3 dias

mar
2011
14

escrito por | em Trabalho, Vidinha | 4 comentários

Comecemos com três dias, porque nunca as impressões de um primeiro dia são agradáveis. Se bem que dessa vez, foram. Uma mudança voluntária pra um lugar que você já conhece, com gente comprovadamente séria e competente, em um ambiente bom (promessa de campanha, mas que vem se mostrando uma realidade nesse início). Trabalhar no Centro é um fator que também vale algumas linhas logo de cara. Então, vamos a elas.

Deixar o carro em casa e voltar à vida de pedestre. Parecia um problema monstruoso logo de cara, mas o monstro tem encolhido com o passar dos dias. A linha Praça Ramos/Campo Limpo passa na porta de casa. O ponto final/inicial é do lado do escritório, e o corredor funciona, quando não plenamente, de uma forma muito melhor do que as outras faixas da pista que vão da Francisco Morato até o Viaduto do Chá. Sem dúvida foi a opção mais inteligente (e sensata) a ser tomada. E além dos benefícios óbvios (a economia de combustível e principalmente, me poupar do stress diário desse trânsito bestial de São Paulo), ainda ganhei duas horas por dia – uma na ida, uma na volta – pra mim. Livros e músicas voltam a ser companheiros de viagem.

Quanto à agência, todo começo é lindo, sempre. Mas algumas diferenças já são notadas sim. Muda o tamanho dos clientes, da agência também, e os hábitos vão junto. As cobranças também são condizentes com essas mudanças, e pra falar bem a real acho que ainda não comecei pra valer. Com o tempo, esse será o destaque de qualquer comentário profissional, sempre, e é também o que mais demora a se consolidar. Portanto, paciência e um passo de cada vez, pras coisas andarem sem atropelos. A gente envelhece e aprende que nem sempre é bom disparar que nem um doido. Uma outra novidade aparentemente besta é trocar de plataformas. PC pra Mac*, e enfim experimentar o gosto da maçã no trabalho. Sem essa putanice de um pra web, um pra impresso, uma vez que farei os dois aqui. Sim, essa é mais uma diferença: sem distinção de suporte, fazendo design. Seria o argumento definitivo a me conquistar, e nem precisaria de muito mais.

O centro velho da cidade. Descobri comentando com meus amigos que vários têm o sonho de trabalhar aqui. Sinceramente, nunca foi o meu. Por achar caótico, difícil, complicado. Dei com os burros n’água, depois da troca do carro pelo ônibus. E o centro é realmente tudo isso que eu falei quanto ao caos. Um amontoado de gente diferente demais, mesmo, o tempo todo. Nunca é tranquilo, e muito menos somente bonito. Mas dane-se. É muito mais vivo que o Brooklin, e com trocentas mil coisas pra se fazer por perto, ao mesmo tempo, com os mais diferentes preços. Não sei de uma unha ainda disso tudo, mas ficarei bem feliz em descobrir com o tempo.

Das coisas que ficaram pra trás, fica a experiência do grande grupo; da pastelaria desenfreada; uma meia dúzia de bons amigos; uma amiga/parceira que mudou junto pra que outras amigas, esposa e mãe pudessem concretizar um sonho em setembro; uns poucos (porém estridentes) desafetos; pouca saudade da rotina de trabalho, mas saudade sim das palhaçadas, aplausos e camaradices diárias. Aquilo que sempre fica, e que a gente leva adiante com quem gosta.

De resto, tem sido tudo bom, mesmo.

* Com exceção do fato de perder todos os atalhos que você conhece nos programas que você já mexe há 10 anos, é bom. Mas a confusão mental aqui ainda é tensa.

4 comments

  1. Mel
  2. Nash Buragina
  3. jan
  4. Miltinho

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