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18/set/2011 – dia 4
Cusco

Depois de um almoço digno da viagem que fazíamos, uma voltinha pra dar uma assentada até a hora da sobremesa. E justamente nessa voltinha, Debs e Mel começam a causar. Explico: as tais cholas que vira e mexe cruzam seu caminho – seja carregando a filhota toda arrumada e bonitinha, seja conduzindo uma lhama – obvimaente estão à caça de turistas: para aquela fotinho, e sua consequente propina*. E muita gente mesmo tira as tais fotos, afinal de contas, o dinheiro de lá não vale nada mesmo e uma viagem que se preze tem que ter recordações fotográficas – as mais típícas possíveis. Porém, sem desembolsar, as velhotas e suas crias desviam, se esondem, exercem seu lado ninja. E gastar dinheiro com fotos nunca foi nossa especialidade mesmo, vide o resultado mais bacana de nossas memórias. As duas foram (e são) mais criativas do que as fotos-clichê que a gente costuma ver, e eu sou muito grato por isso a ambas. Não só eu: os registros ficaram realmente incríveis.

Porém, quem abre mão de uma foto de chola + lhama, estando no Perú? Pois é, nem a gente. E com isso, as meninas resolveram exercer seu talento de fotojornalismo para conseguir as imagens sem botarmos a mão no bolso. Esconde daqui, se mexe dali, encaixa a máquina num cantinho, e olha aí o resultado…

Da mesma forma que ocorreu quando, sem querer, passamos por um grupo que fazia alguma dança típica na meioca da Plaza de Armas. Daqueles momentos legais que você não planeja, e que de alguma forma tem que registrar. As duas se meteram entre o povaréu, e entre cabeças e pernas, foram clicando mais uma memória que pretendíamos levar pra casa. Obviamente, antes de acabar a apresentação, saímos de mansinho e mais uma vez economizamos uma graninha. Não que eles não merecessem, mas a gente tinha outras coisas em mente.

O passeio seguiu e minha mãe deu a primeira pipocada geográfica da viagem. Mas antes de condená-la, sim, ela foi muito bem na escolha. As subidas e descidas do centro de fato não são fáceis, e botar a saúde à prova num dia que precede ao começo das viagens pelos sítios arqueológicos seria uma grande burrice. A deixamos no rodapé da ladeira, e fomos conhecer a Plazoleta de San Blas. Que sim, é um lugar calminho, isolado e que deve ter seus atrativos. Mas pra quem esperava um charme a mais após tamanha subida (e acho que nós 3 tínhamos essa expectativa), acabou sendo uma pequena decepção. Nada de menos, mas também nada de mais. Fotos, e descida.

Chegando lá embaixo, o almoço já havia deixado seu espaço para a sobremesa. E numa rápida tateada pelos arredores, nos deparamos com o Inka…Fé. Sim, o nome é infame. Um lugar pequenininho e simpático. Sentamos os quatro (minha mãe esperava pela gente perto dali), e providenciamos nossos doces. E os tais foram provavelmente alguns dos melhores que eu já experimentei na vida. Com exceção da torta de limão, que é um verdadeiro desafio tamanho azedume, o restante justifica a água na boca gerada pelas imagens.

Era metade da tarde, e ainda havia um lugar importantíssimo a ser visitado. Nossa primeira incursão histórica. E estava a alguns minutos de lá. Com isso, fomos em frente.

*Gorjeta, pra você que não sabe usar o Google Translator.

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