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Hoje jogaram Argentina e Coreia do Sul, e o grupo de Don Diego aplicou sonoros e convincentes 4×1 na seleção asiática. Antes mesmo do jogo começar eu já havia saído de casa, e naquela escolha que todos nós fazemos assim que saímos do banho, eu optei pelo manto azul e branco de nossos hermanos como roupa do dia.

Um grande teste, e para quem me conhece, sabe o quanto eu me divirto com essas coisas.

Sair para almoçar com uma amiga, e passear com tais vestimentas concretizou aquilo que eu já imaginava acontecer: neguinho buzinando, fulano me mandando tomar no cu, gente passando e me mandando “felicitaciones” pela vitória matutina. Até o teste do anão eu fiz, e quando estávamos lado a lado, eu chamei mais a atenção do que o pequeno transeunte.

Gente que passa com cara de incredulidade. E é engraçado isso… porque o sentimento de rivalidade aflora de tal forma durante a Copa que um argentino nas ruas brasileiras equivale a um corinthiano caracterizado passeando nos arredores do Parque Antártica. É provocativo, beira à inconsequência, dada a reação geral. Parece sim que a qualquer momento alguém vai te empurrar escada rolante abaixo.

Com exceção desse período, os outro quase 4 anos de intervalo entre uma Copa e outra causa certo desconforto cada vez mais raramente. A coisa se popularizou, e fica cada vez menos vergonhoso admitir admiração pelo futebol porteño. Mesmo porque difícil é desmentir que parte da passionalidade da seleção adversária seria sim muito bem-vinda na equipe canarinho, que cada vez mais parece um “juntado estrangeiro” sem alma e sem identidade com o país defendido.

Mas se eu disser que em algum momento demonstramos estar com dor de cotovelo, aí sim me jogam pela janela. Então é melhor ficar quietinho…

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