30 dias

maio
2010
05

escrito por | em Apartamento | 5 comentários

Foram-se as férias. Nada parecidas com as últimas, voluntárias e desempregadas, com destino a Buenos Aires. Ambos com suas economias e nada mais. Dessa vez foi tudo diferente, com a Caixa Econômica e a Justiça Federal tomando conta da Debs, enquanto eu tomava conta da casa, com suas várias pequenas reformas, e ajustando nossas vidas à nossa vida. Duas semanas sem carro, duas semanas com carro. O dinheiro foi embora com as necessidades do novo lar, e exercitamos a matemática, de números que devem durar de qualquer forma até 25 de maio. Mas sobrevivemos.

E sobrevivemos bem. Extra-oficialmente, recebemos alguns amigos aqui. Aos poucos, ainda testando o ambiente pro tão esperado (por nós) Open House. Vieram Bibi numa noite de quarta, Japonês e Dani, Talita e Tarcisio nesse último sábado. Todos assinaram a parede, mas as fotos da parede eu não vou colocar não. Ainda. Em breve, e cheinha, ela aparece por aqui. Vieram ainda as famílias. Nossos irmãos e cunhadas conheceram nosso cantinho, bem como a Pimpolhinha, que passou um agradável dia por aqui enquanto minha mãe mostrava o que fazer com aquela compra que havíamos feito (afinal de contas, eu adoro cozinhar, mesmo não sabendo como, e aprender na melhor escola é necessário).

Passamos alguns apertos, mas nos divertimos bastante. Pizzas, sanduiches e queijinhos na grelha, copos de Coca-Cola e Tubaína e uma TV grandona com um filme do bom passando. Nós, esparramados na cama, no pufe com asma, ou no chão mesmo. É muito bom não ter que deixá-la em casa, ou dizer tchau ao final da noite. É muito bom mimar e ser mimado. Prorrogar o sono de sábado. Ruim é ter que limpar ralo, pendurar roupa, passar aspirador, jogar o lixo, jogar comida estragada fora, furar parede, recolher vidro quebrado. Mas vem no pacote, e isso todo mundo sabe.

Foi pouca a gasolina queimada. Pouco trânsito também, o que é sempre bom, mas tudo isso acaba daqui a pouco, quando a vida volta ao normal. Mas das dívidas todas entre nós e com os outros, vamos nos virando bem. Fizemos boas escolhas: de apartamento, de bairro, de pessoa pra partilhar isso tudo. As coisas ainda precisam entrar no prumo, com as finanças voltando ao zero e depois ao azul. Mas é questão de tempo, e de trabalho. Que já recomeçou, mas que volta a valer mesmo amanhã. Enquanto isso, ficam as pequenas memórias, e o desejo de mais dias como esses em breve.

Dos pequenos causos das férias:

A visita do Japonês nos mostrou o quanto é importante exercitar a criatividade no inicio dessa coisa chamada casamento. Quando fomos servir a pequena mineira ao casal, onde está o saca-rolhas? Pois é… das pouquíssimas coisas que não ganhamos ou não pedimos, identificamos uma da pior forma possível: precisando. E aí o advogado oriental lança a frase: “Pega a parafusadeira aí…”. Bem, o resultado segue abaixo…

Você ganha fogão, geladeira e o escambau, mas vai conseguir preparar algo que não seja macarrão, salsicha e hamburger? Ou ainda estrear aquela linda e frondosa panela de pressão? Pois é… o básico só é básico quando fazem por nós. Então, na mais completa humildade, chamei uma ajudazinha necessária pra, durante um dia, explicar o básicão pra que a coisa não ficasse feia. Dali em diante, a melhoria foi contínua, e a habilidade aumentada. Logicamente que ela contou com uma ajudinha extra pra experimentar os ingredientes.

Durante as férias, era esse o cenário mais desejado a ser conquistado: a sala, sem caixas. E depois de todas as histórias sobre bolhas, mudanças e perrengues, conquistamos a paz matinal. Que durou pouco, mas que está aí, prontinha pra começar a registrar uma parte da nossa nova história.

Hora de dormir. Amanhã é dia de branco, de novo.

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  1. Ana Paula
  2. Van
  3. Serginho

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