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Trabalho entregue, primeira fase concluída. No “vai ou racha”, acabou “indo” apesar das “trincadas” durante o percurso. E eu vou ficar quietinho aqui no meu canto porque se eu abrir a boca pra falar mais sobre esse trabalho é capaz que eu acorde com uma carta-bomba debaixo da minha porta.

Então ao invés de falar dese trabalho, eu falo do Goya, que ontem tive a oportunidade de apresentar aqui no Clube. Rendeu uma boa historinha essa parada… e eu vou contar agora:

Ontem apresentaram aqui no Clube o filme Goya, em um evento que ocorre todo mês, onde além do filme existe um debate sobre arte em paralelo, ao final da sessão. Pois muito bem – assim que vi que passariam o filme, meti o bedelhão e conversei com um “pessoal mais chegado” se não rolava enfiar o site no meio dessa história. Comunicaram à coordenadora do evento, e ela veio falar comigo se eu poderia ceder o site nessa história…

– Ceder o site, tia? E onde eu entro nessa parada?” Eu pensei… Achei estranho aquele papinho mequetrefe, mas fiquei na minha. Passou o tempo, e até a véspera da exibição ninguém veio falar comigo. “Esses caras vão me passar a perna? Nem f****!

Aí Marcelão vai bater um papo com o camarada que ia organizar a parada, e fala “E aí tio, vou poder apresentar o site?” – “Claro!” Ele me respondeu, e daquele momento em diante eu estava dentro. E daí pra frente gravamos o cd, arrumamos a projeção e aguardamos o evento começar.

Qual a minha surpresa ao saber que a tia (aqueeeeela que queria que eu “cedesse” o site) ficou indignada ao saber que eu, o peãozão aqui, ia “falar para o público dela”?? A mulher ficou p***, e eu rindo que nem um moleque… ” – Quis me passar a perna, perua…? Então tome!!

Quando chegou a minha vez de falar para a galera de velhinhos (o mais novo na sessão devia ser a minha mãe, minha convidada especial e a única com quem eu devia me importar no meio daquele monte de gente metida a besta), não é que a tia senta na primeira poltrona do cinema e me manda falar “muito rápido”???

Eu olhei pra ela, pro microfone (sem fio) e pra cabine de som (onde estava o tal camarada que me arranjou a boquinha e que ia navegar o site) e pensei: ” – Rápido né?? Rápido o cacete!!” Falei nuuuuumaaaa booooooaaaa, tranquilamente, e ainda encerrei fazendo o jabá do site (afinal, era esse o meu objetivo nessa joça).

Detalhe importante:
– fui apresentado como “um funcionário do Clube que fez um site…” – vá pra pqp! Peguei microfone e pedi desculpas, mas tive que corrigir dizendo que sou “um estudante de design que faz parte do Grupo 7Monstros – dábliu dábliu dábliu 7monstros ponto com ponto bê érre barra goya, que realizou um trabalho acadêmico que envolveu um estudo initerrupto de seis meses sobre vida e obra de Francisco de Goya“. E vá desmerecer a puta que lhe pariu, perua entojada.

O problema é o seguinte:
estava tratando com esse povo daqui. Aquele mesmo que você vê de manhã nas ruas do Brooklyn e do Jardim Paulista correndo de moletom da Tommy Hilfiger, que tem aqueles cachorros que deixam aquele mar de cocô na rua aqui de trás e que todo domingo vão almoçar no Fasano. Ou seja, UMA CAMBADA DE FRESCO. E pra essa gente, funcionário do Clube é vida inferior, sub-raça mesmo.

Mas é só você mostrar um pouquinho de conhecimento e um inesperado respeito que esses mongos baixam a crista e passam a te… temer (porque respeito é algo que eles não conhecem). Foi o que tive que fazer ontem pra poder sair por cima daqui de dentro. E saí, enquanto desmenti três abobrinhas que outra tiazinha (a que fez a palestra anterior à minha) falou.

É isso aí: você pode nascer rico, mas conhecimento só tem quem vai atrás. E esse povinho é tão medíocre que tudo o que pude fazer após tanta pataquada foi sair de braços dados com a minha mãe antes do filme começar (a tia que estava sentada ao lado da minha mãe, após notar que era ela a mãe do “funcionário”, simplesmente levantou e foi sentar do outro lado – eles têm nojo dos “menos favorecidos” mesmo…), orgulhoso de que aquela platéia que me aplaudiu levou um tremendo “cala a boca”, e que a verdadeira platéia a quem fiz minha palestra express (ou seja, minha mãe) estava saindo de lá de alma lavada após aquele monte de velha nojenta olhar de lado pra gente.

Pra eles, meu muito obrigado pelos aplausos e uma risada bem sarcástica… ahahahahah!

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