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Chegamos à derradeira semana. As eleições acontecem domingo, e eu não vou comentar especificamente sobre o estado das coisas (imagino que os interessados no assunto tenham tido bastante tempo pra pensar o que fazer da vida, e os não-interessados se ligado que novamente terão que aguentar aqueles que gostam da coisa lá em cima – eu já tive minha idéia do que fazer sobre o assunto e o futuro mostrará os resultados). Vim aqui fazer um protesto. Sim, um protesto.

Porque se tem coisa que me irrita é gente mal-educada. Me irritam os radicais xiitas. Me irritam os inflexíveis, e – agora sim – me irritam os pragmáticos. Pessoas que ao ouvirem falar de política, não interessa se pro bem ou pro mal, torcem o nariz e mostram-se completamente contra o assunto e seus interessados, discordando de tudo pelo simples prazer de aparecerem batendo o pé e dizendo “essa merda não tem mais jeito mesmo, e eu quero que tudo se foda”.

Queridos amigos: a surdez e a cegueira culturais são vírus altamente destrutivos, mas curáveis. Essa bitolagem imbecil dos descrentes de plantão normalmente não acompanha sugestões de crescimento. Se não pode construir, não critique – já diria Pai Mei ou algum de seus irmãos bastardos. Eu não agüento mais ter que ouvir os pregadores do voto nulo insistindo em suas convicções umbiguistas (e por diversas vezes infundadas) sobre os rumos do Brasil, o caráter (ou falta dele) da classe política e da ignorância popular. Gostaria de saber quais desses “exemplares cidadãos” tomarão algum tipo de atitude depois das eleições, já que antes dela não temos mais tempo.

Eu me recuso a acreditar que dentre os milhares de candidatos atuais absolutamente todos sejam corruptos. Da mesma forma que sempre encontramos exceções às regras, não seriam os Poderes deste país locais onde unanimidades cruéis como a que nos desilude a votar nos próximos dias aconteçam. Certamente foi mais fácil para esses a quem me refiro criticar a coletividade do que buscar uma opção perdida no meio de tanta sujeira. Pois muito bem, meus senhores:

– A bagunça vai acontecer daqui a pouco.
O que eu pergunto é: e agora, o que faremos todos nós?

Até Cristo já abriu os braços pedindo ajuda. Alguém se habilita?
(Ou continua mais fácil continuar descendo a ripa?)

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