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Foi isso o que a moça do posto de parada me disse quando eu perguntei onde estava. Oras, se eu estou entre Pardinho e Botucatu, será que esse lugar tem nome? Acho que não – sim, eu tinha chegado ao tal “lugar nenhum” (1). Uma pizza brotinho, uma Fanta e uma hora depois, estávamos nós – eu e minha mochila – em Bauru.

Quatro horas e meia de viagem, e muito, mas muito sono mesmo deixado pelo caminho nas boas poltronas do Expresso de Prata (2). Chegando na cidade com nome de sanduíche, nota-se que as pessoas estranhamente não costumam ler placas – costume “pouco comum” em qualquer lugar desse mundo, mas que propicia fotos bastante engraçadas (3).

Depois de uma tarde inteira tomando cerveja (sexta-feira de sol, no interior… quem resiste?), assistindo a um DVD do Doors e correndo de lá pra cá pra ajeitar o auditório da apresentação (e entre esses momentos, matar a saudade das pessoas já relatadas no post abaixo), fui pro hotel onde fiquei hospedado pra poder dar um jeito na nhaca que eu me tornei, após a somatória dos relatos desses dois últimos parágrafos.

Sei que fomos todos (em separado, mas chegando juntos) pro Senai, conferir se tudo estava no seu devido lugar e começar a apresentação. O besta aqui ficou feliz pacas ao ver sua nova e improvisada marca (4) estar muito bem situada, abaixo do logo da Abigraf bem na entrada principal do evento. Pela movimentação do povo que chegou de baciada, nota-se claramente nas fotos (5, 6 e 7) que o evento foi um sucessão…

Descrever o que eu senti quando as apresentações e premiações pra molecada, os pronunciamento dos caras que são responsáveis pelas organizações e orgãos envolvidos, a apresentação das mulheres responsáveis por tudo isso (8 e 9) e a exibição do que o bestão aqui fez (10) foram de deixar até agora com que eu engasgasse e tremesse na base sempre que toco no assunto de “como foi sexta?”… Uma lição de vida que eu recebi dessa criançada, sem a menor sombra de dúvida. E a gente não tem que sentir pena não, nem ficar com dó ou distante. Tem mais é que rir junto com eles (pois eles riem muito, e por muito pouco), e oferecer a oportunidade pra que eles mostrem que são sim tão ou mais capazes que a gente. O coração ficou apertado, e meu sorriso escancarado – como está até agora.

Pausa pra descansar das emoções no meu quarto (11) com cama de casal (mas com apenas este corpo estendido debaixo do ventilador de teto), capotar de cansaço e felicidade e aproveitar o sáaaaaabado de soool, aluguei um caminhão…

Depois de almoçar e tomar um sorvetão com a menina da esquerda da foto 9, volto pra estrada no Expresso de Prata. Tirei 5 fotos da janela do ônibus, absolutamente iguais, de uma estrada com mato de fundo, só pra vocês não dizerem que eu estou lhes enganando desde sexta. Olha aí a estrada e a grama (12):

Gostaria de ressaltar que a Viação Expresso de Prata deveria rever seus conceitos e remanejar seu orçamento. Afinal de contas, ter televisão no ônibus (13) é o mínimo que se espera de quem te obriga a colar a bunda na cadeira durante mais de 4 horas seguidas. Mas videocassete não dá – a Expresso Brasileiro já usa DVD a mais de ano e é lindo.

Então eu me resumi ao meu livrinho (14) – “o Guia do Mochileiro das Galáxias”, recém-ganho por este cidadão, durante a viagem de volta, enquanto as TV’s do ônibus pipocavam aquilo (15) que era pra ser o “Perdidos no Espaço”. Coincidências entre o filme e meu livro (16) não serão postas em xeque neste momento, ainda mais porque ontem a Rede Record passou E.T., o que me deixa com a clara impressão que seremos invadidos em breve…

De qualquer forma, vale o registro que na volta passei novamente pelo lugar que fica entre Pardinho e Botucatu, e que minha presença em toda essa história pôde ser comprovada numa auto-foto do meu queixo (17) e, mais indubitavelmente atestada na foto dos meus anéis (18), nessa pose sexy de “mão sobre coxa”, quase beirando à pornografia.

Resumindo, foi isso :)

Notas:

– Das duas uma: ou eu misturava a palhaçada do post com o que aconteceu no evento, ou esse post poderia tranquilamente ser lido no Criança Esperança do ano que vem, de tão piegas que seria;

– Obviamente outras histórias aleatórias poderão surgir em breve, meio que nem “Carandiru e outras histórias”. Um dia e meio de Bauru dão pano pra manga de família de polvo…

– vai um OBRIGADO pra todo mundo que me deu força nesse projeto: dando pitaco na apresentação, emprestando a máquina fotográfica, entre outras cositas…

– Meu micro de casa está semi-morto. Mas se Deus (e o gerente do Itaú) quiser, em breve meu MSN volta a vida – agora, em versão Pentium 4…

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