O outro lado

ago
2010
05

escrito por | em Vidinha | 1 comentário

Numa manhã dessa semana o Saulão – amigo e ex-escravo – me contou que a Mari (sua futura esposa) agora também é futura mãe de sua filhinha, Clara. Nos próximos dias, a Agnes e o Denis – cunhados deste que vos escreve – terão a família acrescida do pequeno Lucas. Mais precisamente segunda que vem, dia 9. No início desse ano, foi a Angela que trouxe ao mundo o Guilherme, assim como a Tati e o Thiago trouxeram Alice. E até o final do ano, muito provavelmente, a família Masili deve ganhar sua Mariana, se ela não se esconder de novo no ultrassom e de fato confirmar nossas expectativas quanto à cor rosa do quarto.

Estamos nos tornando aos poucos a geração passada. A maioria já casou ou está casando, e as famílias mudam todo mês. Essas notícias de gravidez aqui e ali fazem a gente ficar com cara de bobo, imaginando como serão as miniaturas dos amigos, irmãos e afins. Mais ainda: o que será quando for a nossa vez? Quanto o tempo custará a passar? Será que estamos mesmo prontos (e será que existe de fato essa coisa de “estar pronto”) ? Mas entre tantas dúvidas, o mais legal é curtir o momento e notar na empolgação de quem está diretamente ligada à chegada dessa molecada todas as mudanças: de humor, dos tipos de preocupação, de responsabilidade, do jeito de levar a vida.

A gente começa a notar o quão rápido as coisas mudam mesmo. Ontem éramos nós jogando bola no quintal, e hoje os antes adversários estão limpando cocô e fazendo papinha. Os pais não estão em casa. É do seu bolso que saem os pagamentos das contas, e nas suas costas estão a responsabilidade de uma coisa chamada família, que magicamente mudou de integrantes, de quantidade e de hábitos.

Crescemos rápido demais. E descobrimos que ainda não sabemos nada da vida.

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