…nós viajamos. Em quatro pessoas: eu, Debs, Paquinha e Mel.
E o relato será o mais completo possível. Da viagem, e de tudo de bom que ela nos trouxe. Foram dezessete dias intensos o suficiente para que algumas coisas ainda não tenham sido devidamente assimiladas. A grandiosidade da vida, do mundo, e a completa insignificância da gente perante um planeta tão grandioso que mesmo em nosso continente nos sentirmos completos iniciantes numa vida que já nos vai levando há décadas.
Pudemos sentir da pele uma diferença assombrosa que separa São Paulo de La Paz. Nos sentirmos modernos demais para uma história que há muito já existe – numa época em que sequer colônia éramos – escrita nas paredes e ruas de Cusco. Nas estradas entre os dois países – Bolívia e Peru – nos deparamos com cenas que nem mesmo nos livros de História poderiam ser mais encantadoras, e às vezes, chocantes até. Redescobrimos um universo. Vivemos na realidade aquilo que desde sempre vimos somente em fotos. Machu Picchu é sim real. Linda. Enorme. Alta. Viva. Mais que ela, o sol que nasce pra todos, todos os dias, surgiu pela primeira vez num universo branco e gelado, em meio ao nada. E foi lindo. Foi absolutamente perfeito.
Será uma história contada em vários textos. Cuidadosos, porque perder os detalhes é atropelar nossa própria história, onde os segundos de cada dia foram vividos em sua plenitude. Nada parece mais adequado do que começar esse relato dizendo aquilo que resume o sentimento de uma viagem como a que tivemos:
– obrigado.
Pela oportunidade de entrarmos de cabeça num mundo tão real e ao mesmo tempo, tão lúdico. Por realizarmos sonhos, enfrentarmos desafios pessoais, mudarmos de rumo. Por sermos capazes de valorizar algo que não se resume somente a um bocado de fotos e milhas no passaporte. Fomos além. Entendemos o que lugares tão diferentes, e às vezes até difíceis, são capazes de significar para toda uma vida. Obrigado Dé, por ter sonhado e aberto a boca, nos contado e nos levado pra dentro do seu peito. Obrigado Paquinha, por ter topado essa loucura e não ter amarelado nos degraus projetados para Incas, e não para mães. Obrigado Mel, por ter cuidado da minha mãe, da minha esposa e dividido com ela a possível experiência mais grandiosa da vida dela (e que eu não teria sido capaz de fazer sem ser resgatado por um helicóptero ao final do dia). Foi lindo. Foi foda mesmo. E eu vou começar a contar pra todo mundo jajá.
5 comments
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Eu que agradeço cada um de vocês por terem dividido esses momentos comigo.
Foi incrível, e vai ficar guardado na memória pra SEMPRE!
Amo vocês. Amo muito.
OBRIGADA POR TUDO.
Meu caro, tem coisa melhor do que viajar e viver por um tempinho como estrangeiro?
Sensação de não “pertencimento”, usar todos os sentidos para perceber e (tentar pelo menos) entender o que é a vida em outro lugar, com outras referências. E ainda, tudo compartilhado com as pessoas certas!
Não consigo pensar em coisa melhor … Agora, fico aqui esperando os relatos.
Um grande abraço para os viajantes e sejam todos muito bem-vindos.
ok ok não sei ainda se morri de inveja, da foto acima ou da viagem como um todo!!! hahahahahahahahaha \o/ mto feliz pode vc!
Que foto genial, nós merecemos essa felicidade toda, afinal, foram 9 meses que a Debs trabalhou para que o sonho fosse concluído. E ela conseguiu, obrigada menina por tudo o que você fez. beijos.
Antes tarde do que nunca!!! Começando a ler os relatos todos! Abraço!