escrito por | em F1 | 2 comentários

Mas dessa vez, nosso irmão germânico tem o nome de Timo Glock, também conhecido como mais um ali no meio, ou . E não adianta a gente chorar dessa vez, pois ele faz parte de uma equipe medíocre – a Toyota, que não emociona nem incomoda em 99% das vezes – que teve uma estratégia medíocre de andar com pneus lisos em asfalto molhado.

E Glock, bancando a Lu Patinadora, arremessou o troféu do Brasil pra Inglaterra a duas curvas do final da corrida. E quem torcia e se esgoelava torcendo pro Massa trazer o caneco pra cá passou da alegria aos palavrões instantaneamente.

Sorte de Hamilton, da McLaren, enfim. E não adianta a torcida brasileira (engrossada nessas últimas provas por uma euforia sobre o possível título de Felipe Massa em casa – fato que quem sabe poderia reacender a paixão do brasileiro pela Formula 1, e não deixá-la restrita a nós, fanáticos) reclamar de Timo Glock, o andarilho. Jogar a culpa no vizinho, até aquele momento inofensivo (e que diga-se de passagem, estava na dele e fez a corrida pra si mesmo até o momento que representou involuntariamente todos os que torciam pro Massa, pra Ferrari ou contra o Hamilton), é moleza. A equipe britânica foi sim mais competente durante o ano todo, e não cometeu as presepadas da Ferrari, principalmente nos GPs da Hungria e de Cingapura. Felipe Massa fez nas duas primeiras provas do ano o que Hamilton fez nas duas últimas do ano passado. Ambos pagaram caro, cada qual a sua hora. E coincidências do destino ou não, ambos perderam o título por 1 ponto ao final da temporada no GP do Brasil.

Claro que eu, brasileiro, ferrarista e Piquetista, estou espumando de ódio do Glock, e achando até que o Ron Dennis bateu um gancho lá nos boxes da Toyota na penúltima volta, oferecendo uma mala preta pro Glock “esquecer” de acelerar na Junção. Foi uma das vitórias mais frustrantes da História do automobilismo, ao menos pra nós, que vivemos ainda à sombra da morte de Ayrton Senna. A corrida em si foi um porre, e emoção mesmo só rolou durante a largada e nas últimas 5 voltas. Mas o título foi pro moleque que passou de promessa a realidade em simples dois anos. E como dizem por aí, para um campeão são necessárias três coisas: competência, oportunidade e sorte. Hamilton adquiriu a terceira ao deixar o título escapar ao final de 2007. E eu acho, Massa adquiriu a mesma coisa hoje. Para talvez, nos presentear em 2009.

E torcida, com certeza, não vai faltar.

————————————————————————————————————

P.S.: Lembram do Coulthard? Alguém duvidava que o final da carreira dele seria assim?

Pois é. Nem eu.

2 comments

  1. Nash Buragina
  2. Serginho

Trackback e pingback

No trackback or pingback available for this article

Comente