escrito por | em [Viagem] Argentina 2008/2009 | 1 comentário

31/dez/2008 – dia 6
Puerto Madero, Buenos Aires

Saímos do hotel com um embrulhinho bom no estômago, e um princípio de frio pela primeira vez na viagem – enfim dando um refresco ao calor incessante até então. Desde o primeiro momento em que passamos por Puerto Madero (o site oficial é esse, mas as informações e fotos mais bacanas estão no outro link), resolvemos que seria ali o local do nosso primeiro brinde de 2009. As duas alamedas que ladeiam o atracadouro são repletas de restaurantes (como o TGI Friday’s) e possíveis baladas mais caras e seletivas (como o Hooters). Ao centro, dividindo os quatro diques e ligando ambos os lados está a Ponte de la Mujer, que dá ainda mais charme ao lugar. Puerto Madero é um misto interessantíssimo de tradição e modernidade, misturando a arquitetura dos diques originais (e restaurados), estruturas de ferro dos guindastes, postes e bancos com os moderníssimos prédios construídos do lado oposto, onde estão alguns dos mais caros hotéis da Argentina.

Embasados pelo potencial evidente do local (mas sem nenhuma informação sobre festividades ou o escambau), pegamos o Subte com destino à Plaza de Mayo. Chegamos, e ao sair da galeria tivemos um nó no estômago: eram aproximadamente 20h, e não havia praticamente ninguém em frente à Casa Rosada (Puerto fica logo atrás, descendo duas ruas). O sentimento de “quem mandou não perguntar” quase tomou conta da gente, mas já que estávamos ali, que fôssemos até o fim. Pouco depois chegamos ao Puerto, e a imagem era da mais absoluta tranquilidade. Algumas pessoas caminhavam por ali, mas nenhum agito condizente com a data. Porém, era notada nos restaurantes a expectativa por clientes, o que nos garantia que não havíamos apostado num local fantasma para a virada do ano.

Sentamos à beira de um dos diques. Havia esfriado bastante, e tiramos algumas fotos do local para segurança, no caso daquilo se tornar um formigueiro algumas horas depois. Pelas fotos, é possível notar o porquê de termos escolhido Puerto Madero para esse nosso primeiro reveillon casal-coxinha…

Após algum tempo, resolvemos rondar as redondezas. Algumas pessoas já chegavam, e ainda não sabíamos o que faríamos até a meia-noite. Sondamos as possibilidades de entrar em um dos restaurantes dali, mas obviamente todos os locais estavam com sua lotação esgotada, em reservas. Teríamos que nos virar na própria alameda se quiséssemos festejar com:

1) Alguma garrafa pra estourar na hora da virada;
2) Algum recheio no bucho (pois a pizza seguraria nossa onda por pouco tempo);
3) Algo pra cutucar/bebericar até lá.

As mesinhas disponíveis ao redor de um quiosque, próximo à Ponte de la Mujer, já estavam todas ocupadas. Ainda era cedo (não passava das 21h), e enquanto eu vasculhava a redondeza em busca de alternativas, a Debs discretamente solta um “vão sair aqui, ó…”. E no que eu olhei, o casal de trás da gente levanta. Em menos de um segundo estávamos sentados, em frente ao quiosque e de frente pro cais. A ponte, à esquerda. E nesse cais, exatamente na nossa frente, o Museu Fragata Presidente Sarmiento, que como pode-se notar pelo link, completa muito bem a paisagem deslumbrante que garimpamos – e sem reservar absolutamente nada…

Devidamente acomodados (e nos sentindo os mais sortudos do mundo com tamanha mordomia – e não estávamos errados, dado o que viria dali em frente), e com mais ou menos três horas até a virada, era hora de consumir. Mas olhando para o quiosque, a situação era desanimadora: uma fila enorme, e predominantemente brasileira. Ninguém quer passar as últimas horas do ano numa fila, então o que fazer? Amizade com o garçom, claro! O único do local, por sinal. Imagem e semelhança do

As últimas observações do ano foram que:

1) mesmo na roça, o sanduíche veio bonitinho e gostoso;
2) as taças eram de vidro. Não tinham medo que roubássemos nada;
3) e a fila havia aumentado.

Ou seja: DEU TUDO CERTO. E agora, era só levar a garrafa pra beiradinha do cais, e esperar 2008 partir. E comemorar, muito, por tudo ter saído melhor que o esperado. Não havia mais frio. Nem a chuva da tarde. A noite estava linda, e a lua só não era maior que a nossa cara de bobo. Daí em diante, foi só contar…

Depois disso, instaurou-se festa (ao som de Chiclete com Banana, que fique registrado o quão malandro foi o TGI Friday’s). E entre abraços, beijos, planos e esperanças, e muita alegria dessa nossa viagem tão inesperada e raçuda ter sido coroada com cores tão bonitas, até tivemos tempo pra registrar um pouquinho mais dela. Aqui:

Mas a noite ainda estava longe de acabar.

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  1. Loo

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