, e o consentimento a saírem da rotina. De poderem cantar qualquer besteira, se prenderem num refrão grudento, pularem como crianças, se apaixonarem novamente. Quem está no rock viaja no tempo. Admira a história. Idolatra gênios. Rockeiro não deixa morrer a memória, e adora discutir guitarristas, baixistas, bateristas e vocalistas. Alguns não suportam teclados, outros não vivem sem, mas todos convivem em harmonia. As rixas resumem-se às loucuras de fãs, e não à porrada de fato. Por sinal, porrada é sempre bem-vinda num riff poderoso ou numa virada de bateria.

Decoramos nomes de músicos. Formações clássicas. Imaginamos bandas ideais. Reuniões atemporais. Covers improváveis. Mais do que qualquer outra coisa, valorizamos talentos. Músicos de verdade, e não truques de estúdio, muito menos aquela repetição eletrônica sem fim. Não somos muito amigos de misturebas, mesmo sabendo que algumas fatalmente dão certo. Preferimos a cozinha básica, com um ou outro temperinho diferente de vez em quando. Os outros estilos se viram por aí. Duram certo tempo. Morrem, e com eles seus fãs. Nossa doutrina já vem de décadas, e quando mal-reinventada, ignoramos a tentativa e vivemos os velhos tempos.

Vira e mexe algum idiota tenta reinventar a roda. Ultimamente, os “novos modelos do rock” não têm sido nada confiáveis (e nem dignos, mas se fôssemos levar dignidade como comparativo, o glam provavelmente também seria elemento de dúvida). Rockeiro normalmente se dá por satisfeito com os velhos sons mesmo… com a levada manjada que vem desde o surgimento dos Beatles, ou mesmo com a sujeira do início dos Stones. Não importa a idade – mas sim a qualidade sonora. Puristas ou não, fato é que a gente não vive sem isso. E quem gosta uma vez, gosta pra sempre. Semelhanças com a sociedade ideal, religião comum e outras utopias não são à toa. Quem vive o rock normalmente é bem feliz mesmo.

E tem sim muito o que celebrar, sempre. De preferência, com o volume lá em cima. Então fica aqui a pequena homenagem ao Dia Mundial do Rock. Que pra mim, é um dos 365 dias do ano, com a mesma trilha sonora. E pra embalar, nada mais justo do que um clássico (com direito inclusive a violinos e metais).

Porque de clássico, a gente entende. E muito.