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Todo mundo com um pouquinho de sensibilidade e um mínimo de bom gosto musical assistiu ao Michael Jackson’s Memorial na tarde desse dia 7, e em algum momento se emocionou, pois não é necessária muita inteligência pra saber da importância da obra desse verdadeiro mito.

O ano que certamente fica marcado por uma das maiores perdas da história da música marca também, numa infeliz coincidência, o aniversário de 50 anos da Motown. E no que vimos naquele que aparentemente seria um evento estrambólico e que se mostrou uma cerimônia das mais sóbrias e tocantes, que foi justamente a celebração da vida do artista por músicas e intérpretes com qualidade incontestável.

O aniversário da gravadora talvez passasse batido, mas revisitá-la no momento em que a revisita da obra de Michael Jackson é feita quase que por inércia, senão uma questão de inteligência, é uma atitude de reverência aos que de fato prestaram um serviço inestimável à história musical desse planeta.

Encontramos em seu esplendor Stevie Wonder, Marvin Gaye, Supremes, Smokey Robinson, Temptations, Diana Ross, Lionel Richie, e claro, Michael Jackson e os Jackson 5, em quase 3 horas e meia da mais pura música. Não música negra. Não jazz. Não blues. Não baladas nem rock. Música, daquela que você ouve sorrindo e presta reverência a quem nasce com o dom de enxergar na vida a poesia que somente artistas desse porte foram capazes de ilustrar em melodia.

Portanto meu amigo, se você assim como eu sente que o mundo perdeu sim muito mais do que um habitante, e para preencher esse vazio recorre à matéria-prima da genialidade musical que nos restou, preencha três horas e meia com esse verdadeiro presente que a vida nos oferece. Música, simples e maravilhosa. E o resto veio daqui: muito pro bem, muito pro mal. E normalmente os adeptos do mal não aguentam mais ouvir falar de Michael Jackson.

Troque o conflito com a mediocridade pela celebração à vida. Ouça.

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