Íntimo e pessoal

ago
2003
05

escrito por | em Umbigo | Nenhum comentário

Aumentando um pouco mais um post recente da Van:

É complicado discutir sobre algo conceitual. O bom, o ruim, o gostoso, o desagradável, cada um tem para si aquilo que acha ser cada uma dessas coisas. Sentir medo de altura nem todos sentem. Alguns entram em pânico, enquanto outros querem ir ainda mais alto e se jogar num abismo. É assim mesmo: a vida, os caminhos e as regras de cada um são definidas por nós mesmos. Somos únicos e é exatamente isso que faz do ser humano algo tão interessante e difícil de se entender.

Não consigo generalizar atitudes ou conceitos. Não acho bonito discriminar minorias, ignorar miseráveis ou humilhar debilitados. Tem gente que acha, e de nada adiantaria tentar convencê-los de que “isso é errado”. Da mesma forma, nunca aceitei que questionassem minhas lágrimas. Tristeza, emoção, fragilidade são características do ser humano, e enquanto tem muito cara que não aceita chorar, eu não sou menos homem por demonstrar minhas emoções em momentos de fraqueza ou de infelicidade.

O rodeio todo foi para chegar em um ponto discutível, e um tabu para muita gente: o amor. O que é o amor? É alguma coisa tão forte e tão intensa que é praticamente impossível de ser alcançada? Ele existe? Para quantos? Você já amou? Se sim, como sabe? Sempre que você disse que amava, falou com o coração ou com a razão?

Amar para mim é algo bem mais genérico do que para a grande maioria das pessoas. Durante muito tempo, enxerguei o amor como algo tão sublime e mágico que era praticamente inatingível… Hoje eu não sei bem definir o que é “amar” para mim, e querem saber? Eu acho que isso é muito bom, pois nunca consegui definir emoções como se fossem regras. Dizer que amar leva tempo é algo bastante sensato – mas o que é “tempo”? Algumas pessoas passam a vida inteira e o que vivem não vale dois minutos de uma loucura de amor. Paixão é um estopim sim, queima e desemboca no amor quando não apagam o fogo, e quando esse amor explode existem N caminhos que os estilhaços podem tomar.

Amar nem sempre significa a servidão que alguns imaginam. O único caminho a ser seguido, um único horizonte. Estar amando engloba atitude, criatividade, cumplicidade, entrega, entendimento, e mais um zilhão de coisas que cada um de nós define. Se todos amassem da mesma forma, teríamos somente um tipo de cantada, o que cá entre nós seria um saco!

Cada um encara seus sentimentos de uma forma. Eu adoro demonstrar o que sinto, se estou feliz principalmente… não me importo em me esforçar ao máximo para retribuir aquilo que me agrada, que me incentiva a viver intensamente minha vida. Alegria em estar vivo – isso talvez seja amor. E se for, com certeza é o que estou sentindo.

Não quero ditar regras, ou discutir com quem encara o maior e mais lindo dos sentimentos de outras formas. E acredito que cada um de nós deva ir atrás daquilo que acredita. Não importa o nome, mas sim viver intensamente e se entregar à felicidade que, para cada um de nós, é única e totalmente nossa.

Sejam felizes, amem muito e nunca desistam de acreditar que as coisas podem ser cada vez melhores, mesmo estando ótimas. Não é um segredo, mas sim uma ótima maneira de se encarar a vida…

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