Um pouco de povão

jun
2004
29

escrito por | em Brasilidades | Nenhum comentário

Quem nunca assistiu a uma novela que atire a primeira pedra. Até o mais xiita já torceu pelo mocinho ou pelo vilão (neste caso, é dos meus) em alguma trama. A cultura nacional não seria a mesma sem elas, e não sei se isso é bom ou ruim. Apesar de toda a futilidade que muitas vezes cerca esse passatempo do brasileiro, muita coisa boa chega junto quando uma nova história começa.

Modas são ditadas, trejeitos espalhados ao vento, novas formas de falar, de agir, novos apelidos e bordões brotam como feijão em terra úmida. Alguns personagens entram para a história como referência cultural (Odete Roitman, Viúva Porcina, Sassá Mutema são exemplos mais antigos). Enfim, é uma hipnose já estabelecida e consolidada. E por isso mesmo valem duas considerações rápidas sobre o assunto aqui:

1) O CASO LINEU

Até mesmo quem não assistiu à novela ficou esperando o tal do assassino do Lineu sexta-feira passada. A Globo atingiu picos de mais de 80 pontos de audiência (alguém faz idéia do que é isso? É absurdo!). Levando-se em conta isso, não seria legal os caras capricharem um pouco mais na cor do sangue dos defuntos? Cara, todo mundo que foi atingido acabou espirrando groselha!! Foi ridículo!! Hermes e Renato têm sangue mais legal do que o da Globo…

2) ASSASSINANDO HITS

Por que toda novela toca à exaustão as suas trilhas (normalmente, muito boas, mas que se tornam insuportáveis após N execuções!)…? Pela Luz dos Olhos Teus (Vinícius de Morais) foi arregaçada numa novela há um tempo atrás, e agora é a vez da maravilhosa Encontros e Despedidas (Maria Rita) sofrer tal maldição! Não é justo que coisas tão lindas tornem-se insuportáveis ou sejam relacionadas à cara da Marília Gabriela quando as escutamos…

Era isso. Agora já falei…
(e em tempo: a última novela que eu assisti foi Carrosel…)

Comente