Arquivos da categoria "‘Música’"

fev
2006
16

escrito por | em Música | Nenhum comentário

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É o Carnaval dos sonhos de qualquer rockeiro: em menos de 4 dias, duas das maiores bandas de todos os tempos em megashows, ambos transmitidos ao vivo pela maior emissora do país. Um totalmente gratuito, e talvez por isso provavelmente invisível de outra forma senão por mega telões dispostos pela praia de Copacabana. O outro, com preços extremamente altos e uma desorganização absurda, cuja (tentativa de) venda o colocou entre uma das maiores presepadas da história da música pop em todos os tempos.

De qualquer forma, eu vou nos dois. Sim, porque eu já assisti aos Stones (esse é um ótimo motivo), e porque eu ainda não assisti ao U2 (um motivo melhor ainda). Ah, e claro, porque eu amo o Rio de Janeiro, sinto saudade das pessoas de lá, e também porque a Bambinera é do lado de casa – e nada melhor do que “perder” um dia de trabalho pra assistir um show desses.

Em 1998, num intervalo de três meses, ambos tocaram por aqui: o U2 no dia do meu aniversário e os Stones dia 13 de abril, se eu não me engano. Lembro muito bem que optei pelos Stones por dois motivos óbvios: a Pop Mart Tour do U2, na minha opinião, era muito inferior (tanto no repertório quanto na produção – e não tentem entender meus parâmentros, fãs xiitas da banda) à ZooTV; e porque na época eu tinha 18 anos, e economizava dinheiro do almoço pra comprar um dos dois ingressos – e pensando naquela época em quem teria maiores chances de morrer primeiro e nunca mais voltar, por motivos óbvios escolhi os Stones. Não me arrependi. Afinal, quem abriu o show dos caras foi o Bob Dylan, que em seguida deu canja em Like a Rolling Stone durante o show dos velhotes. Coisa que só brasileiro e argentino viu. E pensar que lá fora os Stones já deram canja com o Justin Timberlake… isso sim é não ter critério. Aqui o tio Mick, além dessas peripécias, ainda comeu a Lulu Gimenez na pia. Deu a ela um programa de auditório, fama nacional e ganhou o coração dos tupiniquins. Ê cara legal esse.

Já tio Bono gravou um clipezinho no Rio, usou aquela camiseta do Bomberman e fez um belo show também. Mas entre “Pop” e “How To Dismantle…”, acho que acertei no show. Dessa vez não existem aquelas cores todas, o tal limão gigante e o The Edge vestido de cowboy (meus olhos agradecem). U2 tocando rock é sim uma puta banda. Mas as parafernálias visuais eu deixo pro Cirque Du Soleil. Prefiro os caras de preto, óculos e tocando seu som, que ninguém precisa dizer que é pra lá de bom.

Passado o stress, objetivos alcançados, é hora de aproveitar e curtir. Pra quem sempre detestou Carnaval, esse mês de fevereiro promete ser memorável. Ah, e barulhento – mas sem aquelas viadices de recuo de bateria, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente e comentários da Leci Brandão. It’s only Rock n’ Roll, but I like it. So, Walk on…

(Os links do texto são muito legais – se eu fosse você, clicava em cada um deles. Além disso, sempre dá um puta trabalho fornecer algum material extra pra vocês se deleitarem. Portanto, demonstrem gratidão e prestigiem, faisfavô…)

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Se sábado você, caro amigo, já tem UM ÓTIMO PROGRAMA PRA ENCARAR, domingão é dia da histeria coletiva indoor parte 2. Depois de baixar um pouco a dor e a raiva da decepção do dia 20, provavelmente faremos uma mobilização coletiva pra tentar a façanha de encarar o maledeto do show do U2. Logicamente, mesmo puxando forças de onde sabe-se lá onde pra fazer a loucura proposta pela (des)organização do show, o maldito Pão de Açúcar me solta um folder desses nos jornais de hoje, só “pra nos animar ainda mais”:

Vocês não sabem o ódio que me dá ver um maldito velho com as entradas na mão e o sorriso na cara. Mas podem ter certeza de uma coisa: se rolar minha presença nesse tal show do dia 21 e eu vir algum velhinho na fila, intoxico um por um com lactopurga, EU JURO!

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Então Alex vê o velhinho jogado no túnel. Encara, momento ultraviolence, raiva nos olhos, dirige-se ao indefeso senhor e espanca-o sem a menor piedade. Os chutes não miram absolutamente nada além do velho homem. O prazer transborda de seus olhos, e ele ri compulsivamente.

