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Hoje está sendo um dia estranhamente calmo. E é engraçado, ontem estava conversando com minha amiga/estagiária Ritiane sobre relações humanas (sim, porque temos opiniões opostas em determinados aspectos deste sempre estranho universo dos seres humanos). E depois de divagar e divagar, eu acabei ficando em dúvida quanto às minhas próprias convicções:

– Será que o ser humano vai conseguir se salvar de si mesmo?

Estávamos discutindo como os valores se perderam. Como as relações são superficiais em muitos casos, como a instituição “família” anda impopular, sobre o monte de baboseira que a gente anda ouvindo por aí, como as pessoas não olham na cara uma da outra quando se cruzam na rua. E eu insisto em acreditar (por N motivos) que ainda possa existir sim a sinceridade, a entrega, a divisão e o amor de verdade. Difícil ser tão convicto nesse mundo cinzento e de concreto em que vivemos – mas fizemos todo o caminho do serviço à faculdade discutindo isso.

E engraçado que, ao voltar da faculdade pra casa, acabei em uma lotação onde praticamente todo mundo se conhecia (e eu não conhecia ninguém – mas acabei conhecendo com tanta brincadeira e bom humor rolando). Acabei por chegar em casa muito mais leve, desabei o corpo na cama e hoje acordei com um sono extremamente bem dormido.

Sem coincidências…

Exatamente o que eu disse – as pessoas conseguem SIM “salvar” umas às outras. Qualidade de vida é saber fazer do cansaço um momento de descanso, e não de martírio. E isso pode sim ser ampliado a outras esferas da nossa vida. Conseguimos sair dos nossos problemas. Nós evoluímos, eles não. E – por que não – nos deixarmos entrar um pouco mais na vida uns dos outros? Nos fazermos necessários, presentes – uma boa forma de encontrar a felicidade. Ainda posso ser um sonhador em muita coisa nessa vida, mas é impossível não acreditar no ser humano quando ele resolve acordar e exercer a sua força de alterar as coisas. Consciência coletiva é algo muito difícil, mas não há como mudar se a gente não fizer o nosso pouquinho…

E o dia hoje foi muito mais tranquilo. Nada como uma boa noite de sono.

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