Arquivos da categoria "‘Umbigo’"

Cansaço

set
2003
19

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Tem hora que dá vontade de puxar uma ou outra pessoa pra dentro, fechar a porta e deixar o mundo se explodir lá fora. A facilidade que as pessoas têm de envenenar seu dia é assustadora. E dá no saco.

Abriram a jaula…

ago
2003
22

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Não é nenhuma tipo de conversão astral. O fato é que quando você está “feliz demais” – e será que existe excesso de felicidade? – parece que os olhos alheios e curiosos crescem em sua direção, e alguém mais fraquinho da cabeça faz questão de dar aquela alfinetada e tentar a qualquer custo chamar sua atenção (normalmente pessoas assim precisam buscar luz externa, pois não têm brilho próprio).

Alguns puxam o saco, contam vantagem atrás de vantagem, outros fazem de tudo pra tentar te agradar, e outros (ou outras) ainda berram baixaria no corredor da faculdade. Sempre covardes, nunca têm atitude suficiente pra olhar nos olhos para daí fazerem alguma coisa.

Pessoas assim são ruídos. Gente que não se espelha nos outros, mas tenta sim atrair para si o que há de bom na vida. A forma como isso é feito é que normalmente não é nada agradável, e acaba incomodando gente que se enxerga e tem autocrítica. Chamar a atenção fazendo barulho ou contando vantagem demonstra falta de personalidade – queima o filme, sendo bem claro.

Todo esse discurso só veio à tona porque ontem sofri dois ataques maciços desse tipo de gente. E sinceramente, é daquele tipo de coisa que não acaba, mas “entorta” teu dia e te deixa com N desaforos presos na garganta – uma tremenda vontade de mandar todos pra PQP… mas isso resultaria em me igualar a eles, o que SINCERAMENTE eu abomino.

Mas como hoje é um novo (e belo) dia, melhor renovar o assunto e o clima. Fica dado o toque – personalidade é o que faz de alguém respeitável ou não. Tudo é questão de saber olhar para o próprio umbigo (e deixar de reparar no dos outros) e tentar se enxergar de fora. Pode parecer difícil, mas experimente. E se você vir uma mala gigante e sem alça, por favor, tome uma atitude.

Enquanto não tomar, não encha o saco dos outros.

Íntimo e pessoal

ago
2003
05

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Aumentando um pouco mais um post recente da Van:

É complicado discutir sobre algo conceitual. O bom, o ruim, o gostoso, o desagradável, cada um tem para si aquilo que acha ser cada uma dessas coisas. Sentir medo de altura nem todos sentem. Alguns entram em pânico, enquanto outros querem ir ainda mais alto e se jogar num abismo. É assim mesmo: a vida, os caminhos e as regras de cada um são definidas por nós mesmos. Somos únicos e é exatamente isso que faz do ser humano algo tão interessante e difícil de se entender.

Não consigo generalizar atitudes ou conceitos. Não acho bonito discriminar minorias, ignorar miseráveis ou humilhar debilitados. Tem gente que acha, e de nada adiantaria tentar convencê-los de que “isso é errado”. Da mesma forma, nunca aceitei que questionassem minhas lágrimas. Tristeza, emoção, fragilidade são características do ser humano, e enquanto tem muito cara que não aceita chorar, eu não sou menos homem por demonstrar minhas emoções em momentos de fraqueza ou de infelicidade.

O rodeio todo foi para chegar em um ponto discutível, e um tabu para muita gente: o amor. O que é o amor? É alguma coisa tão forte e tão intensa que é praticamente impossível de ser alcançada? Ele existe? Para quantos? Você já amou? Se sim, como sabe? Sempre que você disse que amava, falou com o coração ou com a razão?