Substitua o túnel úmido por uma fila gigantesca, e um calor de mais de 30°C. Não existem sombras, não existe vento, não existe nada senão o asfalto fervendo, a poeira e a fumaça de milhares de automóveis. Durante nove horas seguidas, essa parece ser a paisagem do inferno na Terra. Pessoas ensopadas de suor, absolutamente violentadas pelo sol, queimando dentro de roupas que em nada têm a ver com aquele ambiente, uma vez que estamos falando de uma segunda-feira, e todos os que têm algum tipo de emprego e de certa forma conseguiram alguns minutos para estar ali se negavam a acreditar que tal situação fosse possível. Era.

Portas fechadas. Velhos e mais velhos (perdão, mas meu nível de educação hoje não permite chamar um velho de idoso, tal a cara-de-pau dos que estavam na fila: aquilo mais parecia um show do Ray Conniff) plantados na porta, invadindo espaço de pessoas que haviam dormido no meio daquele pântano ressecado.

Privilégios da idade? Com todo o respeito (pensando bem, respeito é o cacete!), quero ver qual desses desgraçados estará colado na grade, carregando seus netos bastardos nos ombros e gritando “Bono, eu te amo!” dia 20. Junte-se a eles os folgados que superlotaram os lugares da frente e deixaram a fila cada vez maior, mesmo chegando depois do meio-dia. Os otários (eu e mais uns 30 mil só nesse lado da cidade) continuavam a lentamente adquirir seu câncer de pele.

Drástico, não é? Que tal juntar a essa epopéia o fato de NINGUÉM passar com algum tipo de ingresso na mão pela nossa frente? Ou melhor: as portas daquele CHIQUEIRO do Pão de Açúcar não abrirem durante essas mesmas nove horas? Pior? Nenhum dos retardados mentais que organizaram essa merda saberem informar porríssima nenhuma sobre qualquer coisa? Eu disse: QUALQUER COISA! Ah, mas eles são pagos pra ficarem lá, tentando explicar o que não sabem, não é? FO-DA-SE! Organização, cast da banda, Pão de Açúcar, Siemens, Ticketronicks: um bando de incompetentes malditos! E nós, paspalhos espalhados pela cidade, bem que poderíamos integrar uma nova geração do Circo Vostok, com burros, antas e muitos palhaços e bobos.

O que de fato importa é:
– passamos 9 horas numa fila em que:
– as pessoas respiravam fumaça de escapamento:
– e que não tinha uma maldita sombra, e
– não vimos a cor de um ingresso;
– ouvimos trocentas desculpas das mais estapafúrdias, e
– teríamos que nos contentar ao fim da maratona com:
– uma senha anotada a lápis, que nos obrigaria a
– voltar ao inferno nessa terça.

Então eu digo:
– SHOW DO U2 É O CACETE! ENGULAM ESSA BOSTA!

Se me derem uma entrada, muito que bem. De graça eu pego até ônibus errado (mas essa fila eu não pego NEM FODENDO). E se é pra tomar sol, que seja na praia, antes dos Rolling Stones. Rio, provavelmente estaremos aí de novo em fevereiro.

P.S. 1: Quer mais indignação? O Klein estava comigo e não me desmente.

P.S. 2: Só eu que NÃO CONSIGO ouvir U2 desde ontem, e quando isso acontece, dá um nó na garganta, e um misto de frustração, derrota e ódio iminentes?

P.S. 3: “Sunday Bloody Sunday” poderia ter sua letra alterada numa possível adaptação tupiniquim, depois de ontem. Nada mais justo.

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Seria difícil escrever um texto essa semana. E eu tenho que escrever – pra cá, e pra coluna que eu tenho todo mês na WWW. Ainda existe uma certa correria, já que algumas muitas miudezas devem ser cumpridas (prazos inadiáveis desta semana, antes que eu enfim possa dizer que estou tendo dias de paz).

Mas fato é que seria impossível não escrever uma linha hoje sobre o fantástico show do Pearl Jam em SP neste último sábado. Sim, porque ao menos pra mim, “a coisa” foi tamanha que ofuscou inclusive o tetracampeonato do Todo Poderoso Timão no domingo. O espetáculo dos caras de Seattle foi muito além de um estádio cheio e a euforia de uma primeira vez.

Felizes fomos nós, ao poder assistir um show num horário decente (19h30 às 21h30, e todos voltam pra casa com direito a pizza e uma bela noite de sono em seguida: um horário muito bacana esse), mesmo com a confusão causada pelos velhinhos-enxaqueca dos arredores do Pacaembu. Provavelmente, frustrados sexualmente e sem dinheiro pro Viagra. Pobres coitados…

Absurda a qualidade do som, o repertório, a organização, enfim… quem via aquele palco mequetrefe não tinha noção do tamanho do estrago que os cinco caras que subiriam ali fariam. Mas o que pegou de fato nem foi tudo isso. O que rolou de mais legal foi comprovar que aquele carisma e empatia que a banda tem com seu público de fato existem. E COMO EXISTEM! Tratando os fãs na língua local, tocando repertórios muito diferentes em cada um dos shows, armando surpresas, não economizando nos bis (sim, porque foram dois, e bem recheados)…

Certamente muito já se ouviu e muito ainda se falará sobre cada um dos shows do Pearl Jam. No Rio, em Porto Alegre, Curitiba ou aqui em São Paulo, cada um com sua cara e “seus detalhes memoráveis”. Não existe melhor coisa do que você participar de algo sem esperar muita coisa, e se surpreender MUITO positivamente após presenciar o que rolou. Era apenas mais um show. E acabou tornando-se “apenas” histórico.

