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Lembrando que meu último (e primeiro) blog teve como função inicial servir de divã para minhas amarguras, vejo que este vai pelo mesmo caminho. Nenhum problema, diga-se de passagem, afinal de contas cada pessoa escreve por motivos diferentes. O meu, notoriamente, é ofender a imbecilidade alheia.

Hoje a Leleka começou a trabalhar aqui, no lugar do Daniel (pra quem não sabe quem é Daniel: entre aqui ou aqui; pra quem não sabe quem é Leleka, entre aqui). De manhã fiz as honras do Clube, expliquei os funcionamentos, regras, padrões e pataquadas do nosso trabalho, enfim. E nessas horas, a intenção de qualquer cara que está há 5 anos num mesmo lugar é tentar mostrar a quem acabou de chegar os encantos e porquês de se estar há tanto tempo nessa vida. Aí, ao voltar ao escritório, nota-se que bloquearam o acesso ao Gmail.

Ah meu, faça-me o favor, sabe?

E eu bato o pé e insisto nessa merda desse assunto: ensinar o que não se fazer ninguém ensina. Mais fácil proibir e falar que é errado e prejudica. Claro que já encontramos brechas pra suprir a falta desse bloqueio (assim como fizemos com tantos outros, e sempre que houver uma nova censura haverão também outras dez portas abertas, pois é assim que esse mundo virtual funciona), e o tempo que perdíamos antes hoje é perdido em dobro, por dificultarem esses canais de comunicação, que tornaram-se parte da rotina de qualquer cidadão metropolitano desta época, assim como ler um jornal ou tomar café.

O que me deixa PUTO não é o quê foi bloqueado, mas sim a maneira como isso ocorre. E eu fico aqui, idiota que sou, me perguntando até quando teremos que aturar os censores chucros que acham que proibir é melhor que educar. Em que época da História essas pessoas nasceram? Já se viu algum tipo de censura dar certo? Temos hoje uma China de gente alienada e reprimida, tivemos uma ditadura de gente desaparecida até hoje, assim como países divididos e outras palhaçadas ridículas e cruéis. Estou exagerando? Exagerando o cacete – censura é tudo a mesma merda, e eu detesto quem me impede de me expressar. Odeio quem não me pergunta o que eu faço antes de arrancar as minhas ferramentas. Acho um absurdo gente inteligente concordar com isso.

Mas isso tem muito a ver com vaidade, e gente vaidosa nesses níveis é gente mal-amada, que no fim das contas vai acabar casando com o próprio umbigo e enterrando todos os ex-amigos antes de morrer na solidão. Afinal de contas, bloquear a liberdade dos outros aprisiona o carrasco na torre, devido à fúria da multidão. E boa sorte na queda ou no fogo.

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