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A gente tinha um gravador em casa, daqueles que só quem é da época sabe como é. E pai que é pai dava fita virgem pra molecada se gravar, e involuntariamente, as crianças acabavam registrando alguns momentos da época. Eu lembro muito bem de, numa noite qualquer e sabe-se lá por quê, eu e meu irmão estarmos brincando com o gravador, e entre piadas e besteiras, eu (que só canto no banheiro ou fechado no meu carro) resolvi entoar “uma musiquinha”… e lá fui eu me arriscar num refrão tão fácil, mas tão fácil, que mesmo em inglês, foi registrado sem grandes problemas.

A música? Ah, você conhece. E muito bem.

Não houve banda mais tocada nas Jovem Pans e Transamericas da vida do que o Bon Jovi naqueles já longínquos anos 80. Não causava ojeriza familiar, mamãe achava o moço bonitinho e papai não achava barulhento o suficiente. O rock familiar. Coxinha. Farofa. E todo mundo cantarolava.

Passaram-se uns 25 anos, fácil. E hoje vamos, eu e esposa (ou seja, família) ver a quase masma banda – que mudou o baixista, e quis fazer um rockinho vez ou outra mais sério, mas não menos divertido. Ontem à noite aquelas músicas que fazem vergonha foram todas relembradas, e cantadas a plenos pulmões. Continuam divertidas, fáceis, grudentas. A obra do moço e sua banda é de fato consistente. Então, que seja feliz essa noite de muitos lalalalás e uouous, lá dentro da bambinera e na provável companhia do meu amigo mais farofa de todos os tempos, o Kadu. Bon Jovi é um barato.

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