Espero que eles voltem logo.

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…deixo duas imagens de uma imensa alegria:

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E pra galera que quer se organizar e ir junta nesse PUTA show, montei uma comunidade no Orkut pra gente dividir nossos pertences.

Cliquem aqui e se cadastrem – e vamos nessa!

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Agora eu acredito.

Alguém entende…?

set
2005
15

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O Marcelo D2 vai fazer um show aqui no Clube.
Uma das exigências do cara pro camarim:

– UM CARTAZ DE “É PROIBIDO FUMAR”.

Aí eu te digo: Ahn???

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Uns com tanto e outros com tão pouco…

Se tem uma coisa legal pra você fazer na sua vida é ir a shows. Eu tenho esse costume há 13 dos meu 25 anos, e ontem (sexta) mantive o hábito, comparecendo no “Arena Skol – Anhembi” pra assistir duas das bandas que me fizeram gostar de rock quando era moleque: pra ser bem sincero, o Whitesnake que foi de fato o responsável por isso. Mas o Judas Priest foi um toplist em épocas de metaleiro, que eu também já vivi.

A começar pelo local, eu sinceramente não entendo como a Skol emprestou seu nome a esse verdadeiro quintalzão. Meu primeiro show (quando eu tinha 12 anos, em 1992) foi lá também. Quando o Guns tocou no longínquo 10/12/92 no mesmo lugar, onde hoje é a concentração do agora sambódromo paulistano (que sequer existia na época, e eu assisti ao show nos ombros do meu pai debaixo de uma PUTA chuva), era o mesmo lixo: um terrão cercado de árvores e cuja qualidade de som ainda deixa muito a desejar. Pra que se tenha idéia, o lugar fica ao lado de um hospital, e muito próximo a um hotel de Flats… show de bola, não é? Fora que se você se pendurar numa árvore próxima dali, assiste de camarote ao que os caras do camarote (de verdade) pagaram 150 pila pra ver. Sem comentários…

Outra idéia de gênio foi marcar um show pra começar às 19h em uma sexta-feira, ainda mais em São Paulo. Dá pra melhorar? Claro que dá – ao lado do show estava acontecendo uma feira de cosméticos! Conclusão: chegar ao Anhembi tornou-se uma verdadeira via crucis. Mas o metrô acabou sendo a melhor opção mesmo, e um taxizinho rápido nos permitiu assistir ao Whitesnake a tempo (sim, o Angra nem rolou, mas até aí dane-se…).

E mesmo com um setlist equivocado (sem Guilty Of Love e Now You’re Gone), o tio Coverdale arregaçou. Não esperava que os velhinhos do Whitesnake estivessem tão em forma. Mas foi engraçado notar que solos acrobáticos de guitarra e bateria já não me cativam tanto. E pra um show de abertura, poderiam perfeitamente tê-los substituído por mais uma musiquinha. Afinal, foi só uma hora de show… mas foi foda mesmo assim.

Quanto ao Judas, um belo show. Mas vi que minha época de metal passou. Tinha uns caras de jaqueta jeans e boné (!!!) na minha frente que estavam tocando guitarras virtuais e cantando em microfones virtuais, enquanto se abraçavam feito dois idiotas, naquele jeito meio assexuado que todo roqueiro de butique tem quando vai parar num show. Uma coisa estranha ver aquilo, e perceber que talvez quem estivesse fora do contexto ali fosse eu…

Aí o Judas tocou Electric Eye e pouco depois tocou Breaking The Law, e eu vi que fora de contexto é o cacete, que os caras eram uns lorpas mesmo e que tachinhas pregadas ainda são legais. Foi um show bem bacana, e mesmo que eu não tenha mais o mesmo amor pelo demônio, caveiras e cadáveres, os caras mandaram bem pacas.

Bom, eu preferia que o Judas tivesse aberto o show do Cobra Branca – teria sido MUITO mais legal… Ah, e pra quem perdeu, pode tentar se redimir assistindo aos fantoches do Slipknot (máscara por máscara, que saudade do bom e velho Kiss). Ou pior ainda: prepare seu Kisuco de morango, seu lanchinho Mirabel, sua mochila da Eliana, sua luvinha listrada e sua meia-calça furada, pinte os olhinhos de preto e vá ao Pacaembu dia 25 assistir à desnutrida da Avril Lavigne. Eu ainda fico com a velha guarda…