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31/dez/2008 – dia 6
Recoleta, Buenos Aires

Após saborear os resultados de 5 dias de economia inteligente, era hora de perder um pouco do juízo. Voltamos ao Ateneo, e passeamos felizes pelos andares do teatro, em busca de novos recheios para as nossas estantes. A Debs separou três, e eu mais três (que estão naquele post linkado ali em cima) para trazermos pra casa. E novamente sentimos a enorme diferença de valores entre Brasil e Argentina, pois apesar de vários títulos não terem grandes diferenças de preço entre os dois países, um país que valoriza a leitura como o dos caras possui diversas jóias facilmente garimpáveis e bastante acessíveis. Após caçarmos as nossas, saímos de lá felizes e abastecidos a caminho de algum lugar pra almoçar.

Deixamos as sacolas no hotel e de lá resolvemos caçar algum restaurante pelas redondezas. Duas quadras depois estávamos na Cala Pizza, que assim como o Costa Verde, serviria de pretexto para desafiarmos a culinária local com um dos maiores trunfos paulistas: a pizza. O lugar estava praticamente vazio – eram mais ou menos 15h – e pedimos nossas pintas de Quilmes para acompanhar a redonda. O custo-benefício foi excelente, uma vez que fomos muito bem atendidos, e as duas atendentes que estavam ali se esforçavam para nos explicar o que seria a tal da PANCETA que estava no cardápio. Após duras penas e algumas tentativas, descobrimos que se JAMÓN era PRESUNTO, PANCETA era BACON.

E nesse momento, de sabores italianos e ansiedade quanto à noite… cai a chuva, pela primeira vez em Buenos Aires (primeira e última, graças a Deus). Ajudou na atmosfera preguicenta da tarde (segundo a Debs, a chuva ali sigificava a purificação de 2009 – sim, era esse o nosso estado mental). Vale salientar que tal depoimento foi gravado brilhantemente por esse que vos escreve com o dedão em cima do microfone, o que ajudou bastante para que o áudio ficasse inteligível. Comprove:

Pedimos mais duas pintas de Quilmes, e na hora de pagar a conta, notamos que essa última rodada não havia sido cobrada. Alertamos a garçonete, e ela disse que “era por conta da casa, já que eles estavam quase fechando e era ano novo”.

Feliz ano novo pra você também, Cala… :)

Saímos de lá, tomei um tropeção na calçada ao registrar em vídeo nossa incursão chicana à culinária italiana, e fomos pro hotel com a Debs tendo um ataque de riso sem fim. E não, eu não quebrei o pé, a cabeça nem nada do tipo. A bateria da máquina simplesmente falhou no momento da topada, mas a impressão que se tem quando termina o vídeo é próxima a um duplo twist carpado. Porque aqui não há porquê não se assumir o próprio ridículo:

Chegamos ao hotel, e ao final do ataque de riso pegamos no sono e tiramos um cochilo antes da grande noite. Afinal de contas, ninguém é de ferro, e tudo dali em diante era aposta no instinto. Mais duas horinhas e começaríamos nossa incursão nos últimos minutos de 2008…

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