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Foram quilos de roupas: camisetas de banda, camisetas furadas, camisas-pólo (que alguém algum dia insistiu em me dar), alguns blusões, um par de tênis, outro de sapato, umas 4 calças, duas bermudas, roupa de cama, uma pochete (sim, eu já usei pochete), duas caixas e meia de revistas, e mais um tanto de quinquilharias. Cada vez que entre as minhas resoluções domésticas existe um ítem chamado “limpar quarto”, é bom reservar um container. Ganhei um novo módulo livre de armário, só pra variar.

Lembro muito bem que foi este um dos primeiros posts do meu blog, que terminava dizendo que uma grande renovação é necessária, num intervalo de mais ou menos 5 anos. Coincidência ou fato, faz cinco anos que escrevi o tal post e a necessidade de jogar fora boa parte das coisas acumuladas nesse período me faz crer que quem teorizou isso estava coberto de razão – e com o saco muito cheio, assim como eu.

A sensação de que um metro passa a valer um quilômetro é instantânea. Tem-se mais espaço pra descansar, curtir, pensar e viver. Algo como construir uma nova escada, ou abrir uma nova porta e dar de cara com uma enorme sala vazia, paredes brancas. Liberdade de poder sonhar as novidades longe das âncoras que vez ou outra atrapalhavam a evolução de um impulso, e facilitavam a vida da preguiça. Somos mesmo acomodados, guardando bloquinhos, calendários, chaveiros quebrados, canetas que não funcionam e cuecas sem elástico.

A rinite que se vire com tanta poeira. Um vez que sobe e a sujeirada aparece, ou ganha-se espaço ou perde-se tempo. E neste momento, o espaço aqui é grande, confortável e pronto a receber o que vem pela frente. Fica o essencial, pra ser cultivado sem as ervas daninhas de antes.

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