Welcome back

dez
2012
21

escrito por | em Música | Nenhum comentário

– Você quer adesivo?
– Pô, lógico que quero!

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Fui pra Paulista hoje, almoçar e pegar um prêmio (porque sim, eu ando nessa maré de ganhar prêmios – que bom né!) na Alpha FM. E eis que lá estava eu, saindo do elevador no 22º andar do 2200, quando trombo uma menina indo pras escadas, com uma camiseta da 89FM, que desde ontem à meia-noite está novamente no ar.

– Você tá trabalhando lá (perguntei apontando pra camiseta)?
– Tô sim.
– Parabéns pra todos vocês viu, desde ontem vocês tão arrebentando (e eu fui pra Paulista justamente ouvindo a 89 pelo caminho, estava desligando o celular naquele instante)…
– Valeu! Depois desce lá pra conhecer! A gente tá no andar de baixo.

E eu fui. Até adesivo eu ganhei – me senti com 16 de novo.

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Essa introdução toda foi justamente pra registrar a empolgação que eu – e tenho certeza, tanta gente está sentindo hoje. Porque durante alguns vários anos nós, adeptos do bom (e nem sempre velho) rock ficamos à mercê de uma única rádio, com os clássicos do gênero. Fora isso, downloads e rádios online foram o meio de adaptação de toda uma geração às novidades do gênero. De certa forma, foi cada um pra um canto cultivar o que gostava.

Portanto, que delícia foi ligar o rádio hoje (sim, ligar o rádio) e ouvir aquilo que a gente gosta. E não só os dinossauros (sim, eles são ótimos, mas ouvir Rush 8 vezes por dia arrebenta qualquer saco). Teve Muse, System Of A Down, Kings Of Leon, Killers… teve coisa que só tocava aqui em casa. E teve coisa que eu nunca havia ouvido. Sim, foi feita muita coisa depois dos anos 80. MUITA COISA BOA. E agora dá pra ligar ou escrever pros amigos e falar “você ouviu isso? Põe na 89 que tá tocando…”

Beira ao saudosismo, com um porém: não é. Porque resgata sim muita coisa boa que a gente um dia já viveu, mas também traz muita novidade e muita possibilidade nova um retorno desses. A volta da 89 se diferencia dos revivals atuais por carregar sim muita bagagem, e agregar tantas outras coisas daqui em diante. A sensação do dia é que sim, existe ainda muita lenha a se queimar debaixo desses dois números. Talvez uma lenha que não acabe. E o sentimento é muito próximo ao de reencontrar aquela pessoa que em algum momento fez parte de um capítulo importantíssimo da tua vida, e que mesmo com tantos anos, parece que você viu ontem.

Foi uma honra pisar no estúdio dos caras hoje. Eu não entrei, não quis atrapalhar nada tão bacana e tão grandioso pra quem teve que se adaptar nesse meio tempo, mas que num dia como hoje nota o quanto essa rádio fez falta.

Parabéns pra todo mundo que suou por isso, boa sorte, e o sucesso inevitável pra vocês (e continua sendo o logo mais bonito entre todas as rádios, disparado).

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