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É uma homenagem a um baluarte da inteligência esse texto, que por sinal nem texto é. Num daqueles momentos em que a gente sai por aí procurando alguma coisa marcante na nossa vida e se depara com pérolas como a descrita aqui abaixo, nota-se que tortamente algumas escolhas e pessoas foram sim muito importantes na sua vida desde determinado momento. Algumas a gente perde; outras se perdem sozinhas. A Van, que por diversas vezes eu mesmo disse por aqui inclusive ter sido a responsável pelo nascimento e amadurecimento dos meus textos, foi hoje motivo de busca pelo sempre confiável WebArchive. Tudo começou quando ela mesma redescobriu essas tirinhas infames, feitas em 2009, e cujas artes, de tão precárias e porcas (portanto, ideais), só deixam ainda mais ricos e destacados os textos da moça.

Então, numa lacuna entre os trabalhos do dia, lá fui eu procurar o que há quase dez anos me fez escrever o primeiro texto horroroso desse blog. Achei isso, e depois ela mesma achou isso – que é de fato a fonte, vide data. Foi-se quase uma década, e texto bom não vence. Vale visita, mesmo via WebArchive, que ao lado do Google é o site mais útil da internet (ok fãs do XVideos, vamos enumerar os três). E aí eu penso que desde aquela época cismei em incomodar a moça, que surpreendentemente topou uma cerveja com o até então estranho do Taboão da Serra, e bem… o resto é história. Por sinal, história que dentre tantos momentos de amizade verdadeira, tem uma imagem que me lembrei existir ontem, e por um lapso do destino não havia sido publicada ainda: essa.

Te adoro viu, fala mole. E pra não te expor completa e gratuitamente desse jeito, deixo aqui aos que insistem em frequentar o meu blog (que continua sendo infinitamente menos interessante do que o seu, mesmo pós-morte), a primeira aloprada pública que eu levei de você. Com muito orgulho. Um beijo Van.

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Quinta-feira, Novembro 13, 2003

:: morfina pornô ::

Esta é uma singela homenagem ao Masili.
apresento-lhes Chorão, o Messias da Juventude Brasileira:

Chorão não está muito esbelto, é verdade. Sua silhueta assemelha-se à de um barril de carvalho (sem trocadilhos, por favor). Além disso, ele tem dado maus exemplos à horda de adolescentes que o admiram: há três ou quatro semanas, Chorão compareceu ao Domingão do Faustão completamente chapado. A cada dez palavras proferidas pelo mítico músico, pelo menos nove eram “foda”. Bem feito para o Faustão, aquele bolha egocêntrico. O Chorão, apesar de ser meio mala, também pode ser considerado um cara legal. Digamos que ele é uma personalidade paradoxal. Chorão compõe versos verdadeiramente profundos em suas melodias, versos estes que direcionam os caminhos da juventude de nosso país. Exemplos:

“Ela achou meu cabelo engraçado. Proibida pra mim, no way”
breve análise: por ter achado o cabelo dele engraçado, a garota pode ser considerada proibida. Ela está em outro nível, em outro ponto do organograma social. Chorão, um pobre suburbano, lamenta-se por não ser bom o suficiente para ter a garota de seus sonhos.

“Eu sei como é difícil acreditar mas essa porra um dia vai mudar”
breve análise: Denota a consciência política da banda. Chorão é o cara que vai mudar o mundo, escutem o que estou falando.

“Nem tudo lhe cai bem é um risco que se assume quando é dono de ninguém”
breve análise: Sinceramente, não faço a menor idéia do que ele quis dizer com esta frase. Mas deve ter muita sabedoria embutida aí no meio.

Oráculo, messias, profeta: não existem palavras suficientes para traduzir a representatividade deste brilhante rapaz perante seus fãs. Neste recinto, Chorão foi e sempre será a grande fonte de inspiração e conhecimento, independente do seu discurso ébrio e de suas roupas ensebadas. Respeitem o que hoje é um homem, mas amanhã será uma lenda.

injetado por Vanessa Marques às 10:46 AM

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