Aos 30

jan
2010
31

escrito por | em Vidinha | Nenhum comentário

Quando pequeno, eu imaginava que seria exatamente nesse momento que aconteceria a divisão entre a vida de gandaia e a formação de uma pesonalidade séria e responsável. Suposição de quem não conhecia a vida, nem como ela funciona. Acabei de sair de um casamento grego divertidíssimo, com três belíssimas doses de Red Label circulando pelo meu sangue a pleno vapor e o primeiro beijo balzaco da minha pequena, que esperou pacientemente por dez minutos com o celular na mão para que quando virasse a meia noite, pudesse ser a primeira a me desejar parabéns. Nada disso fora planejado em momento algum da minha vida.

Assim como a grande maioria das minhas vitórias e derrotas, perdas e ganhos. Assim como todos os que passaram pela minha vida, e ficaram (ou se foram). Notar esse tipo de sabedoria após três décadas, e continuar apaixonado por cada senão que a vida me traz faz desse dia 31 de janeiro – mais um desses – um delicioso deleite que traduz uma única coisa: satisfação. Pois tudo o que me cerca hoje poderia ser sim melhor (sempre qualquer coisa pode ser melhor), mas dentro do que tenho, não há uma vírgula a se reclamar. Minha vida segue gostosamente imprevisível, cheia de sonhos e com a energia acumulada de quem hoje sabe onde investí-la.

Aos 30.

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