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Foi numa tarde lá por volta de 1994 ou 1995, mais ou menos. Eu realmente não me recordo desse tipo de lembrança com a precisão devida, dado que já se vão uns 15 anos. Mas isso não importa. Importa sim que eu estava de bobeira na casa do Marcel, pois o convite pra estrear aquele videogame esquisito e repleto de botões (e que anos mais tarde eu saberia que o tal PlayStation do cara tornaria-se o que é hoje) me pareceu bastante atrativo.

E nessa tarde de semana qualquer, antes de ligar o viodeogame (e eu estava sedento pra que o cara fizesse isso logo), ele veio me mostrar a aquisição: um cd duplo do AC/DC, edição limitada e importado. Artigo de luxo pra época, com notinha de dólar promocional com a cara feia do Angus estampada, e o escambau. Muito bacana mesmo. E eu, que já era iniciado no universo rockeiro na época, ainda não conhecia a banda.


A principal diferença nesses últimos 15 anos: o que eu não tinha, e o que eu tenho.

Na cara dura, pedi pro rapaz gravar aqueles cds em fita pra mim. Eu não lembro se foi ele ou não quem gravou, ou se fui eu mesmo que o fiz. Fato é que o meu cassete daquele CD ficou tão falhado que mal dava pra escutar, de tanto que rodou. Tempos depois, comprei o tal cd, simples mesmo, sem requintes nem nada, mas sabendo exatamente do que se tratava. Não fui ao primeiro show da banda aqui no Brasil – minha família estava passando por um perrengue financeiro seríssimo naquela época. A tour de Ballbreaker ficou marcada como lacuna na minha vida. Coisa que eu devia ter cumprido como obrigação, e não aconteceu (assim como os shows do Ramones, do Roger Waters ou qualquer outro que eu quisesse ir na época e não pude).

Hoje eu preencho essa lacuna. Com chuva, com os amigos, com meio-período de trabalho, com o que quer que seja. É simplesmente alegria, pois AC/DC é simples. É rock do início ao fim, sem firulas, brutal mesmo. E por isso é tão bom. Amanhã, afônico e feliz (porque essa combinação é inevitável), eu provavelmente conte como foi. Por ora, eu fico por aqui, escutando Let There Be Rock. Pra quem quiser entender o espírito, é só clicar em PLAY.

E sempre lembrando: valeu Marcel. Mais uma que te devo. E até a noite.

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  1. Delay

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