Amar para mim é algo bem mais genérico do que para a grande maioria das pessoas. Durante muito tempo, enxerguei o amor como algo tão sublime e mágico que era praticamente inatingível… Hoje eu não sei bem definir o que é “amar” para mim, e querem saber? Eu acho que isso é muito bom, pois nunca consegui definir emoções como se fossem regras. Dizer que amar leva tempo é algo bastante sensato – mas o que é “tempo”? Algumas pessoas passam a vida inteira e o que vivem não vale dois minutos de uma loucura de amor. Paixão é um estopim sim, queima e desemboca no amor quando não apagam o fogo, e quando esse amor explode existem N caminhos que os estilhaços podem tomar.

Amar nem sempre significa a servidão que alguns imaginam. O único caminho a ser seguido, um único horizonte. Estar amando engloba atitude, criatividade, cumplicidade, entrega, entendimento, e mais um zilhão de coisas que cada um de nós define. Se todos amassem da mesma forma, teríamos somente um tipo de cantada, o que cá entre nós seria um saco!

Cada um encara seus sentimentos de uma forma. Eu adoro demonstrar o que sinto, se estou feliz principalmente… não me importo em me esforçar ao máximo para retribuir aquilo que me agrada, que me incentiva a viver intensamente minha vida. Alegria em estar vivo – isso talvez seja amor. E se for, com certeza é o que estou sentindo.

Não quero ditar regras, ou discutir com quem encara o maior e mais lindo dos sentimentos de outras formas. E acredito que cada um de nós deva ir atrás daquilo que acredita. Não importa o nome, mas sim viver intensamente e se entregar à felicidade que, para cada um de nós, é única e totalmente nossa.

Sejam felizes, amem muito e nunca desistam de acreditar que as coisas podem ser cada vez melhores, mesmo estando ótimas. Não é um segredo, mas sim uma ótima maneira de se encarar a vida…

Posso ser sincero?

jul
2003
11

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Comecei a escrever um texto condizente com o tempo lá fora: frio, cinza, úmido e gelado. Sim existem “textos úmidos!” Mas não resisti e voltei àquilo que realmente gosto de fazer – rir de mim mesmo e achar o mundo engraçado e deliciosamente inexplorado. Conclusão? Ansiedade. Afinal, hoje é meu último dia de trampo pré-férias (e dessa vez, quando voltar espero que meu emprego continue de pé, ao contrário da última vez em que tirei férias e aconteceu uma guerra civil entre os sócios, o que acarretou a minha mais-ou-menos inesperada demissão), e tem muita coisa pronta pra acontecer nesses próximos 20 dias…

Então é isso. Minha cabeça tá a milhão, querendo que as próximas horas passem bem rápido para que eu possa cair de cabeça nesses dias tão imprevisíveis… mais do que nunca, dono do meu nariz. Entre loucuras e desejos, fico com os dois, e arrisco dizer que o melhor da vida realmente vem dos impulsos, e não do raciocínio.

Quase fechando a mochila… mas ainda faltam algumas coisinhas.

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(texto que deveria ter entrado no ar quinta-feira passada)

Algumas poucas vezes eu acabo passando o dia inteiro sozinho – sozinho eu digo de acordar, sair de casa e daí pra frente não passar mais do que alguns minutos acompanhado de alguém: ver rapidamente os amigos, alguns conhecidos, chegar em casa e não encontrar mais ninguém acordado. É um tipo de situação que atormenta muita gente, mas que eu particularmente gosto.

É um bom momento para olhar pra dentro de si mesmo. A gente já não tem tempo pra nada hoje em dia, e menos tempo ainda pra cuidar de nós mesmos. Então, por que não aproveitar algumas horas em que impomos nosso próprio ritmo e fazemos nosso caminho? Mudar o lado da calçada, seguir um quarteirão à frente, parar por alguns segundos para observar o gato no muro – pode não parecer, mas seu dia pode tomar uma cara totalmente diferente.

E então você percebe as conversas sobre o jogo do Santos na padaria (todo mundo falando de Boca cheia!), dá uma olhada numa promoção de tênis numa loja em frente ao serviço, dá uma parada na banca de jornal pra folhear as revistas da semana, fala sozinho durante o caminho inteiro… e fica estranhamente feliz, por perceber que sua vida não anda tão ruim quanto você pensava.

