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Show do Keane é exatamente o que aconteceu ontem: essencialmente uma galera muito educada (muito nerd de óculos, muita menina baixinha e com cara de fundão, uma meia dúzia de “não sei o que estou fazendo aqui”, e algumas várias famílias). Uma dezeninha de emos curtiu o show do Fresno quando lhes foi permitido. Por sinal, não vaiaram a banda – como eu disse, eram pessoas educadas. Porém, no que não se bate, se ri, e piadas não faltaram durante o show de abertura. De fato, é pra ser temida essa geração de mimimis.

E quando o Keane entrou no palco – dessa vez o volume estava ótimo, é importante que se diga – rolou uma histeria digna da consciência da galera. Creio que como eu, os outros 5,5 mil que estavam lá pensaram exatamente a mesma coisa: “Os dois shows meio vazios da outra vez tornaram-se um único show bem cheinho, e como pelo jeito só nós somos os fãs desses caras, vamos nos esgoelar pra que eles saibam disso”.

Nem foi preciso. O quarteto (sim, há um baixista, e também há sintetizadores, guitarra, violão e o que mais for necessário para poder tocar o “Perfect Symmetry” com todos os seus frufrus) sabia exatamente onde estava. Novamente, além dos trocentos hits derramados simpaticamente sobre os paulistas, não faltaram declarações de amor de Tom Chaplin ao país e à cidade. Li hoje que os outros integrantes da banda, perto dele, são meros coadjuvantes. Mentira. Tim Rice-Oxley e Richard Hughes dão seu show, com destaque pra Rice-Oxley, que parece possuído a cada música, espancando sem dó seu piano, teclado ou o que seja. Chris Martin sentiria muita inveja.

Mas o que vale em resumo: foi um showzásso, de novo. E hoje, na mesma ou em outra matéria, foi dito que a banda ainda luta para sair da segunda divisão das ótimas bandas inglesas, e que pontos pra isso não faltam. Pra mim, eles já cumprem tabela há tempos, e com ou sem mídia a favor (esse sim o grande divisor do que é ou não difundido), o Keane já tem torcida e grito de guerra por aqui.

P.S.: Elton John em janeiro, Keane (e Iron Maiden, que infelizmente não irei por falta de grana) em março, e provavelmente Oasis em maio. God Save The Queen, amen.

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