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A situação política de um país que reelege Paulo Maluf, Fernando Collor e Antonio Palocci é extremamente preocupante. Uma corja de caras-de-pau, um povo ignorante, sem perspectiva e conivente, uma imprensa tendenciosa e uma Constituição que há muito precisa ser revista – uma vez que foi pensada a funcionar num contexto parlamentarista, e não num país de regime presidencialista.

Não isenta-se ninguém da sujeira, bem como não aplica-se o conceito do político imaculado. Não é de total culpa a eleição de pilantras por um povo desesperançoso e com necessidades das mais graves e de caráter além do emergencial, como educação, condições básicas de saúde e alimentação e desemprego em massa, mas não isenta-se o completo desinteresse e falta de um mínimo de discussão e discernimento da realidade, além de motivos mais do que estapafúrdios para a escolha de seus candidatos. Some-se a isso uma imprensa jamais contestada e sempre apoiada, tida como única formadora de opinião e que dita as leis e procedimentos a serem tomados por todos, e teremos um quadro bizzarro como o configurado nessa madrugada.

Impossível discutir os resultados independentes de uma democracia estabelecida – e que bom que ela existe, para que possamos mudá-la sempre que quisermos. Mas esse desejo de mudança parece muito distante do resultado das urnas. Exemplifico nos três nomes lá em cima, mas cada um que represente pra si e naqueles que ojeriza essa insatisfação, que eu tenho certeza, não é só minha.

Depois não adianta reclamar que o país não vai pra frente.
Muito menos pedir ajuda a Deus.

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