Matar a saudade de si mesmo é necessário. E óbvio demais (e talvez por isso seja tão bom).

Manhã de sol

fev
2003
27

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(sem perder a piada – meu iaiá, meu ioiô…)

É um dia em que acordo com um sono absurdo, um humor ácido e um sorriso pregado na cara. Ir dormir às 2h30 para acordar às 5h10 talvez pareça uma tremenda idiotice para quem não sabe o que aconteceu (e obviamente não saberá, uma vez que a vida é minha e de mais ninguém – ou quase ninguém). A sensação que me domina hoje é um misto de “quero mais” com aquela paz de uma manhã de domingo no meio das férias, onde o Sol serve como travesseiro, e o ritmo das pessoas parece mais lento, mais feliz, menos stressante.

Momentos em uma noite de meio de semana que fazem a vida valer a pena. Frases e sentidos que nos fazem passageiros de nossos próprios sonhos. E que sonhos! Não existe preocupação com o amanhã, apenas a vontade de ser feliz agora. E que esse agora se prolongue ao máximo, se intensifique cada vez mais, e que nunca deixe de acontecer.

Não é difícil sonhar. Poucos acreditam que algumas barreiras são facilmente superáveis apenas com nossa vontade. Você descobre que os limites existem apenas para aqueles que não sabem procurar os caminhos que a vida nos deixa ocultos. Procurem… procurem que vale a pena. Vale muito a pena…

Os dias vão passar. O “agora” continua acontecendo, “até agora”. E continuará assim. Assim como nós.

Acho que ainda estou sedado… que ótimo!!!

Para acordar:
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Helloween
Wake Up The Mountain
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D-Devils
Dance With The Devil
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Van Halen
Aftershock
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Para continuar sonhando:
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U2
One
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Goo Goo Dolls
Iris
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Cássia Eller & Nando Reis
Relicário
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3 tempos

jun
2002
26

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A manhã.

Adoro dias frios. E ultimamente estão caprichando nos dias, e no frio. Acordo, tomo meu banho (muito quente) e visto meu capotão preto antes de ir trampar. A ansiedade era devida ao jogo da Seleção contra a Turquia às 8h30.

Tomo meu café, chego no trampo e pra minha semi-surpresa, o escritório está cheio. A TV com uma ótima imagem (Grande Aloisio), todo mundo de bom humor e a vaquinha de ontem foi revertida num grande café da manhã. Perfeito. Hoje eu não confiro e-mail, não entro nos blogs e não abro o ICQ. Hoje é dia de semifinal de Copa e estamos aqui pra isso. Começa o jogo e todo mundo vai junto…

Grande jogo. A seleção jogando uma bola redonda, e o goleiro dos caras é muito bom MESMO… Tensão total. Primeiro tempo termina e 0x0. Puta que pariu, Felipão – tira o Ronaldo e põe o Ricardinho, e vê se aposenta esse maldito desse Lúcio cara de babuíno!

Vamos pro segundo tempo. Grande Ronaldo, que golaço!! Só pra calar a minha boca… mas valeu – tamo na frente e enfim tô acertando o bolão!! Vamos segurar o jogo galera! Não Felipão – Denilson e Belletti não!! Segura seleção, que eu vou embolsar 40 pilas! Show de bola!! Ganhamos o jogo, vamos pra final e eu recuperei com lucros tudo o que eu tinha perdido nos outros 4 bolões… genial!

A tarde.

Vamos dizer que por vezes você acha que está tudo bem, que seu trabalho é eficiente e de boa qualidade e que os objetivos estão sendo alcançados. Bom tudo isso. Espere um pouco… está faltando alguma coisa nessa situação. Sim, falta sim… faltam ambição, inovação e um método eficiente de se atingir resultados.

Ou seja, falta tudo.

Mas você não vê. Está conformado e acomodado com a situação. Os problemas não aumentam com seu método de trabalho (mas você não nota que também não cessam), a situação está sob controle (por enquanto) e os dias passam, parecidos um com o outro.

