Em contrapartida…

dez
2004
08

escrito por | em Música | Nenhum comentário

Depois de discutir sobre o que há de pior na música brasileira (por sinal, os comentários e a discussão continuam abertos no post logo abaixo), tive que me redimir e voltar ao nível habitual de auto-respeito sonoro. Ao entrar na BananaMusic hoje no horário do almoço, dois cd’s sorriram para mim. Quais?

WaveTom Jobim
Simplesmente a Bíblia Sagrada. Um cd imaculado, impossível de ser traduzido em palavras (tanto que é quase completamente instrumental). Se você não faz idéia sobre o que está escondido por detrás dessa ma-ra-vi-lho-sa capa verde e azul (ou vermelha e rosa, dependendo da versão), eu diria que é a mais perfeita tradução sonora do que é “ser carioca”. Eu, como paulista convertido e já declaradamente apaixonado pelo Rio desde que pude conhecê-lo com todos os sentidos que me foram permitidos, posso afirmar isso sem a menor chance de estar cometendo algum tipo de heresia. Poético, sublime, absurdo… E se você acha pouco o fato dele ter “apenas 10 músicas” (como fez essa herege, que com certeza não faz idéia do tamanho da besteira proferida), eu digo: é o suficiente. E depois de ouvir Wave, me diga se alguma coisa não mudou na sua vida…

OpenCowboy Junkies
Quase rolou uma lágrima quando vi esta preciosidade me implorando para ser adquirida. É daqueles cd’s que você provavelmente só encontrará novamente depois de alguns anos (se encontrar). O Cowboy Junkies é uma banda já de longa data, e conhecida entre os amantes de um bom vocal feminino entremediado de melodias tristonhas e um tanto “rústicas”. Mais fácil dizer que é música pra se ouvir em dias de chuva… E é em Open que está uma das músicas mais lindas da banda, chamada Close My Eyes. Se pra você tudo o que estou falando soa estranho, faça como eu fiz: persista por alguns anos da sua vida e encontre esse cd. Aí a gente conversa de novo…

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