escrito por | em Brasilidades | Nenhum comentário

Com a renúncia dos dois manda-chuvas de São Paulo (Geraldo Alckmin, pra concorrer à presidência, e Tio Chico, pra concorrer ao governo do Estado), a discussão política por aqui ganhou corpo e consistência. Petistas decepcionados, pessedebistas exaltados, e todo e qualquer cidadão com um mínimo de orientação política – seja ela qual for – já discutem os novos rumos do país e os prováveis resultados das próximas eleições.

Sim, porque Copa do Mundo é legal, mas eleição é mais importante.

E nas discussões que todo mundo uma hora acaba entrando que a gente nota mais uma vez que nada muda. Talvez o nome dos problemas, o fato de enquanto ter se cumprido uma promessa enquanto ignorou-se outras três e por aí vai. Com a legenda que for, com o candidato que for, ninguém está imune e ninguém é plenamente confiável. Ok, até aí sem novidades.

O que talvez mais me irrite em situações desse tipo é o bandeirismo burro das pessoas. Alguém ainda acredita que político tenha ideologia? Tem gente que ainda lê o Manifesto Comunista, que acredita que Socialismo é possível, que acha o Garotinho boa pinta e por aí vai. Entre as velhas promessas de sempre com nova roupagem, esperanças vazias de terceira via e a fé infinda num milagre a partir de 1º de janeiro do ano que vem, novamente vamos apertar os botões e eleger esses caras.

Eu já disse uma vez que acho o povo burro. Acomodado, sabe? Pois acesso à informação (em diferentes fontes e de diferentes pontos de vista, diga-se de passagem) os formadores de opinião têm. Da mesma forma que o futebol, outros assuntos de maior relevência poderiam sim fazer parte de roda de discussão sem maiores dificuldades. Opinião política nada mais é do que orientação moral e informação contra as ações dos governistas. Tudo bem que é mais fácil discutir o jogo do Timão do que os escândalos do governo, mas provavelmente não será o Tevez que decidirá o quanto vão descontar do seu salário, se a gasolina vai aumentar, quais os próximos benefícios que eles terão e por aí vai.

Se a gente parar pra pensar, certamente a discussão de tudo isso por mais banal e sem conclusões que possa parecer acaba despertando nosso senso crítico. E num momento em que a gente novamente precisa mostrar que com voz e atitude seríamos capazes de mudar alguma coisa, sempre é bom lembrar que somos responsáveis pelo nosso próprio futuro. E apesar de sermos donos dos nossos próprios passos, a estrada pra que a gente possa andar quem abre são eles.

Defenda seus ideais, mas faça isso com argumento suficiente pra não passar ridículo. Agora, se você não tiver nem ideais nem argumentos, acho que está mais do que na hora de se tocar e correr atrás daquilo que você não conhece (e deveria conhecer). Porque do MEU futuro depende também a SUA decisão, e eu odiaria ter que confiar meu destino a um paspalho qualquer.

Comente