Os sons de Buda

jan
2009
20

escrito por | em [Viagem] Argentina 2008/2009 | 1 comentário

26/dez/2008 – dia 1
Centro, Buenos Aires

Resolvemos voltar ao hotel, pra tomar aquele banhinho revigorante pós-viagem, e nos prepararmos para o show do Buddha Sounds (23h30). O primeiro estranhamento ocorreu justamente com essa questão de horários. Em Buenos Aires, anoitece entre 20h30 e 21h, o que te faz crer que o início de noite já está bem próximo do meio.

Enfim. Saímos no hotel, e seguimos via Avenida Santa Fé em direção ao centro. A noite em Buenos Aires é das coisas mais tranquilas e gostosas de se passar. Mas aí você me pergunta: “Ué, mas toda a emoção da viagem ficou por lá, nos primeiros textos?”

Claro que não, pois enquanto caminhávamos pela Santa Fé, algum candanguito criado pela avó com leite morno de burra tacou um balão d’água que caiu exatamente na nossa frente, e sabe-se lá por quê tivemos o reflexo de darmos um pulo ridículo de uns 10cm pra trás quando o maledeto do balão passava pelas pontas dos nossos narizes. Tirando uma das barras da calça da Debs, nada mais se encharcou (e logicamente, durante o resto da viagem à noite eu passava por aquela avenida olhando para frente E para cima).

Salvos e secos, chegamos ao ND/Ateneo. Uma galera emo bem conhecida (aquela que fica às sextas empesteando o metrô Consolação) se aglomerava em frente à entrada. Era o final do show da Adicta, e enquanto os astros infanto-juvenis não tirassem seus brinquedos do teatro o Buddha Sounds não podia começar seu show (bizarro, mas é assim mesmo).

Nos juntamos às outras 10 pessoas que já estavam na fila para entrar. Pouco depois, a Adicta saiu, sendo idolatrada pela platéia da Eliana portenha. No cartaz, eles já eram feios. Ao vivo, a coisa piorava bastante. Mas o pior de todos era aquele filho de Nicodemus (o último da direita), que é exatamente esse cocô de corvo aí da foto. Chuta que é macumba.

Calma estabelecida, entramos no teatro (que me lembrou muito aqueles teatros pequenos que existiam próximos à Estação da Luz no que se diz respeito ao tamanho). A arquitetura, pra variar, fazia a diferença. Cadeirinhas velhinhas, mas um lugarzinho ajeitado. Quinze minutos depois, estava tudo lotado. Acomodados e tranquilos, presenciamos isso aqui:

Gravado no mesmo dia, e praticamente na mesma visão que tivemos…

Essa também foi no ND/Ateneo, um ano e meio antes e com qualidade e ângulo melhores

Eu gostei bastante – do lugar e da música, uma vez que o BS deixa o eletrônico de lado nos shows pra tocar com banda, e com diversas vocais, todas excelentes, fora as performances de dança que também são bem bonitas. Show pra sossegar e relaxar – mas pra gente que estava BEM cansado do corre-corre durante todo o dia, o final do show foi aguardado com ansiedade após à 1h. Volamos para o hotel à pé, ainda achando que estávamos abusando da sorte – coisa que, durante a viagem, mostrou-se infundada, e as caminhadas noturnas continuaram acontecendo com receios cada vez menores.

O primeiro dia, enfim, acabou aqui.

P.S.: e se você ficou curioso pra saber quem é a tal banda dos bichos feios que eu tão enfaticamente desci a ripa, receba este brinde com todo o carinho e ironia que esta casa oferece, e veja se o negócio não é ruim por completo:

Convencido, cabrón?

1 comment

Trackback e pingback

No trackback or pingback available for this article

Comente