escrito por | em Vidinha | 3 comentários

Neste sábado meu irmão (Mauricio, aos que não o conhecem) resolveu se amarrar com a Bel. De vez, e pelo que dizem ali em cima do altar, pra sempre. Eu espero que seja verdade, pois vi muita felicidade em ambos, e vi bem. Ok que de todos os da família, obviamente o que mais se derreteu e cedeu às emoções do momento fui eu. Sacanagem das maiores ser padrinho e ficar de frente pros noivos, olhando por sobre o ombro do padre e sacando mudanças de respiração, lágrimas escondidas (às vezes nem tanto, às vezes quase secretas), gaguejadas e tropeços e ao final, o alívio daquela ânsia de vários meses se esvair na primeira taça de champagne.

Eu que pensei que teria de segurar a onda dos meus pais era claramente o mais inquieto durante todo o dia. E o sentimento hoje, depois de dois dias, ainda é de cansaço e de alegria. Por eles, pelos meus pais, e por mim, sim, que vi o provável momento mais feliz da vida do moleque que um dia apanhou de mim por jogar meu Playmobil por cima do muro de casa, rumo ao lixão.

Ah sim, e no casamento tocou La Barca. Fantástico, e bacaníssimo. Adorei.

Depois da cerimônia, algumas certezas passaram a fazer parte do meu universo imaginário: metade dos parentes que eu vi nessa festa certamente não estarão na minha, daqui a algum tempo. Os mais próximos – que me reconheceram sem que eu tivesse que me reapresentar – provavelmente estarão lá, com exceção de um ou outro xará, com o qual eu nunca fui com a cara e não começarei a fazê-lo agora; minha prima gringa seria muito bem-vinda, pois é sim a mais próxima apesar de quase um continente de distância; as músicas certamente serão diferentes (meu irmão e eu nunca tivemos afinidade musical, se bem que duas o três musiquinhas da festa dele cairiam bem numa minha – e sim, La Barca é uma delas); textos católicos e passagens bíblicas não me dizem muita coisa – se bem que eu achei hilária a citação da cerimônia deles, quando o padre me solta uma passagem onde “São Paulo se dirige aos Coríntios” – coisa de bambi safado e malicioso isso…; e trajes formais definitivamente não são a minha praia… ainda mais nesse país tropical onde se sua litros. Enfim, acho que apesar da diversão e galhofa do final de semana, teremos histórias bem diferentes pra contar.

Mas todas, com um final bem do feliz.

Sorte pra ti moleque, e vai ser feliz que você merece. E Bel, seja MUITO bem-vinda.

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  1. Luana
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