Não, amigo. Não está bom…

E quando você nota tudo isso e vê o quanto a sua real intenção em relação ao seu trabalho está longe de acontecer porque seu método de desenvolvimento nasceu torto (ou sequer nasceu), o mundo vem abaixo. É um tipo de verdade que mata os perfeccionistas como eu. Faz o trabalho perder o valor em determinado momento, e o enfoque da situação virar de cabeça pra baixo. Nada que desmereça o que foi feito, mas é a ficha que cai e a verdade que aparece.

Aconteceu comigo hoje, no papo com a Carla (jornalista e amiga – tem que ser pra dizer a verdade com a cara limpa como ela me disse, e sou MUITO grato). Meus olhos abriram e eu vi que eu errei em N aspectos – vezes por comodismo, outras por falta de experiência.

Está na hora de deixar a molecagem e começar a ser um profissional de verdade. A verdade às vezes pesa, mas sempre ajuda. Obrigado MESMO, Carla…).

A noite.

O frio de novo… adoro frio! Dormi um pouco no fretadão – e me ajudou MUITO a sustentar o restante do meu dia. Chego em casa, outro banho quente, telefonemas de praxe, uma bela sopa de feijão. Posso trabalhar em paz no meu site – ainda são 20h, falta muito pra eu ir dormir…

Não esqueci de ninguém hoje. Não esqueci daqueles que prometi um pouco de entrega, dos que eu devia um papo, de quem vem aquecendo minhas noites e minha mente, de quem eu sinto saudades. Hoje foi um dia um pouco mais sério, e que eu precisei antes de tudo estar bem comigo mesmo. Um mini-isolamento voluntário, por vezes necessário. Como hoje, por exemplo.

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[COMENTÁRIOS EM 2009]

E de alguma forma, nesse post (que talvez tenha sido o primeiro esboço de um “texto de verdade” escrito por mim, o número 3 me envolveu e rondou as ideias para um nome pro blog. Até a hora que eu pensei algo como “Três são os minutos, o tempo que se leva para ler um texto num blog…”. Eureka. Nascia o 3 Minutos.

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Como dono e acionista majoritário deste site estou PROTOCOLANDO algumas coisas em relação a minha existência como ser humano e outras tranqueiras sobre eu mesmo. Seguem:

Fator 01 –
Como vice representante de classe, estarei me manifestando a favor da classe SOMENTE em duas condições: 1) Na ausência do “Tales Bunda de Urso” por qualquer tipo de causa (onde inclui-se morte prematura por acidente ou ingestão de veneno) ou 2) Na destituição do mesmo do cargo e em minha direta nomeação como representante. Caso nenhum destes dois casos ocorra, NÃO TOMAREI PARTIDO EM QUALQUER TIPO DE SITUAÇÃO, POIS VICE É PORRA NENHUMA NA POLÍTICA;

Fator 02 –
Seja qual for a situação, minha resposta sempre será: “não fui eu.” ;

Fator 03 –
Sim, eu fiz meu trabalho. Não, eu não posso te ajudar. Não, você não pode pegar emprestado. Não, não tenho dinheiro. Sou assim mesmo, e sou chato pacarái.

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Mais um dia de carnaval… só mais dois e começa o ano, se Deus quiser… enquanto isso, vivemos de ICQ…

Meu micro está na iminente possibilidade de ser formatado por problemas técnicos. Parece que as nuvens se instalaram por aqui, pois a coisa tá feia pro meu lado (acho que me rogaram alguma praga – ô fase encardida!)…

Enquanto isso, vou tentando resolver alguns “assuntos incompletos”…

Aprendi a encarar algumas realidades de forma diferente. Preciso recuperar algumas coisas que perdi e lutar por outras que ainda acredito… só se deve desistir quando as esperanças se esgotam ou a força acaba. Como nenhum dos dois ainda aconteceram, vamo em frente!