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15/set/2011 – dia 1
São Paulo/Santa Cruz de la Sierra/La Paz

Aparentemente, a tal Aerosur não ficaria devendo em nada às Aerolineas Argentinas de três anos antes. Aviãozinho modesto, corredor central entre fileiras de três bancos. Nos acomodamos aonde deu: Eu na fileira oposta à da minha mãe, que faria seu primeiro vôo na vida dentro de poucos instantes. Na minha fileira, masis atrás, a Dé. E na outra, um pouco mais atrás, a Mel.

O vôo era de São Paulo a Santa Cruz de la Sierra. Faríamos a escala antes de chegar a La Paz no início da noite. E esses vôos não costumam ter muito a se contar. Não foi diferente, com exceção feita ao calor egípicio que se instaurou na aeronave. Voamos nos sentindo num verdadeiro banho turco, dado que o sistema de ventilação do bicho devia ter um porco entalado entre os canos. A coisa desandou de neguinho de fato se enxugar. Pobre da minha mãe, que inaugurou sua era aérea numa verdadeira sauna.

Lembro do cara da minha frente se espreguiçando e quase deitando no meu colo, do casal de bolivianos discretos e tecnológicos viajando a meu lado, e somente isso. As meninas/mulheres têm histórias de vôo mais interessantes do que as minhas.

Após a Debs preencher os documentos migratórios de todos e comermos um lanchinho maomeno, paramos em Santa Cruz e já rolou um frescorzinho básico. Primeiros contatos com a língua vizinha, primeiro caixa eletrônico e primeiros dinheiros bolivianos (que foram utilizados no primeiro táxi pouco depois, e em outras coisas que entro em detalhes mais adiante – mas sim, a parada foi absolutamente necessária).

Voltamos ao avião, para uma quase ponte aérea até La Paz. Agora sim, juntos, e até com um lanchinho melhor, pudemos entre outras coisas conversar – coisa boa de se fazer numa viagem. E contemplar uma bela chegada a La Paz, uma cidade cujos (muitos) detalhes eu começo a descrever daqui a pouco. Detalhes esses que começam ao abrir da porta do próprio avião. Sim, o mundo é diferente a mais de 3650 metros de altitude.

Um mundo bonito, mas com muito pouco oxigênio. Jajá, detalhes.

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