escrito por | em Vidinha | 1 comentário

Somente hoje (agora há pouco, umas 19h) eu reli após muito tempo os textos postados aqui durante o período em que meu pai esteve internado, pouco antes de sua morte. É uma coisa foda, porque não há como não reviver certas sensações – e nenhuma delas é lá muito boa. A constatação é que de fato a gente aprende a conviver com certas coisas, que a dor esfria na maior parte do tempo e cada vez mais, mas que o vazio de fato nunca vai passar. Toco a bola, pra receber lá na frente.

Notei também que meus textos argentinos estão pra completar um ano daqui a dois meses, e eu sequer concluí as postagens portenhas. Eles precederam justamente os textos sobre o meu pai. Como tudo o que não está completo, merece um final, e terá. Afinal de contas, se serve pra guardar aquilo que dói, este lugar também serve pra guardar o que foi bem bom. Danem-se as datas. Os textos virão em breve (talvez começando hoje inclusive) – deu vontade, vou retomar.

Mas tudo isso embala um momento muito novo na minha vida (ou talvez seja melhor dizer na nossa vida, uma vez que isso não tem a ver somente comigo). Algo que talvez “balanceie” um pouco as futuras lembranças de 2009, fazendo com que esse número não fique apenas marcado como o ano em que perdi meu pai, mas também o ano em que comecei uma nova vida. Uma vida que não é só mais minha, e que eu passei 29 anos sonhando em como seria. E agora ela está muito perto mesmo de se tornar algo maior.

Mas isso eu escrevo depois. Na hora certa, e se tudo der certo, com detalhes que merecerão a devida comemoração. Ou seja, é bem capaz que o tal texto seja trocado por, quem sabe, um convite. Mas tem tempo ainda (se Deus quiser, pouco, mas tem).

Portanto, stay tuned.

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