escrito por | em Faculdade | Nenhum comentário

No século passado, as crianças nas escolas de grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Macapá recebiam suas provas, comunicados e desenhos para colorir impressos em mimeógrafo. Tá, você não sabe o que é mimeógrafo…

Então, era assim. Meninos jogavam Atari, meninas ouviam Menudo e a vida seguia feliz e fluorescente. Ah, e claro, não existia internet. Nem Windows. E nem microcomputador – ao menos, não na concepção que a gente conhece hoje. E o tempo passou… vieram os cd’s, o mp3, o dvd e outras siglas de três dígitos que hoje preenchem nossa vida por todos os lados.

Nessa época do mimeógrafo também se fazia trabalho na escola. Sem computador, eram muitos maiores os esforços: canetas Bic, livros amontados (sim, também não existia Google) e folhas de papel almaço. E o estranho hábito de escrever à mão era naquele momento a única forma de fazer esses trabalhos.

Eis que de repente, em pleno mês de setembro de 2005, estou aqui fazendo um emocionante trabalho de Direito Tributário*, e me utilizando desses mesmos meios arcaicos! Uma idéia genial de nosso professor, visando não dar margem a nenhum aluno de buscar trabalhos da mesma natureza na net, e “adaptá-los” às suas necessidades.

Tenho que confessar que foi estranho (pra não dizer vexaminoso) entrar em uma livraria e perguntar se eles tinham papel almaço. Acho que a sensação foi próxima à de morder um javali vivo, ou arrastar mulher pelos cabelos. Escrever essa birosca à mão, usando Liquid Paper ao invés de Backspace é das coisas mais esquisitas que já me pediram.

Com isso, configura-se o cenário pré-histórico da tal Matéria*. E na boa, não me surpreenderia se minha prova viesse mimeografada, e pra fazê-la eu precisasse de um lápis HB e borracha verde. Afinal de contas, o que mais falta pedirem num curso de Design Digital?

Ces’t La Vie. Elelê.

* Eu juro por TUDO O QUE É MAIS SAGRADO que não entendo como alguém pode se formar nisso! É uma das coisas mais chatas que eu já estudei. Necessária sim, mas chata DEMAIS… Agora eu entendo o porquê dos advogados serem uma espécie tão estranha.

Comente