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A Copa na África do Sul é mais uma tentativa de desenvolvimento de um país por meio do esporte. Independentemente do sucesso dessa empreitada (e todo o contexto que a envolve), o fato de levarem o maior evento do mundo ao continente mais fodido do mundo é louvável. Nenhum povo foi (e é) mais abusado, humilhado e maltratado do que o africano, portanto, um pouquinho de alegria não faz mal a ninguém. E todos nós sabemos que pra alegria deles e do resto do mundo, uma galera daquelas está sofrendo repressões que nenhuma emissora de TV ou de rádio mostra nesse momento. Mas tudo é assim, então que seja.

O vuvuzelaço que se ouve no Soccer City nesse momento, enquanto jogam México e os Bafana Bafana, é coisa de gente apaixonada. Pro inferno os que reclamam do barulho (um beijo pra você, Galvão), e da falta de atenção no que se diz respeito a outros assuntos. Copa é sim hipnótica, êxtase coletivo, a igualdade de condições. É onde todo mundo se abraça, e cuja guerra vira placar. Tem uns bestas que acham uma época bacana pra odiar argentinos, franceses, alemães e italianos. Besteira… uma enorme besteira. É onde se vê o futebol mais bonito e a paixão em todas as suas cores. Hora de ficar pirando em análises táticas, em teorias da conspiração e em esquadrões impossíveis. De quatro em quatro anos, as mesas de boteco vêm pra dentro de casa, do trabalho, agregam o mundo. Pra quem gosta da peleja, é o momento maior. Pra quem não gosta, é hora de curtir a festa e brincar de torcedor. Pra uns poucos, fica o azedume de achar tudo isso um saco (mas lamento, nesse país principalmente). Predomina a bagunça, e que delícia é isso…

Que venha um mês glorioso e bonito. O futebol merece.

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