As estradas

ago
2011
22

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011, Vidinha | 1 comentário

Ontem e anteontem pudemos viver mais algumas migalhas pré-viagem. E nas conversas que têm surgido, dúvidas e questionamentos dão o tom de nossas pautas. Variamos entre as curiosidades: um lê e indica, outra, começa a se perguntar sobre hábitos e necessidades dos quais nunca tivemos contato e sequer imaginávamos ter, mais uma procura e envia fotos e mais fotos, outra conta histórias de infância e amplia ainda mais nossos horizontes. As coisas fluem, e as lacunas que se multiplicam pouco a pouco são preenchidas com um misto de curiosidade e ânsia por conhecimento e repertório. Somos testados a todo instante por nós mesmos, e justamente essas dúvidas nos mostram a cada instante o quanto não sabemos nada. Sim, somos ínfimos perante a grandiosidade de um mundo repleto de vidas qua sequer imaginamos ter contato um dia. Damos um passo de cada vez, e notamos que certas distâncias são de fato gigantes, mas o contato com essa estrada não nos cansa – pelo contrário, nos incentiva a, passo a passo, descobrir o que cada novo avanço nos reserva.

Admitir nossa própria ignorância, não nos conformarmos com ela, e buscar esse conhecimento que notoriamente não possuímos. Isso é o que nos move. Não somente o fato de estarmos presentes num cenário espetacular. Muito menos a presença dos amigos. Mas sim encontrar nesse conjunto uma oportunidade enorme de dividir e multiplicar uma experiência que nos fará mais vivos e prontos a dar um próximo passo. Ainda temos muito fôlego, e todos nós, muito tempo. A vida só é curta pra quem não sabe valorizar cada um de seus dias, de suas horas, de seus minutos. Estamos prontos para essa plenitude, e insaciáveis por novos caminhos. Têm sido assim esses dias: de satisfações pessoais, de momentos coletivos, de histórias compartilhadas. Estamos aumentando nossas famílias com o que de melhor essa vida nos oferece: as pessoas. Eu faria aqui uma contagem regressiva, mas certamente ao seu final, uma nova começa. Quem pisa na estrada sempre quer voltar. Afinal, se o mundo dá voltas, por que eu me conformaria em ficar parado?

1 comment

  1. Mel

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