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Um apanhado geral sobre a temporada 2008 de Formula 1 – falando de pilotos, equipes, desempenho e resultados. Sim, porque eu gostei de falar sobre o assunto por aqui e pretendo fazer isso com mais frequência a partir do ano que vem. Ilustrei com fotos para os menos entendidos terem uma visualização mais simplificada. Vamos lá:

FERRARI – em relação ao carro, creio que houve sim um avanço quanto ao modelo de 2007, que apesar da velocidade, variava demais de pista pra pista. As variações diminuiram, e por consequência o que fez a diferença de fato foram os pilotos. Quanto à organização, que falta faz o Jean Todt. Massa que o diga.

Kimi Raikkonen – Decepcionante. Inferior ao companheiro de equipe sempre que estiveram em condições semelhantes. Muito pouco para um campeão mundial, lembrando a apatia de pilotos como Damon Hill.

Felipe Massa – Aos que duvidavam dele, a resposta foi dada com o vice-campeonato. Porém, se precipitou no início da temporada e perdeu pontos que lhe dariam o título ao final do ano. Depois das duas primeiras provas, foi impecável dos treinos à corrida. Concorre ao título em 2009 com toda a certeza.

BMW – Vinha bem até o GP do Japão. Depois sumiu, o que é inaceitável para uma equipe que está a um passo de se tornar grande. Esse passo está para ser tomado já faz dois anos, e esperar mais um pode fazer dela a nova Jordan. Ou evolui de vez em 2009 ou vira eterna promessa.

Nick Heidfeld – Consta, e nada mais. É um bom segundo piloto, mas mesmo pontuando quase sempre, nunca ameaça.

Robert Kubica – Pilotásso. Técnico, maduro e muito rápido. Se a BMW não colocá-lo na briga, eu creio que alguma outra equipe o faça em 2010. É dos talentos mais evidentes dessa nova geração.

RENAULT – Flavio Briatore não é bobo, e o carro surpreendeu a todos, apesar do início de temporada pífio. A evolução foi rápida e constante, e ao final do ano mostra-se uma das potenciais equipes a ascender em 2009. Ainda deve figurar entre as promessas, mas com chances reais de roubar pontos preciosos de Mclaren e Ferrari, com mais frequência do que já fez este ano.

Fernando Alonso – É bicampeão mundial, e faz por onde. Ao contrário de Raikkonen, mostra o quanto sabe espremendo tudo o que o carro pode oferecer, e dando seu tempero. Eterno candidato ao título, e se o carro evoluir ainda mais briga ano que vem.

Nelsinho Piquet – Primeiro ano bisonho. Tem a cruz de viver sob o nome do pai, que é gênio, e correr ao lado de outro talento – ou seja, vai pagar pela herança genética e pela competição interna inevitavelmente. O primeiro ano de Massa também foi medíocre. Mas ao contrário de Felipe, não aparentou nenhum tipo de evolução. Pode virar abacaxi, assim como Christian Fittipaldi em outros tempos.

WILLIAMS – É a nova Lotus. Vai sumir daqui a alguns anos se nada for feito imediatamente. Difícil fazer uma análise de uma equipe que só anda lá atrás.

Nico Rosberg – Surgiu como promessa, e tem talento. Mas guia um calhambeque.

Kazuki Nakajima – Esse, espera-se que NÃO siga a herança genética. Aparentemente compromete menos do que muitas moscas verdes que habitaram os cockpits mais baratos da F1 nos últimos anos, principalmente na falecida Minardi. Mas não dá pra esperar muita coisa.

RED BULL – Encabeça o pelotão intermediário. Dinheiro não falta, e sabe-se que onde a empresa coloca o dedo brotam dólares. Mas precisa de pilotos mais competentes, porque com os dois playboys de 2008 foi figurante…

David Coulthard – Fez o dele. Ou seja, divertiu a audiência. O bobo da corte deixará saudades.

Mark Webber – O “Mr. Treino” nem nisso impressionou este ano. Continuará na F1, e quando sair ninguém sequer vai notar. E esse cara já foi disputado por equipe grande, correu na Williams quando ela ainda andava lá na frente, mas…

TOYOTA – É a que está um passo atrás da BMW, ou seja, não é grande, mas que pontua mais do que as médias. Entretanto, eu creio que isso se deva à regularidade de seus pilotos – que também são médios. Enfim, não emociona. Mas rouba uns pontinhos que fazem diferença. E às vezes, decidem campeonatos.

Jarno Trulli – Um cara rápido, que na minha opinião merecia dividir o cockpit da BMW com Kubica. Tem talento que está um pouco além do carro – e se o carro melhorar um pouquinho, quem sabe ele não belisca uns pontinhos a mais?

Timo Glock – Mais um segundo piloto. Azarão, e nada mais.

TORO ROSSO – Olha… se continuar com o motor Ferrari e com o Adrian Newey projetando esse carro, corre o sério risco de roubar assumidamente o lugar da co-irmã como equipe principal. Vai incomodar MUITO em 2009 se evoluir como vem evoluindo.

Sébastien Bourdais – A prova viva de que campeões da Formula Indy não valem nada na Formula 1 se não tiverem um carro bom. Nenhum deles sabe como desenvolver um carro. Aos poucos, tornam-se cada vez mais reclamões e medíocres. Né, Villeneuve?

Sebastian Vettel – Fez pole, ganhou em Monza na chuva de ponta a ponta, e ultrapassou Hamilton também sob chuva a 3 voltas do inglês ganhar o título em São Paulo. Não precisa dizer mais nada. Já está batizado, e vai pras cabeças muito em breve. É aposta.

HONDA – É o São Caetano da Formula 1.

Jenson Button – Um talento desperdiçado.

Rubens Barrichello – Ainda beliscou um pódio com essa ximbica. É o Riccardo Patrese dos novos tempos, sem dúvida. Foi um azarado, e assim será até sair da F1. E eu gosto dele correndo. Falando, já são outros quinhentos…

SUPER AGURI – Fuéééééééééé…

FORCE INDIA – É uma equipe engraçada. Onde não falta dinheiro, e os pilotos dão pro gasto. Pro ano de estréia, andou por diversas vezes na frente da Honda (que marcou 14 pontinhos) e mesmo assim não pontuou. Só por sobreviver ao circo, deve crescer em 2009. Mas não muito.

Adrian Sutil – Faz número.

Giancarlo Fisichella – Fará o papel de lombada, deixado por Coulthard. A sua maior qualidade é atrapalhar os outros, e como toda competição que se preze precisa de um jogador trapalhão, é sempre muito bem-vindo.

MCLAREN – Roubar os segredos da Ferrari fez bem à equipe, que aprendeu a fazer um carro mais constante (e que não quebra). Foi mais competente que a Ferrari nos boxes (contrariando a História de ambas as equipes), e vai muito forte pra 2009.

Lewis Hamilton – Campeão com méritos. Constante e bem mais equilibrado do que em 2007, ainda proporciona emoções de sobra ao torcedor inglês. Mas quebrou a maldição de 2007, e agora a responsabilidade é de campeão – diferente, talvez mais leve, mas mesmo assim muito grande. Não creio que obtenha metade dos títulos de Schumacher, mas será sim campeão mais vezes. Um excelente piloto.

Heikki Kovalainen – Mas pode chamar de Gerhard Berger também.

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