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Tá legal… a coisa por aqui hoje tá meio tranquila, então dá tempo de contar uma historinha rápida da minha família. Lá em casa, isso aqui já é um clássico, tal absurdo. Tirem o chocolate da boca e prestem atenção:

Meu pai é um formigão. Mas não de chocolate, de doce, de sorvete: um formigão de Leite Moça. O cara é viciado em duas coisas na vida: cigarro (Minister) e leite condensado (Leite Moça). Por sinal, creio que dos três pedidos que o gênio da lâmpada normalmente libera pra quem acha a dita cuja, dois dele seriam esses. O cara simplesmente não vive sem tais iguarias. Pra vocês terem uma idéia, ele simplesmente “mama” a latinha. É, abre dois furos na tampa, um de cada lado, e entorna o bagulho.

Esse gosto vem de moleque. E é tão obsessivo que quando ele era pivetinho, o tio dele tentou dar um jeito no vício (nessa época, apenas por leite condensado – meu pai não era um James Dean da vida pra fumar com 5 anos de idade…). O velho comprou uma caixa de Leite Moça com umas 48 latas. Chegou pro meu pai e disse: “Pra você, Carlos… é tudo teu!”. Achou que com tal presente, de tanto tomar aquele treco meu pai fosse enjoar pra sempre…

…a caixa acabou em 20 dias. E meu pai pediu mais.

Óbvio que hoje o Carlão sustenta uma barriga digna de Papai Noel, tal o grau de consumo do tal elixir. Ele (por sorte) não é diabético, nem tem problemas de glicose, mesmo tomando Leite Moça com açúcar.

Sim – açúcar. Não escrevi errado: A-Ç-Ú-C-A-R.

A cena é de fazer arrepiar, mas o cara curte… Engraçado que meu pai se orgulha dessas história, conta dando risada e acha o máximo. Realmente é o máximo – da bizarrice, mas a gente se diverte. Então se algum dia você se pegou comendo feijão com mel e achando gostoso, ou se por acaso se sentiu meio alienígena por mergulhar a batata frita do McDonalds no sundae de remédio deles, saiba a partir de agora: você é mais normal do que imagina, pois alguém nesse mundo toma Leite Moça com colheres e colheres de açúcar e acha super normal…

Questão de gosto. ARGH! Eheheheh…

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[COMENTÁRIOS EM 2009]

É provavelmente a história mais engraçada que meu pai deixou pra gente.

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